(http://www.abload.de/img/jooalves1h8bfi.jpeg)
Nome Completo: JOÃO António Ferreira Resende ALVES
Posição: Médio Ofensivo
Nacionalidade: Português (Internacional A)
Data de Nascimento: 05-12-1952
Número da Camisola: ?
Pé Preferido: DireitoÉpocas ao serviço do Benfica: 4
Total de Jogos pelo Benfica: 141
Total de Golos pelo Benfica: 32
Títulos pelo Benfica:
2 Campeonatos Nacionais (1980/81, 1982/83)
2 Taças de Portugal (1980/81, 1982/83)
1 Supertaça (1980/81)
1978/1979
Jogos: 32
Golos: 12 (11 na Liga)
1980/1981
Jogos: 46
Golos: 14 (14 na Liga)
1981/1982
Jogos: 22
Golos: 4 (3 na Liga)
1982/1983
Jogos: 41
Golos: 2 (0 na Liga)
Benfica 5-0 Sporting | Campeonato 1978/79
(http://abload.de/img/2pk9723y4o.gif) (http://abload.de/img/2pk9d5ibav.gif)
(http://abload.de/img/2pk9zquzl8.gif)
João António F. Resende Alves. Albergaria-a-Velha. 5 de Dezembro de 1952. Médio.
Épocas no Benfica: 4 (78/79 e 80/83). Jogos: 141. Golos: 33. Títulos: 2 (Campeonato Nacional), 2 (Taça de Portugal) e 1 (Supertaça).
Outros clubes: Varzim, Montijo, Boavista, Salamanca e Paris Saint-Germain. Internacionalizações: 36.(http://4.bp.blogspot.com/_7tsmgYAv2ao/SJc0tSuBesI/AAAAAAAAMNY/xEIkmR8rFAU/s400/39%2B-%2BJ.%2BAlves%2BBenfica%2B82%2B83.jpg)
As luvas pretas eram a imagem de marca de João Alves. Por código genético, futebolista se fez. O avô, Carlos Alves, havia sido um dos melhores jogadores portugueses, depois da I Guerra Mundial, na defesa das cores do Carcavelinhos, após passagem também pelo FC Porto e pelo Académico da capital nortenha. Um dia, nas véspera de medir forças com o Benfica, os jogadores do Carcavelinhos decidiram concentrar-se, arcando as despesas, numa modesta pensão, de frequência no máximo pequeno-burguesa. Foi quando uma miúda, no atrevimento dos seus 12 anos, se abeirou de Carlos Alves e lhe pediu para, no dia seguinte, jogar com luvas, que amuleto seriam. Perante o insólito, o já reputado defesa disse-lhe que o jogo era a doer, não dava para calçar as luvas negras, mas sempre as levou consigo, de tão insistente a rapariga. Ao intervalo, o Benfica tinha já vantagem materializada. Na segunda parte, num alarde de superstição, enfiou as luvas e o Carcavelinhos... ganhou. Assim foi pela vida fora. Assim foi, também, o neto João. Sempre com luvas pretas.
Na Sanjoanense, despontou. Cedo o FC Porto avançaria com a cantada. Só que o Benfica, já alertado, mandou avançar Fernando Cabrita para São João da Madeira, com o fito de proceder à assinatura do contrato. Nada mais fácil. Benfiquista obstinado, João Alves feérico virou. Partiu com o avô para Lisboa, onde os pais já se encontravam.(http://www.jornaldeoleiros.com/wp-content/uploads/2011/06/Jo%C3%A3o-Alves.jpg)
No escalão júnior, deu mostras de todo o seu repica-ponto. O jogo girava à sua volta. Pressentia, executava e até concluía. Era daqueles que acabavam de pensar quando os outros começavam a fazê-lo. Na passagem para sénior, João Alves foi cedido ao Varzim, tão gordo era o plantel da Luz. Na Póvoa, exibiu reportório. Jimmy Hagan integrou-o no elenco a abertura da temporada seguinte. Só que no preito a Santana, velha glória da saga europeia, em Freamunde, trica houve o prestigiado António Simões, deitando tudo a perder, ao que parece por causa das luvas pretas. Vingou a posição do Magriço e figura lídima da casa benfiquista. João Alves saiu para o Montijo, pela módica quantia de 600 contos, cifra que o Benfica tinha pago a fim de o jogador não ser mobilizado para a Guiné, ao serviço da Nação, como na altura mandavam dizer os cânones do regime.
Um ano mais tarde, o Boavista abriu os cordões à bolsa e garantiu o concurso de João Alves, provavelmente o mais genial jogador que alguma vez de xadrez vestiu. No final de 75, em Alvalade, conquistava a Taça de Portugal, perante o Benfica (2-1), apontando o golo vitorioso. "Provei aos dirigentes que não me quiseram que, afinal, sabia jogar futebol".
Igual troféu ganharia no ano seguinte, qual papa-Taças, com Pedroto ao leme. O Salamanca, de Espanha, recepcionou-o. No país vizinho, foi mesmo considerado o melhor estrangeiro, batendo aos pontos jogadores da estirpe de Cruijff, Neeskens, Kempes, Ayala ou Luís Pereira. Regressou ao Benfica, passando a embolsar, dizia-se, o melhor ordenado de um jogador no futebol nacional. Perdeu o Campeonato por um ponto para o FC Porto, mas suscitou o interesse de vários clubes, acabando por ser transferido para o Paris Saint-Germain, no qual, pouco tempo antes, havia militado Humberto Coelho.(http://4.bp.blogspot.com/-AUAQnU9B-OU/UHwW0xkmWeI/AAAAAAAAPdA/6fp_XntJDvM/s1600/JOAO+ALVES+-+BENFICA+1978.JPG)
Uma lesão complexa vitimou-lhe a época e retornou à Luz. Fez três anos de águia. Ganhou dois Campeonatos, duas Taças e uma Supertaça. Falhou, porém, a final da Taça UEFA, em 1983. "Só Eriksson poderia dizer porque não me pôs na equipa, depois de uma época inteira a jogar e a fazer grandes exibições. Mas se foi só por ter chegado atrasado a um treino, pareceu-me injusto de mais...".
Ferido no seu alicerce anímico, ao Boavista voltaria. No Bessa, substituiu Mário Wilson, inaugurando o ciclo de treinador. Já nessa condição, ao serviço do Estrela da Amadora, venceu a Taça de Portugal, a sua prova-fetiche.
Pelo combinado luso, fez 36 jogos, metade dos quais na condição de jogador do Benfica. Despediu-se frente à União Soviética, em Moscovo, num impiedoso 5-0. E já não foi a tempo de ser convocado para o Euro 84.
João Alves, com as suas luvas pretas, terá sido um dos mais sublimes futebolistas do Benfica. O que lhe sobrou em ambição faltou-lhe talvez no politicamente correcto. Quixotesco não foi. Só no campo. Palco das suas virtudes. Com alma e chama imensa.Tópico:
Memorial Benfica, GlóriasAutor: Ednilson
Link: http://serbenfiquista.com/forum/index.php?topic=22362.90
Foi um grande jogador.
Pena é que como treinador esteja uns furos abaixo..
Citação de: GoldenBoy em 16 de Dezembro de 2008, 03:58
Foi um grande jogador.
Pena é que como treinador esteja uns furos abaixo..
O0 ;D
Diz-se que rejeitou o Real para jogar no clube do coração, o Benfica.
Alguém sabe se foi mesmo verdade?
Não há muitos vídeos do João Alves a jogar. Não conheço a maneira de ele praticar futebol e gostava de ter uma opinião.
Este senhor se soubesse de treinador 50% daquilo que foi como jogador, eramos campeoes de juniores sem derrotas e a jogar com 10 todos os jogos... ;D ;D ;D ;D ;D
Fonte - SLBENFICA.pt
(http://www.slbenfica.pt/Imagens/18612.jpg)
João Alves (05/12/1952) - Virtuosismo e visão de jogo
Jogou 4 (1+3) épocas, em 78/79 e entre 80/81 e 82/83, obtendo 37 golos, em 177 jogos - 101 dos quais a médio centro esquerdo.
Iniciou-se no Clube na categoria de juniores, na época de 69/70, acabando por sair do Benfica quando passou ao escalão sénior.
Regressou à Luz por vontade de John Mortimore, numa digressão de final de época ao Canadá, em 77/78, jogando em Edmonton, a 23/06/78, com o Black Gold.
Era um jogador extraordinário, possuidor de uma técnica apurada, que lhe permitia colocar a bola onde queria, fazendo passes e tirando cruzamentos a "régua e esquadro".
Jogou com frequência a médio centro esquerdo, mas também à direita (59 jogos), em particular com Lajos Baroti como treinador, na época de 81/82.
Jogava, tal como o seu avô, de luvas pretas, o que o distinguia dentro de campo. Detentor de uma grande classe, Alves evidenciava-se pelo modo fino como tratava a bola. Era um jogador criativo, dotado de uma extraordinária visão de jogo, imaginando e realizando de modo eficaz as suas iniciativas.
Fez 36 jogos com a camisola da Selecção "A", que capitaneou uma vez e ao serviço da qual apontou um golo. Pelo Benfica, venceu 2 Campeonatos Nacionais e 2 Taças de Portugal, não jogando, porém, a final de 82/83.
É que quando a Taça foi conquistada, na época seguinte, no campo do adversário, o estádio das Antas (a pedido do sr. Presidente do FC Porto...), Alves já não jogava no Benfica.
Fonte - ABOLA: "100 figuras do futebol português"
(http://aycu26.webshots.com/image/45065/2002683815439389336_rs.jpg)
João Alves
Natural de Albergaria-a-Velha – 5 de Dezembro de 1952
O avô, Carlos Alves, foi um dos melhores futebolistas nacionais,
nos loucos anos 20, notabilizando-se, sobretudo, ao serviço do
Carcavelinhos, apesar de ter passado pelo F. C. Porto e pelo
Académico do Porto. A sua fama explodira quando passou a jogar
com luvas pretas. Na véspera de um desafio entre o Benfica e o
Carcavelinhos, em 1926, os jogadores de Alcântara decidiram, por
sua conta e risco, estagiar numa modesta pensão do bairro
operário. Gaiata de 12 anos que lá trabalhava, abeirando-se de
Carlos Alves, pediu-lhe que jogasse com as suas luvas pretas de
pelica. Retorquiu-lhe o defesa que não poderia, que o futebol era
coisa séria, a rapariga, em pranto convulso, disse-lhe que talvez se arrependesse. Ao
intervalo, o Benfica estava em vantagem. Carlos Alves, para espanto seu, pôs as mãos ao
bolso dos calções e descobriu as luvas. Superticioso, pô-las na ponta dos dedos, que mal
lhe cabiam, e o Carcavelinhos deu a volta ao resultado. No dia seguinte, levou a rapariga
da pensão à Baixa de Lisboa para que lhe escolhesse luvas que lhe servissem, e nunca
mais deixou de jogar com elas.
Porque fora o avô Carlos que mais influência tivera na sua vida de futebolista, levando-o,
embevecido, pela mão, ao primeiro treino, na Sanjoanense, João manteve a tradição das
luvas pretas, que, assim, eram mais que um adereço, mais até que um símbolo, uma
homenagem.
O neto do «homem das luvas pretas» depressa deu nas vistas, pela sua habilidade. O F. C.
Porto lançou-lhe o isco, mas, em jogada de antecipação, o Benfica enviou, a São João da
Madeira, Fernando Cabrita, para que trouxesse contrato assinado com João Alves,
custasse o que custasse. Custou pouco porque, sendo benfiquista ferrenho, o rapazote
disse ao avô que não queria ouvir mais falar do F. C. Porto e como os seus pais até viviam
em Lisboa... Com o neto como seu sempiterno anjo da guarda, veio Carlos para Lisboa. Na
Luz, nos juniores, João depressa se mostrou jogador de grande futuro, pela sua técnica,
pelo seu espírito aguerrido, pela sua extraordinária visão de jogo.
Ao passar a sénior, João Alves foi emprestado ao Varzim. Brilhou. Jimmy Hagan pediu-lhe
que regressasse a Lisboa sem grandes demoras. Regressou, mas depressa o sonho se
esfumou. Depois de um partida em Freamunde, na festa de homenagem ao Santana, um
dos heróis da saga de Berna, João Alves e António Simões envolveram-se numa
escaramuça, a cizânia devera-se às... luvas pretas. Como, por esse tempo, o extremo
esquerdo tinha o poder que irradia de todos os ídolos, Alves foi transferido, em definitivo,
para o Montijo, a troco de 600 contos, que fora aquilo que os benfiquistas tinham pago
para que João Alves não fosse mobilizado para a Guiné!
A vingança da desfeita do Benfica
No ano seguinte, por 1500 contos, o Boavista compraria
aquele que haveria de tornar-se o mais carismático
jogador da sua história. Sabem melhor as vinganças
que se servem frias. A Taça de Portugal de 1975
disputou-se, à noitinha, em... Alvalade, tendo o Benfica
como adversário o Boavista de Pedroto. Repetiu-se a
lenda de David e de Golias no primeiro ano de glória de
João Alves. Marcou o golo da vitória, o golo que valeu a
Taça e um prémio de 10 contos. Uma vitória que, para si, tinha um outro valor: «Provei
aos dirigentes do Benfica que não me quiseram no clube, que, afinal, sabia jogar futebol.»
Pedroto quis trocá-lo por António Oliveira
Na época seguinte, mais uma Taça para Alves, mais uma Taça para Pedroto, mais uma
Taça para o Boavista. Depois da festa, a garantia de bolsos cheios. Por 12 mil contos foi
transferido para o Salamanca. No final dessa temporada, o F. C. Porto, já treinado por
Pedroto, propôs ao Salamanca a troca directa de Alves por António Oliveira. Os
salamantinos, quase sem pestanejarem, pura e simplesmente, disseram não. Nada
surpreendia a resposta, porque, acabara de ser considerado o melhor estrangeiro a actuar
em Espanha, batendo Cruyff, Neeskens e Kempes.
Benfica acusado de tráfego ilegal de divisas
Um ano volvido, a bomba estoirou. Era inevitável. O Salamanca, ensarilhado em crise
financeira, não conseguira resistir mais aos acenos milionários de várias latitudes e ao
Benfica cedera a sua jóia de coroa. Apesar do mutismo em que se tentaram envolver as
verbas da transferência, rumores apontaram para que os salamantinos tivessem recebido
25 milhões de pesetas e para que João Alves passasse a ganhar 200 contos por mês, o
mais alto salário do futebol português. E tão polémica seria a transferência que um
deputado a levou à Assembleia da República, acusando o Benfica do crime de... saída de
divisas. A terreiro, para defesa da honra beliscada, saltou Ferreira Queimado, presidente
do Benfica, que, irónico, questionou: «Terá sido com títulos do tesouro que se fizeram os
pagamentos das transferências de Cubillas e de Jordão?»
Não foram de felicidade as horas que Alves viveu na sua primeira estada na Luz. Depois
de confidenciar que recusara 21 mil contos para se naturalizar espanhol, considerou que o
grande erro da sua vida fora... «regressar a Portugal». Os portistas de Pedroto tinham-se
já transformado em dragões com línguas de fogo. Apesar de tudo, de olho em Alves
estava o Bordéus. Estugaram o passo os dirigentes do Paris Saint-Germain e acabaram por
contratá-lo, aquietando a Direcção do Benfica, que avisara já que não baixaria um centavo
aos 32 mil contos exigidos pela carta internacional: «Essas coisas, entre nós, resolvem-se
em 48 horas, a menos que o Banco de França embirre com a saída de tanto dinheiro ou
com a entrada de um futebolista.»
Eriksson, o atraso e a mágoa
Os sonhos que levava consigo para Paris depressa se volveriam em farelo. À terceira
jornada do campeonato francês, a 13 de Agosto de 1979, em Sochaux. «Não acredito que
Gengini entrasse propositadamente a matar, só que tive azar. O árbitro, um tal senhor
Meeus, que acabou por ser irradiado como corolário de tudo isso, já tinha perdoado um
penalty ao Sochaux, por falta cometida sobre mim e na jogada da lesão, uma entrada por
trás que me partiu logo a perna, chegou ao desplante de marcar livre contra o PSG e nem
sequer ter mostrado cartão amarelo ao Gengini.»
Foi o destino! João Alves acredita que, nesse ano, poderia ter seduzido a Europa do
futebol, semeando, assim, esperanças no contrato multimilionário que nunca chegaria a
ter. «Acabei por estar cinco meses parado, depois foi uma penosa recuperação, só na
época seguinte, já no Benfica, consegui, de facto, voltar a ser eu próprio.»
Mas, talvez nada o tenha magoado tanto, como o facto de não ter jogado o jogo decisivo
entre o Benfica e o Anderlecht, no Estádio da Luz, na final da Taça UEFA, em 1983. Diz-se
que foi castigo imposto por Eriksson, por ter chegado atrasado a um treino. «Só Eriksson
pode dizer porque não me pôs a jogar, depois de uma época inteira de titularidade e
grandes jogos. Mas se foi só por ter chegado atrasado a um treino, parece-me injusto de
mais...»
Do Benfica ainda saltou, no final dessa época, para o Boavista, onde fecharia a carreira de
jogador, começando a desbravar caminho de treinador ao render Mário Wilson, em 1986.
No Estrela da Amadora, o ponto mais alto, ao conquistar a Taça de Portugal, em 1990.
Voltaria ao Boavista, passaria por Guimarães, retornaria à Amadora, para resgatar o clube
da II Divisão, tal como fizera, em 1987, no Leixões, assentaria, depois, em 1994, em
Belém. Quando Manuel Damásio decidiu fazer de Toni director desportivo do Benfica
chegou a ser hipótese para treinador de campo. Gorou-se. Como se gorara antes a
possibilidade de render Carlos Queirós como seleccionador nacional. Depois, aqui e ali,
manteve a aura de treinador com faro.
Um rebelde com uma habilidade para a bola como poucos.
Ainda a bola ia a meio do caminho já ele sabia o que o que ia fazer a seguir, era mesmo um predestinado, pena não ser trabalhador.
Mas foi dos jogadores que vi um dos mais habilidosos se não o mais habilidoso.
por acaso já tinha lido aquela história de ser o melhor estrangeiro do campeonato espanhol, à frente de muitos "pesos pesados" como kempes ou cruyff.
:pray: :pray: :pray: :pray:
Que tenha sorte por terras helvéticas
Citação de: quinas1139 em 26 de Janeiro de 2009, 21:11Fonte - ABOLA: "100 figuras do futebol português"
(http://aycu26.webshots.com/image/45065/2002683815439389336_rs.jpg)
João Alves
Natural de Albergaria-a-Velha – 5 de Dezembro de 1952
O avô, Carlos Alves, foi um dos melhores futebolistas nacionais,
nos loucos anos 20, notabilizando-se, sobretudo, ao serviço do
Carcavelinhos, apesar de ter passado pelo F. C. Porto e pelo
Académico do Porto. A sua fama explodira quando passou a jogar
com luvas pretas. Na véspera de um desafio entre o Benfica e o
Carcavelinhos, em 1926, os jogadores de Alcântara decidiram, por
sua conta e risco, estagiar numa modesta pensão do bairro
operário. Gaiata de 12 anos que lá trabalhava, abeirando-se de
Carlos Alves, pediu-lhe que jogasse com as suas luvas pretas de
pelica. Retorquiu-lhe o defesa que não poderia, que o futebol era
coisa séria, a rapariga, em pranto convulso, disse-lhe que talvez se arrependesse. Ao
intervalo, o Benfica estava em vantagem. Carlos Alves, para espanto seu, pôs as mãos ao
bolso dos calções e descobriu as luvas. Superticioso, pô-las na ponta dos dedos, que mal
lhe cabiam, e o Carcavelinhos deu a volta ao resultado. No dia seguinte, levou a rapariga
da pensão à Baixa de Lisboa para que lhe escolhesse luvas que lhe servissem, e nunca
mais deixou de jogar com elas.
Porque fora o avô Carlos que mais influência tivera na sua vida de futebolista, levando-o,
embevecido, pela mão, ao primeiro treino, na Sanjoanense, João manteve a tradição das
luvas pretas, que, assim, eram mais que um adereço, mais até que um símbolo, uma
homenagem.
O neto do «homem das luvas pretas» depressa deu nas vistas, pela sua habilidade. O F. C.
Porto lançou-lhe o isco, mas, em jogada de antecipação, o Benfica enviou, a São João da
Madeira, Fernando Cabrita, para que trouxesse contrato assinado com João Alves,
custasse o que custasse. Custou pouco porque, sendo benfiquista ferrenho, o rapazote
disse ao avô que não queria ouvir mais falar do F. C. Porto e como os seus pais até viviam
em Lisboa... Com o neto como seu sempiterno anjo da guarda, veio Carlos para Lisboa. Na
Luz, nos juniores, João depressa se mostrou jogador de grande futuro, pela sua técnica,
pelo seu espírito aguerrido, pela sua extraordinária visão de jogo.
Ao passar a sénior, João Alves foi emprestado ao Varzim. Brilhou. Jimmy Hagan pediu-lhe
que regressasse a Lisboa sem grandes demoras. Regressou, mas depressa o sonho se
esfumou. Depois de um partida em Freamunde, na festa de homenagem ao Santana, um
dos heróis da saga de Berna, João Alves e António Simões envolveram-se numa
escaramuça, a cizânia devera-se às... luvas pretas. Como, por esse tempo, o extremo
esquerdo tinha o poder que irradia de todos os ídolos, Alves foi transferido, em definitivo,
para o Montijo, a troco de 600 contos, que fora aquilo que os benfiquistas tinham pago
para que João Alves não fosse mobilizado para a Guiné!
A vingança da desfeita do Benfica
No ano seguinte, por 1500 contos, o Boavista compraria
aquele que haveria de tornar-se o mais carismático
jogador da sua história. Sabem melhor as vinganças
que se servem frias. A Taça de Portugal de 1975
disputou-se, à noitinha, em... Alvalade, tendo o Benfica
como adversário o Boavista de Pedroto. Repetiu-se a
lenda de David e de Golias no primeiro ano de glória de
João Alves. Marcou o golo da vitória, o golo que valeu a
Taça e um prémio de 10 contos. Uma vitória que, para si, tinha um outro valor: «Provei
aos dirigentes do Benfica que não me quiseram no clube, que, afinal, sabia jogar futebol.»
Pedroto quis trocá-lo por António Oliveira
Na época seguinte, mais uma Taça para Alves, mais uma Taça para Pedroto, mais uma
Taça para o Boavista. Depois da festa, a garantia de bolsos cheios. Por 12 mil contos foi
transferido para o Salamanca. No final dessa temporada, o F. C. Porto, já treinado por
Pedroto, propôs ao Salamanca a troca directa de Alves por António Oliveira. Os
salamantinos, quase sem pestanejarem, pura e simplesmente, disseram não. Nada
surpreendia a resposta, porque, acabara de ser considerado o melhor estrangeiro a actuar
em Espanha, batendo Cruyff, Neeskens e Kempes.
Benfica acusado de tráfego ilegal de divisas
Um ano volvido, a bomba estoirou. Era inevitável. O Salamanca, ensarilhado em crise
financeira, não conseguira resistir mais aos acenos milionários de várias latitudes e ao
Benfica cedera a sua jóia de coroa. Apesar do mutismo em que se tentaram envolver as
verbas da transferência, rumores apontaram para que os salamantinos tivessem recebido
25 milhões de pesetas e para que João Alves passasse a ganhar 200 contos por mês, o
mais alto salário do futebol português. E tão polémica seria a transferência que um
deputado a levou à Assembleia da República, acusando o Benfica do crime de... saída de
divisas. A terreiro, para defesa da honra beliscada, saltou Ferreira Queimado, presidente
do Benfica, que, irónico, questionou: «Terá sido com títulos do tesouro que se fizeram os
pagamentos das transferências de Cubillas e de Jordão?»
Não foram de felicidade as horas que Alves viveu na sua primeira estada na Luz. Depois
de confidenciar que recusara 21 mil contos para se naturalizar espanhol, considerou que o
grande erro da sua vida fora... «regressar a Portugal». Os portistas de Pedroto tinham-se
já transformado em dragões com línguas de fogo. Apesar de tudo, de olho em Alves
estava o Bordéus. Estugaram o passo os dirigentes do Paris Saint-Germain e acabaram por
contratá-lo, aquietando a Direcção do Benfica, que avisara já que não baixaria um centavo
aos 32 mil contos exigidos pela carta internacional: «Essas coisas, entre nós, resolvem-se
em 48 horas, a menos que o Banco de França embirre com a saída de tanto dinheiro ou
com a entrada de um futebolista.»
Eriksson, o atraso e a mágoa
Os sonhos que levava consigo para Paris depressa se volveriam em farelo. À terceira
jornada do campeonato francês, a 13 de Agosto de 1979, em Sochaux. «Não acredito que
Gengini entrasse propositadamente a matar, só que tive azar. O árbitro, um tal senhor
Meeus, que acabou por ser irradiado como corolário de tudo isso, já tinha perdoado um
penalty ao Sochaux, por falta cometida sobre mim e na jogada da lesão, uma entrada por
trás que me partiu logo a perna, chegou ao desplante de marcar livre contra o PSG e nem
sequer ter mostrado cartão amarelo ao Gengini.»
Foi o destino! João Alves acredita que, nesse ano, poderia ter seduzido a Europa do
futebol, semeando, assim, esperanças no contrato multimilionário que nunca chegaria a
ter. «Acabei por estar cinco meses parado, depois foi uma penosa recuperação, só na
época seguinte, já no Benfica, consegui, de facto, voltar a ser eu próprio.»
Mas, talvez nada o tenha magoado tanto, como o facto de não ter jogado o jogo decisivo
entre o Benfica e o Anderlecht, no Estádio da Luz, na final da Taça UEFA, em 1983. Diz-se
que foi castigo imposto por Eriksson, por ter chegado atrasado a um treino. «Só Eriksson
pode dizer porque não me pôs a jogar, depois de uma época inteira de titularidade e
grandes jogos. Mas se foi só por ter chegado atrasado a um treino, parece-me injusto de
mais...»
Do Benfica ainda saltou, no final dessa época, para o Boavista, onde fecharia a carreira de
jogador, começando a desbravar caminho de treinador ao render Mário Wilson, em 1986.
No Estrela da Amadora, o ponto mais alto, ao conquistar a Taça de Portugal, em 1990.
Voltaria ao Boavista, passaria por Guimarães, retornaria à Amadora, para resgatar o clube
da II Divisão, tal como fizera, em 1987, no Leixões, assentaria, depois, em 1994, em
Belém. Quando Manuel Damásio decidiu fazer de Toni director desportivo do Benfica
chegou a ser hipótese para treinador de campo. Gorou-se. Como se gorara antes a
possibilidade de render Carlos Queirós como seleccionador nacional. Depois, aqui e ali,
manteve a aura de treinador com faro.
este texto diz td...
João Alves é um grande treinador.
É verdade que não passou por equipas grandes na superliga, nem conseguiu grandes títulos, mas isso deve-se ao seu feitio e ao facto de não pertencer ao sistema que faz que sejam sempre os mesmos a treinar na superliga.
JOão Alves é um mestre de táctica, ao nível de Jorge Jesus.
Não o conheço pessoalmente, mas acompanhei a sua carreira de treinador em várias equipas e não tenho dúvidas que teria capacidade para treinar qualquer das grandes equipas do futebol português.
Por essa razão, quando ao longo do ano passado assisti à campanha vergonhosa contra a sua pessoa quando treinava os juniores do SLB, sempre fui dizendo que eram injustas as acusações.
A fase final que a equipa de juniores fez demonstrou que tinha razão.
Oxalá consiga ter sucesso na Suiça, como teve em Espanha como jogador, para depois voltar ao glorioso, quando o JJ sair para o Real Madrid, Barcelona ou outro desse nível.
(http://www.abola.pt/epaper/imagen.aspx?zoom=29&idtpu=666&idpub=50292&idpla=51403&idpag=417275&modo_visu=1)
«Servette é o Benfica da Suíça»
João Alves chegou segunda-feira e ontem orientou o primeiro treino.
Foi o escolhido para tentar colocar clube na I Divisão.
Admite que esta época será difícil mas na próxima...
Por Paulo Jorge Santos
No 13.º lugar da II Divisão do campeonato suíço, com nove pontos em 10 jogos e apenas uma vitória, logo na 1.ª jornada (25 de Julho), o chicote (psicológico) estalou no Servette FC e para o lugar de William Niederhauser foi chamado... João Alves.
Após treinar Boavista, V. Guimarães, Belenenses, Estrela da Amadora e Salamanca (Espanha), o popular luvas pretas (de 56 anos), tinha contrato com o clube do coração, o Benfica, no qual acompanhava os jogadores emprestados pelo clube, depois de, nas duas últimas temporadas ter estado à frente da equipa de juniores.
Na semana passada surgiu o convite para treinar o Servette FC e João Alves aceitou-o. «Estive na semana passada em Paris, onde falei com o presidente do clube [ndr — o empresário iraniano Majid Pishyar]. Achei o projecto aliciante e aqui estou», começou por referir João Alves, salientado que as negociações foram «difíceis». Porquê? «Havia várias questões por definir, mas ontem de manhã [terça-feira] chegámos a acordo. Tenho de agradecer ao presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, a oportunidade de ter trabalhado durante dois anos no clube do coração e o facto de me ter libertado, já que tinha contrato com o Benfica. É no campo que me sinto melhor e estou satisfeito por voltar a treinar», admitiu, sem querer explicar o motivo pelo qual abandonou o comando técnico da equipa júnior: «Isso agora não interessa.»
«Excelentes condições»
Ainda a «apalpar» terreno no Servette FC, João Alves, que tem um adjunto «peculiar», o filho Carlos (ex-treinador do Atlético), assinou até ao final de 2010/11 e tem por missão colocar a equipa na I Divisão: «O Servette FC é o Benfica da Suíça. É a equipa com mais títulos [ndr — 17 vezes campeão nacional e vencedor da Taça em sete ocasiões] no país, embora não esteja, actualmente, no lugar que merece. Esta temporada o clube está mal classificado [ndr — em 10 jornadas perdeu 14 pontos em relação ao líder, o Lugano, e 11 sobre o vice-líder, o FC Thoune] e acredito que seja difícil levar o clube de volta à I Divisão. Mas na próxima época é esse o objectivo.»
E pelo (pouco) que já viu dos suíços, acredita que será perfeitamente possível: «Do pouco que conheço da realidade do futebol suíço e do Servette FC, confesso que estou optimista. O clube tem um estádio espectacular [ndr — o Stade de Genebra, terceiro maior da Suíça com capacidade para 31.228 espectadores que albergou três jogos da fase final do Euro-2008, entre os quais o Portugal-Turquia (2-0) e o Portugal-Rep. Checa (3-1)] e excelentes condições de trabalho. Espero que esta nova aventura seja bem sucedida. Estou bastante entusiasmado.»
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«Há jogadores com qualidade»
'Luvas pretas' conhecia Tozé Marreco de nome e já percebeu que a equipa tem bons valores.
Insistindo ser ainda «demasiado cedo» para tecer considerações sobre a real valia do plantel do actual 13.º classificado da II Divisão suíça, João Alves esbarrou, naturalmente entre aspas, com um compatriota no Servette FC: Tozé Marreco (ver peça secundária), avançado de 22 anos, que, actualmente, é o melhor marcador da equipa (sete golos), quase metade do total do conjunto: 16. «Confesso que só conhecia o Tozé Marreco de nome, embora quando treinei a equipa principal da Académica ele fosse jogador das camadas jovens. Sei que é o melhor marcador da equipa, por isso não é um jogador qualquer», observou o luvas pretas, que após uma primeira observação in loco no treino de ontem à tarde já chegou a uma primeira conclusão: «Não há nenhuma vedeta, mas já deu para perceber que há jogadores com qualidade na equipa. Como em quase todos os países, também temos alguns brasileiros [ndr — o avançado Eudi Silva, de 26 anos, e o médio Marcos de Azevedo, de 27 anos] de boa qualidade técnica. Preciso de mais algum tempo para conhecer melhor os jogadores.»
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«Não ambiciono ganhar milhões»
Avançado português Tozé Marreco é a estrela da companhia e está «feliz» no Servette FC.
João Alves (e o filho Carlos) juntou-se no Servette FC a outro português, Tozé Marreco, que no início da temporada chegou à Suíça proveniente da Bulgária, onde representou o Loko Mezdra, da II Divisão. Actual melhor marcador da equipa helvética, com sete 7 golos em 10 jornadas (sendo que nas primeiras quatro só foi utilizado num total de 40 minutos por não estar nas condições físicas ideais), o avançado espera «ajudar» o popular luvas pretas nesta nova aventura: «Ao contrário do que se passa a nível pessoal, já que as coisas estão a correr bem, a equipa atravessa um mau momento e foi sem surpresa que o treinador [ndr — William Niederhauser] foi demitido.»
O avançado (22 anos) lembra-se do agora treinador do Servette FC nos tempos em que jogou nas camadas jovens da Académica — João Alves treinava a equipa principal — e confia que estará à altura dos acontecimentos: «É um treinador experiente e quem está ligado ao mundo do futebol conhece o luvas pretas. Acredito que terá sucesso.»
Aventurando-se no estrangeiro em 2007 (para o FC Zwolle, da II Divisão holandesa), Tozé Marreco não vive «obcecado por jogar em Portugal», antes deseja «jogar por Portugal». E até já esteve perto de o fazer, quando o então seleccionador nacional de sub-21, Rui Caçador, o convocou para o encontro frente à Bulgária, a 26 de Março de 2008, de apuramento para o Euro-2009. Porém, Marreco não saiu do banco. «Estou à espera de nova oportunidade. E agora, com a Selecção de sub-23, quem sabe? Gostava de representar Portugal. É um dos objectivos», anuiu. E quais são os outros? «Continuar a jogar futebol onde tenha condições, como acontece no Servette FC. A cidade é boa e o clube também. Não ambiciono ganhar milhões, apenas ser feliz.»
Vi-o várias vezes em jogos ao vivo!!!Grande jogador!!!1980/1981 com o treinador lajos Barotti: a grande época!!!!!!!o melhor jogador português no nível de Humberto Coelho (SLB) e Oliveira (FCP)!!!!!!!!Nessa época tinhamos grandes jogadores: além de Alves e Humberto ainda tinhamos Bento, Chalana, César, Alberto, Veloso, Nené....
Citação de: diabo maiato em 13 de Outubro de 2009, 12:39
Vi-o várias vezes em jogos ao vivo!!!Grande jogador!!!1980/1981 com o treinador lajos Barotti: a grande época!!!!!!!o melhor jogador português no nível de Humberto Coelho (SLB) e Oliveira (FCP)!!!!!!!!Nessa época tinhamos grandes jogadores: além de Alves e Humberto ainda tinhamos Bento, Chalana, César, Alberto, Veloso, Nené....
e ainda: Shéu, José Luís, Carlos Manuel.......que grande equipa!!!!!!
Bento
Pietra
Humberto
Bastos Lopes
Veloso (alvaro)
Shéu
Alves (Stromberg)
Carlos Manuel
Chalana
Néné
Filipovic
Como me esqueci do Pietra?????!!!!!!!! :estrelas: :estrelas: :estrelas: O Bastos Lopes Lopes também o vi jogar muitas vezes!!!Não era um dotado mas era um jogador utilíssimo!!!!!!o Álvaro estava a aparecer......Bola7 em relação ao Filipovic (Grande avançado!!!!!) acho que só nas épocas 1981/82/83/84. O João Alves era sem dúvida o grande jogador (e Chalana)!!!!!!!! :slb2:
Citação de: diabo maiato em 13 de Outubro de 2009, 16:20
Como me esqueci do Pietra?????!!!!!!!! :estrelas: :estrelas: :estrelas: O Bastos Lopes Lopes também o vi jogar muitas vezes!!!Não era um dotado mas era um jogador utilíssimo!!!!!!o Álvaro estava a aparecer......Bola7 em relação ao Filipovic (Grande avançado!!!!!) acho que só nas épocas 1981/82/83/84. O João Alves era sem dúvida o grande jogador (e Chalana)!!!!!!!! :slb2:
sim senhor...
(http://www.abola.pt/epaper/imagen.aspx?zoom=29&idtpu=666&idpub=50592&idpla=51743&idpag=421496&modo_visu=1)
João Alves feliz no Servette
Novo treinador do clube de Genebra venceu na estreia e qualificou equipa para os 'oitavos' da Taça.
«Foi a primeira vez que não sofremos golos. Isso foi o mais importante», revelou o 'luvas pretas'.
Por Miguel Correia
João Alves não podia desejar melhor estreia no comando técnico do Servette neste fim-de-semana: vitória por 3-0, no terreno do Etoile Carouge no derby de Genebra, em jogo para os 1/16 avos-de-final da Taça da Suíça, com o avançado português Tozé Marreco a marcar o último golo. «Foi um jogo bastante difícil. O resultado não demonstra as dificuldades com as quais fomos confrontados. Mas a vitória volumosa, fora, é um tónico para os próximos compromissos», revelou-nos o técnico português de 56 anos, a viver a segunda experiência como treinador no estrangeiro, depois de ter orientado o Salamanca em 1996/97, agora com a particularidade de ter como adjunto o filho Carlos, ex-responsável pela equipa júnior do Atlético.
«Para quem já foi emigrante como eu custa menos [João Alves representou ainda como jogador PSG e Salamanca]. Estou acompanhado do meu filho, procuramos ainda habitação e espero ter a minha esposa a meu lado o mais rápido possível», esclareceu-nos. «Estamos a viver uma realidade diferente e a conhecer o futebol suíço. Mas para estreia foi bastante positivo», destacou.
O primeiro jogo de João Alves na II Divisão helvética está marcado para o próximo sábado quando o Servette (13.º lugar) receber o Kriens (10.º), para a 11.ª jornada. O Servette não vence há nove encontros, ou seja, o único sucesso aconteceu logo no arranque da competição: 2-1 ao Gossau. «É verdade. Há que devolver a confiança aos jogadores. O mais importante, para já, é que a equipa parece estar a estabilizar no sector defensivo. Frente ao Etoile Carouge foi a primeira vez que não sofreu golos esta época. E a semana passada vencemos um jogo particular por 5-0. Por isso, as indicações são boas», lembrou. «O resultado da Taça foi bastante motivador. É lógico que espero vencer, igualmente, na estreia no campeonato. O objectivo é estabilizar a equipa e, mais tarde, pensar a outro nível. Não gosto de deitar os foguetes antes da festa, mas sinto que há condições para isso. No entanto, temos um árduo trabalho pela frente», concluiu.
eu hoje vou ver o servette as 16h só vou porque está cá o João Alves
Força Alves e Marreco!
Não me lembro a classificação exacta mas sei que estava cá para baixo , deixou o Servette no 4º lugar a 8 pontos do líder ... boa recuperação ! ;)
um grande senhor e jogador.
há algum tempo consegui uma camisola dele da seleccao. quem tiver uma do benfica que ele usou, por favor avise se pensar em vender.
http://benfica-portugal-shirts.blogspot.com para ver a camisola
Um grande jogador e um grande Benfiquista...
PARABENS JOAO ALVES LEVASTE oSERVETTE a primeira grande ambiente grande jogo no estadio de geneve 23000 espetadores
Parabéns pela Subida
Ontem foi um grande jogo num grande ambiente, valeu a pena ir.
parabens luvas pretas :)
grande noticia agora so falta o nuno gomes :dance: :dance:
Le Servette FC joue les prolongations...
ServetteFC.ch | Publié le : 10.06.11 à 08:18
Le Servette FC a le plaisir de communiquer le renouvellement du contrat de João Alves en tant qu'entraîneur de la première équipe.
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Ancien international A portugais (36 sélections), M. João Alves a entamé sa carrière d'entraîneur en 1984 à la tête du Boavista FC avant de prendre les rênes CD Belenenses, C.F. Estrela da Amadora avec qui il a notamment remporté la Coupe du Portugal, Vitória de Guimarães ainsi que l'Académica de Coimbra.
Depuis son entrée en fonction au Servette FC le 8 octobre 2009, Luvas Pretas a cumulé des statistiques impressionnantes. En championnat, son équipe a remporté 32(!) matches sur 50 pour seulement 9 matches nuls et 9 défaites, soit 105 points, 108 buts inscrits contre 45 encaissés.
La reprise des entraînements a été fixée au lundi 20 juin.
João Alves
Profil
Date de naissance : 05.12.1952
Nationalité : Portugal
Clubs
Au Servette FC depuis le 8 octobre 2009
2008-2009 - S.L.Benfica (M19)
2007-2008 - S.L.Benfica (M19)
2006-2007 - Sem Clube / Escola de Futebol Luvas Pretas
2005-2006 - Sem Clube / Escola de Futebol Luvas Pretas
2004-2005 - Sem Clube / Escola de Futebol Luvas Pretas
2003-2004 - Leixões
2003-2004 - Est. Amadora
2002-2003 - Leixões
2002-2003 - Est. Amadora
2002-2003 - Académica
2001-2002 - Académica
2000-2001 - Académica
1999-2000 - Farense (Manager)
1998-1999 - Farense
1998-1999 - Campomaiorense
1997-1998 - Campomaiorense
1996-1997 - Boavista
1996-1997 - UD Salamanca
1995-1996 - Belenenses
1994-1995 - Belenenses
1993-1994 - Est. Amadora
1992-1993 - Est. Amadora
1991-1992 - Vit. Guimarães
1990-1991 - Vit. Guimarães
1990-1991 - Boavista
1989-1990 - Est. Amadora
1988-1989 - Est. Amadora
1987-1988 - Leixões
1986-1987 - Boavista
1985-1986 - Boavista
1984-1985 - Boavista
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Réception en l'honneur du Servette FC
Plus de news
Um grande jogador, um grande treinador, um grande senhor do mundo do futebol.
Citação de: BEKAMBOL em 10 de Junho de 2011, 10:33
Um grande jogador, um grande treinador, um grande senhor do mundo do futebol.
x2
e esta nao lembrava ao diabo :bah2: :bah2:
Le Servette FC a l'immense plaisir d'annoncer la nomination de Francisco José Rodrigues da Costa (36 ans), connu sous le nom de Costinha, en tant que Directeur Sportif du Servette FC. Costinha a un palmarès impressionnant. Il a été finaliste de l'Euro 2004 avec l'équipe nationale du Portugal (53 sélections, 2 buts), il a remporté la Ligue des Champions en 2004 et la Coupe UEFA en 2003 (FC Porto). Il a également été Champion du Portugal en 2003 et 2004 (FC Porto) et Champion de France en 2000 (AS Monaco) dont il était le capitaine. En février 2010 il a été intronisé en tant que Directeur Sportif du Sporting Lisbonne. Il rejoint aujourd'hui notre Club. Costinha sera en charge de la direction sportive du Servette FC et mettra toutes ses compétences au service du Club. De part son réseau, son expérience, son professionnalisme et ses grandes qualités humaines, l'apport de Costinha est une grande plus-value pour le Club et permettra de développer une politique sportive de haut niveau. Nous vous remercions de bien vouloir relayer l'information qui précède dans vos médias respectifs. Une conférence de presse sera organisée ce mercredi 15 juin à 11h au Stade de Genève. Nous vous remercions de bien vouloir confirmer votre présence par retour de mail.
Tás tramado... mas em compensação pode ser que recebas umas luvas da Armani.
já compraste o fatinho para poder aparecer ao lado do costinha
para que conste, diz a lenda que recusou o Real para realizar o sonho da vida dele que era representar o Benfica :bow2:
Bom trabalho.
Sem dúvida, muito bom trabalho neste jogo de preparação contra o Benfica.
Espero que dê uma ajudinha a potencializar o Yartey. ;)
Grande trabalho no Servette.. um senhor do futebol.
Com que então foi dispensado por "SMS" pelo penedo ex-lagarto...
:disgust:
A mim, que não acompanho muito o futebol suiço, parece-me que estava a fazer um bom trabalho.
Tinha subido a equipa de divisão e estava a 5 pontos do playoff de descida.
Levou 3-0 de uma equipa da 2ª divisão para a taça e é logo despedido...
Homens destes faziam muito jeito no departamento de formação do Benfica.
Citação de: Bailey em 30 de Novembro de 2011, 16:10
Homens destes faziam muito jeito no departamento de formação do Benfica.
Se não me engano já treinou os nossos juniores.
Agora que foi despedido do Servette, gostava de vê-lo num clube português. No Servette parece que fez um bom trabalho.
Um Senhor do Futebol Português.
bem, o Caixinha estreou-se a perder.
Citação de: uezor em 05 de Dezembro de 2011, 07:44
bem, o Caixinha estreou-se a perder.
João Carlos Pereira :)
A derradeira saída (como jogador) do Benfica.
(http://img198.imageshack.us/img198/8003/830715jalves.png)
Fonte: "Diário de Lisboa" de 15 de Julho de 1983.
Mesmo lesionado, aclamado.
(http://img.photobucket.com/albums/v209/nettwerk/benfica/recortes/791212-alves.png)
Fonte: "Diário de Lisboa" de 12 de Dezembro de 1979.
A estreia como técnico na Amadora.
(http://img.photobucket.com/albums/v209/nettwerk/benfica/recortes/880822-jalves.png)
Fonte: "Diário de Lisboa" de 22 de Agosto de 1988.
(http://i40.tinypic.com/286yf5c.jpg)
(http://img.photobucket.com/albums/v209/nettwerk/benfica/jalves.jpg)
Fonte: revista "A Bola - 60º Aniversário"
Parabens pelo apuramento para a liga Europa , continue o trabalho fantastico num historico suíco como o Servette :)
Citação de: Chelas em 20 de Maio de 2012, 19:49
Parabens pelo apuramento para a liga Europa , continue o trabalho fantastico num historico suíco como o Servette :)
x2 :bow2: :bow2:
Citação de: L@udrup em 23 de Maio de 2012, 14:05
Citação de: Chelas em 20 de Maio de 2012, 19:49
Parabens pelo apuramento para a liga Europa , continue o trabalho fantastico num historico suíco como o Servette :)
x2 :bow2: :bow2:
o que hoje é verdade pode ser mentira amanha
Le technicien portugais Joao Alves a été démis de ses fonctions par le président Hugh Quennec au terme d'une séance qui s'est tenue mardi après-midi, a annoncé le porte-parole du club Didier Rieder. Le nom de son successeur n'est pas encore connu. Joao Alves paie le début de saison catastrophique de Servette, lanterne rouge de Super League avec deux points en huit matches et éliminé par Rosenborg au troisième tour qualificatif de l'Europa League. Son fils Carlos, entraîneur-assistant du club genevois, fait également ses valises, selon une information du site internet de la «Tribune de Genève»
Dans un communiqué, le président Hugh Quennec ne s'est pas attardé sur les raisons qui l'ont poussées à prendre cette décision, se contentant de souligner les problèmes récurrents de blessures et de fatigue qu'a connu le contingent depuis la reprise. Il a expliqué vouloir «trouver un entraîneur adoptant les méthodes qui permettront de répondre aux attentes et objectifs sportifs du club, ainsi qu'à la philosophie que (celui-ci entend) poursuivre.» Le communiqué précise que l'intérim sera assuré par Anthony Braizat et Ricardo Dionisio, et que le nom du nouvel entraîneur sera rendu public en début de semaine prochaine.
Début de saison raté
Não terá sido um pouco injustiçado este despedimento?
Citação de: Aloutre em 04 de Setembro de 2012, 18:43
Não terá sido um pouco injustiçado este despedimento?
sim tembem acho que sim mas o presidente tinha que fazer alguma coisa ja nao aguentava o balneario
(http://i.imgur.com/rmQ3AfO.png)
Um craque absoluto.
Seria um jogador que hoje encaixaria por exemplo numa equipa como o Barcelona.
Foi pena que só tenha feito 4 épocas no clube do seu coração.
Citação de: G10 em 25 de Janeiro de 2013, 04:13
(http://i.imgur.com/rmQ3AfO.png)
Enorme jogador!
Muito boa essa foto.
Esse equipamento era lindíssimo.
(http://i.imgur.com/aZ1cKi7.png)
João António F. Resende Alves. Albergaria-a-Velha. 5 de Dezembro de 1952. Médio.
Épocas no Benfica: 4 (78/79 e 80/83). Jogos: 141. Golos: 33. Títulos: 2 (Campeonato Nacional), 2 (Taça de Portugal) e 1 (Supertaça).
Outros clubes: Varzim, Montijo, Boavista, Salamanca e Paris Saint-Germain. Internacionalizações: 36.(http://4.bp.blogspot.com/_7tsmgYAv2ao/SJc0tSuBesI/AAAAAAAAMNY/xEIkmR8rFAU/s400/39%2B-%2BJ.%2BAlves%2BBenfica%2B82%2B83.jpg)
As luvas pretas eram a imagem de marca de João Alves. Por código genético, futebolista se fez. O avô, Carlos Alves, havia sido um dos melhores jogadores portugueses, depois da I Guerra Mundial, na defesa das cores do Carcavelinhos, após passagem também pelo FC Porto e pelo Académico da capital nortenha. Um dia, nas véspera de medir forças com o Benfica, os jogadores do Carcavelinhos decidiram concentrar-se, arcando as despesas, numa modesta pensão, de frequência no máximo pequeno-burguesa. Foi quando uma miúda, no atrevimento dos seus 12 anos, se abeirou de Carlos Alves e lhe pediu para, no dia seguinte, jogar com luvas, que amuleto seriam. Perante o insólito, o já reputado defesa disse-lhe que o jogo era a doer, não dava para calçar as luvas negras, mas sempre as levou consigo, de tão insistente a rapariga. Ao intervalo, o Benfica tinha já vantagem materializada. Na segunda parte, num alarde de superstição, enfiou as luvas e o Carcavelinhos... ganhou. Assim foi pela vida fora. Assim foi, também, o neto João. Sempre com luvas pretas.
Na Sanjoanense, despontou. Cedo o FC Porto avançaria com a cantada. Só que o Benfica, já alertado, mandou avançar Fernando Cabrita para São João da Madeira, com o fito de proceder à assinatura do contrato. Nada mais fácil. Benfiquista obstinado, João Alves feérico virou. Partiu com o avô para Lisboa, onde os pais já se encontravam.(http://www.jornaldeoleiros.com/wp-content/uploads/2011/06/Jo%C3%A3o-Alves.jpg)
No escalão júnior, deu mostras de todo o seu repica-ponto. O jogo girava à sua volta. Pressentia, executava e até concluía. Era daqueles que acabavam de pensar quando os outros começavam a fazê-lo. Na passagem para sénior, João Alves foi cedido ao Varzim, tão gordo era o plantel da Luz. Na Póvoa, exibiu reportório. Jimmy Hagan integrou-o no elenco a abertura da temporada seguinte. Só que no preito a Santana, velha glória da saga europeia, em Freamunde, trica houve o prestigiado António Simões, deitando tudo a perder, ao que parece por causa das luvas pretas. Vingou a posição do Magriço e figura lídima da casa benfiquista. João Alves saiu para o Montijo, pela módica quantia de 600 contos, cifra que o Benfica tinha pago a fim de o jogador não ser mobilizado para a Guiné, ao serviço da Nação, como na altura mandavam dizer os cânones do regime.
Um ano mais tarde, o Boavista abriu os cordões à bolsa e garantiu o concurso de João Alves, provavelmente o mais genial jogador que alguma vez de xadrez vestiu. No final de 75, em Alvalade, conquistava a Taça de Portugal, perante o Benfica (2-1), apontando o golo vitorioso. "Provei aos dirigentes que não me quiseram que, afinal, sabia jogar futebol".
Igual troféu ganharia no ano seguinte, qual papa-Taças, com Pedroto ao leme. O Salamanca, de Espanha, recepcionou-o. No país vizinho, foi mesmo considerado o melhor estrangeiro, batendo aos pontos jogadores da estirpe de Cruijff, Neeskens, Kempes, Ayala ou Luís Pereira. Regressou ao Benfica, passando a embolsar, dizia-se, o melhor ordenado de um jogador no futebol nacional. Perdeu o Campeonato por um ponto para o FC Porto, mas suscitou o interesse de vários clubes, acabando por ser transferido para o Paris Saint-Germain, no qual, pouco tempo antes, havia militado Humberto Coelho.(http://4.bp.blogspot.com/-AUAQnU9B-OU/UHwW0xkmWeI/AAAAAAAAPdA/6fp_XntJDvM/s1600/JOAO+ALVES+-+BENFICA+1978.JPG)
Uma lesão complexa vitimou-lhe a época e retornou à Luz. Fez três anos de águia. Ganhou dois Campeonatos, duas Taças e uma Supertaça. Falhou, porém, a final da Taça UEFA, em 1983. "Só Eriksson poderia dizer porque não me pôs na equipa, depois de uma época inteira a jogar e a fazer grandes exibições. Mas se foi só por ter chegado atrasado a um treino, pareceu-me injusto de mais...".
Ferido no seu alicerce anímico, ao Boavista voltaria. No Bessa, substituiu Mário Wilson, inaugurando o ciclo de treinador. Já nessa condição, ao serviço do Estrela da Amadora, venceu a Taça de Portugal, a sua prova-fetiche.
Pelo combinado luso, fez 36 jogos, metade dos quais na condição de jogador do Benfica. Despediu-se frente à União Soviética, em Moscovo, num impiedoso 5-0. E já não foi a tempo de ser convocado para o Euro 84.
João Alves, com as suas luvas pretas, terá sido um dos mais sublimes futebolistas do Benfica. O que lhe sobrou em ambição faltou-lhe talvez no politicamente correcto. Quixotesco não foi. Só no campo. Palco das suas virtudes. Com alma e chama imensa.Tópico:
Memorial Benfica, GlóriasAutor: Ednilson
Link: http://serbenfiquista.com/forum/index.php?topic=22362.90
Cada vez gosto menos destas declarações de ex-jogadores do Benfica primeiro foi o Diamantino e agora o João Alves, podem ate ter razão mas numa altura como estas deviam assim de tudo dar uma palavra de apoio e força á equipa e não aproveitar para criticar...
Tens razão luvas pretas
http://www.record.xl.pt/multimedia/hora_record/interior.aspx?content_id=831867
Ele explica a história das luvas pretas.
O João Alves acha que não foi treinador do porto porque não foi ver uma final da TP? Não percebo a relação, mas okay...
Entrevista a João Alves, o Luvas Pretas - Record
07/07/2013
(http://abload.de/img/alves_10hsxp.jpg)
(http://abload.de/img/alves_2kmsb3.jpg)
edit
Duas batatinhas...
http://youtu.be/BDK1VJ309_o?t=1m21s (http://youtu.be/BDK1VJ309_o?t=1m21s)
Benfica 5-0 Sporting | Campeonato 1978/79
(http://abload.de/img/2pk9723y4o.gif) (http://abload.de/img/2pk9d5ibav.gif)
(http://abload.de/img/2pk9zquzl8.gif)
5-0 ao intervalo.
2ª parte fraca.
«Na verdade o Benfica tem agora muitas e boas soluções, com avançados de características diferentes - e o regresso de Cardozo é muito importante -, com alas e muita gente para o meio-campo», começou por destacar o ex-jogador, agora treinador, que ficou imortalizado pelo talento nos relvados e por jogar sempre com luvas pretas. «Mas também digo que mais do que o plantel gosto de valorizar o onze, a equipa; e nesse sentido considero que, olhando para todos os plantéis da Liga portuguesa, o Benfica tem realmente o melhor plantel, mas não tem ainda a melhor equipa», avisou, explicando em seguida que fragilidade encontra no onze e no plantel de Jorge Jesus.
«A defesa do FC Porto continua mais forte. O Benfica tem excelentes jogadores, e considero Luisão um jogador-chave, mas não tem laterais como tem o Porto. E essa é talvez a grande diferença de um para o outro. Do meio-campo para a frente há muita qualidade na Luz, mas lá atrás parece-me faltar alguma coisa. Agora, com estes jogadores o Benfica tem todas as condições para formar grande equipa. O plantel que foi campeão pela última vez era excelente, mas este tem condições.» E Jesus tem capacidade para gerir tanta qualidade? «É a função e obrigação dele. Matéria há de sobra. Boa parte dos treinadores portugueses gostariam de estar no lugar dele.»
Tau! Falou e disse!
Citação de: cipri_slb em 07 de Maio de 2013, 18:07
Cada vez gosto menos destas declarações de ex-jogadores do Benfica primeiro foi o Diamantino e agora o João Alves, podem ate ter razão mas numa altura como estas deviam assim de tudo dar uma palavra de apoio e força á equipa e não aproveitar para criticar...
Só quando se reconhece ter um problema é que se pode melhorar.
Não é fechando os Olhos que os problemas desaparecem.
Onde anda o enorme Luvas Pretas?
Um dos melhores da nossa história...um Benfiquista como nós.
Eu ainda vi João Alves a jogar no nosso estádio. Aquela equipa não me sai da cabeça. Era classe pura. Lembro-me dos 4-0 ao Zurique no nosso estádio na épica campanha da Taça UEFA. Lá na frente era Filipovic e Néné mas o meio campo... Alves, Carlos Manuel, Chalana, Shéu e se fosse preciso Diamantino.
(retirado da Wikipedia)
Clubes que representou como Futebolista:
Varzim (1972/73)
Montijo (1973/74)
Boavista (1974/75 e 1975/76)
Salamanca (Espanha) - (1976/77 e 1977/1978)
S.L.Benfica (1978/1979)
Paris Saint Germain (França) - 1979/80)
S.L.Benfica (1980/81 - 1982/83)
Boavista (1983/84 - 1984/85)
S.C Corinthians (1986/88)
Títulos (jogador):
2 - campeonatos Nacionais - 1980/81 e 82/83
4 - Taças de Portugal - Boavista - 1974/75 e 75/76, - Benfica - 1980/81 e 82/83.
1 - Supertaça
Finalista da Taça UEFA na época 1982/83.
A Alves como ele admite terá faltado um grande palco como o Real Madrid ou Barcelona. Penso que terá tido oportunidade de ir para o primeiro mas preferiu voltar ao Benfica. E a esse propósito terá também faltado, digo eu, mais anos anos de Benfica... Sempre teve uma personalidade forte e isso provocou alguns dissabores. O caso com Simões foi uma lástima. Talvez uma das decisões menos felizes do Dr. Borges Coutinho. Foi pena que Alves tivesse jogado apenas 4 épocas no seu clube do coração. Aqueles anos no Boavista foram de facto um desperdício para nós (e um grande benefício para o Boavista). Teria sido impressionante ter um miolo com opções como Toni, Vitor Martins, Shéu e João Alves.
Grande jogador.
É verdade, red. O João Alves preferiu sair de Salamanca para o Benfica que ir para o Real Madrid.
Que fantástico jogador.
Pena estarem disponíveis tão poucos jogos completos com ele de águia ao peito.
Uma das minhas máguas é não ter voltado a ver o jogo completo do A.S. Roma 1 - S.L.Benfica 2.
No dia anterior os jornais desportivos italianos escreveram que Alves teria dito "vou ensinar Falcão a jogar à bola!" Falcão, o espetacular médio Brasileiro. Alves terá desmentido mas o que é certo é que deu mesmo uma lição de joagar à bola. Ele e a equipa toda:
Bento, Pietra, Humberto Coelho, Bastos Lopes, Álvaro, Shéu, Carlos Manuel, João Alves, Chalana, Nené e Filipovic. Entrariam depois Diamantino e Stromberg. Classe pura. Uma vez que não vi as equipas bicampeãs europeias tenho mesmo de dizer que a equipa de 1982 era a melhor que alguma vez vi.
Na Roma: Tancredi, Nela, Vierchowood, Maldera, Di Bartolomei, Prohaska, Toninho Cerezzo, Falcão, Ancelotti, Bruno Conti e Pruzzo. Entraram ainda Iorio e Chierico. Quase tudo estrelas mas Falcão, Cerezzo, Ancelotti (sim o do Real Madrid) e Conti eram extraordinários.
Se alguém alguma vez tiver acesso a uma gravação integral desse jogo, façam o enorme serviço Benfiquista de o partilhar. É certo que existe um V&P dedicado a esse maravilhoso jogo mas não é a mesma coisa.
Citação de: RedVC em 12 de Março de 2014, 20:13
Pena estarem disponíveis tão poucos jogos completos com ele de águia ao peito.
Uma das minhas máguas é não ter voltado a ver o jogo completo do A.S. Roma 1 - S.L.Benfica 2.
No dia anterior os jornais desportivos italianos escreveram que Alves teria dito "vou ensinar Falcão a jogar à bola!" Falcão, o espetacular médio Brasileiro. Alves terá desmentido mas o que é certo é que deu mesmo uma lição de joagar à bola. Ele e a equipa toda:
Bento, Pietra, Humberto Coelho, Bastos Lopes, Álvaro, Shéu, Carlos Manuel, João Alves, Chalana, Nené e Filipovic. Entrariam depois Diamantino e Stromberg. Classe pura. Uma vez que não vi as equipas bicampeãs europeias tenho mesmo de dizer que a equipa de 1982 era a melhor que alguma vez vi.
Na Roma: Tancredi, Nela, Vierchowood, Maldera, Di Bartolomei, Prohaska, Toninho Cerezzo, Falcão, Ancelotti, Bruno Conti e Pruzzo. Entraram ainda Iorio e Chierico. Quase tudo estrelas mas Falcão, Cerezzo, Ancelotti (sim o do Real Madrid) e Conti eram extraordinários.
Se alguém alguma vez tiver acesso a uma gravação integral desse jogo, façam o enorme serviço Benfiquista de o partilhar. É certo que existe um V&P dedicado a esse maravilhoso jogo mas não é a mesma coisa.
prohaska era outro fora de serie,e pruzzo era um temível goleador.
e o ambiente em roma foi de cortar á faca.
Citação de: fudim flan em 12 de Março de 2014, 21:01
Citação de: RedVC em 12 de Março de 2014, 20:13
Pena estarem disponíveis tão poucos jogos completos com ele de águia ao peito.
Uma das minhas máguas é não ter voltado a ver o jogo completo do A.S. Roma 1 - S.L.Benfica 2.
No dia anterior os jornais desportivos italianos escreveram que Alves teria dito "vou ensinar Falcão a jogar à bola!" Falcão, o espetacular médio Brasileiro. Alves terá desmentido mas o que é certo é que deu mesmo uma lição de joagar à bola. Ele e a equipa toda:
Bento, Pietra, Humberto Coelho, Bastos Lopes, Álvaro, Shéu, Carlos Manuel, João Alves, Chalana, Nené e Filipovic. Entrariam depois Diamantino e Stromberg. Classe pura. Uma vez que não vi as equipas bicampeãs europeias tenho mesmo de dizer que a equipa de 1982 era a melhor que alguma vez vi.
Na Roma: Tancredi, Nela, Vierchowood, Maldera, Di Bartolomei, Prohaska, Toninho Cerezzo, Falcão, Ancelotti, Bruno Conti e Pruzzo. Entraram ainda Iorio e Chierico. Quase tudo estrelas mas Falcão, Cerezzo, Ancelotti (sim o do Real Madrid) e Conti eram extraordinários.
Se alguém alguma vez tiver acesso a uma gravação integral desse jogo, façam o enorme serviço Benfiquista de o partilhar. É certo que existe um V&P dedicado a esse maravilhoso jogo mas não é a mesma coisa.
prohaska era outro fora de serie,e pruzzo era um temível goleador.
e o ambiente em roma foi de cortar á faca.
Sim é verdade. Prohaska, centrocampista era juntamente com Shachner (grande goleador) estrela da selecção da Áustria. Pruzzo foi da seleção italiana num tempo em que haviam Bettega, Graziani, Altobelli. Tudo craques.
A nossa equipa tinha-os de aço. E ganhou com classe.
Citação de: RedVC em 12 de Março de 2014, 21:05
Citação de: fudim flan em 12 de Março de 2014, 21:01
Citação de: RedVC em 12 de Março de 2014, 20:13
Pena estarem disponíveis tão poucos jogos completos com ele de águia ao peito.
Uma das minhas máguas é não ter voltado a ver o jogo completo do A.S. Roma 1 - S.L.Benfica 2.
No dia anterior os jornais desportivos italianos escreveram que Alves teria dito "vou ensinar Falcão a jogar à bola!" Falcão, o espetacular médio Brasileiro. Alves terá desmentido mas o que é certo é que deu mesmo uma lição de joagar à bola. Ele e a equipa toda:
Bento, Pietra, Humberto Coelho, Bastos Lopes, Álvaro, Shéu, Carlos Manuel, João Alves, Chalana, Nené e Filipovic. Entrariam depois Diamantino e Stromberg. Classe pura. Uma vez que não vi as equipas bicampeãs europeias tenho mesmo de dizer que a equipa de 1982 era a melhor que alguma vez vi.
Na Roma: Tancredi, Nela, Vierchowood, Maldera, Di Bartolomei, Prohaska, Toninho Cerezzo, Falcão, Ancelotti, Bruno Conti e Pruzzo. Entraram ainda Iorio e Chierico. Quase tudo estrelas mas Falcão, Cerezzo, Ancelotti (sim o do Real Madrid) e Conti eram extraordinários.
Se alguém alguma vez tiver acesso a uma gravação integral desse jogo, façam o enorme serviço Benfiquista de o partilhar. É certo que existe um V&P dedicado a esse maravilhoso jogo mas não é a mesma coisa.
prohaska era outro fora de serie,e pruzzo era um temível goleador.
e o ambiente em roma foi de cortar á faca.
Sim é verdade. Prohaska, centrocampista era juntamente com Shachner (grande goleador) estrela da selecção da Áustria. Pruzzo foi da seleção italiana num tempo em que haviam Bettega, Graziani, Altobelli. Tudo craques.
A nossa equipa tinha-os de aço. E ganhou com classe.
no jogo da luz entrei para o campo 6 horas antes.era uma loucura.
e tinham vierchowood central muito bom,um dos melhores de sempre em itália.
Citação de: fudim flan em 12 de Março de 2014, 21:19
Citação de: RedVC em 12 de Março de 2014, 21:05
Citação de: fudim flan em 12 de Março de 2014, 21:01
Citação de: RedVC em 12 de Março de 2014, 20:13
Pena estarem disponíveis tão poucos jogos completos com ele de águia ao peito.
Uma das minhas máguas é não ter voltado a ver o jogo completo do A.S. Roma 1 - S.L.Benfica 2.
No dia anterior os jornais desportivos italianos escreveram que Alves teria dito "vou ensinar Falcão a jogar à bola!" Falcão, o espetacular médio Brasileiro. Alves terá desmentido mas o que é certo é que deu mesmo uma lição de joagar à bola. Ele e a equipa toda:
Bento, Pietra, Humberto Coelho, Bastos Lopes, Álvaro, Shéu, Carlos Manuel, João Alves, Chalana, Nené e Filipovic. Entrariam depois Diamantino e Stromberg. Classe pura. Uma vez que não vi as equipas bicampeãs europeias tenho mesmo de dizer que a equipa de 1982 era a melhor que alguma vez vi.
Na Roma: Tancredi, Nela, Vierchowood, Maldera, Di Bartolomei, Prohaska, Toninho Cerezzo, Falcão, Ancelotti, Bruno Conti e Pruzzo. Entraram ainda Iorio e Chierico. Quase tudo estrelas mas Falcão, Cerezzo, Ancelotti (sim o do Real Madrid) e Conti eram extraordinários.
Se alguém alguma vez tiver acesso a uma gravação integral desse jogo, façam o enorme serviço Benfiquista de o partilhar. É certo que existe um V&P dedicado a esse maravilhoso jogo mas não é a mesma coisa.
prohaska era outro fora de serie,e pruzzo era um temível goleador.
e o ambiente em roma foi de cortar á faca.
Sim é verdade. Prohaska, centrocampista era juntamente com Shachner (grande goleador) estrela da selecção da Áustria. Pruzzo foi da seleção italiana num tempo em que haviam Bettega, Graziani, Altobelli. Tudo craques.
A nossa equipa tinha-os de aço. E ganhou com classe.
no jogo da luz entrei para o campo 6 horas antes.era uma loucura.
e tinham vierchowood central muito bom,um dos melhores de sempre em itália.
A selecção italiana era excelente. Curiosamente gostei dela até ao dia em que cometeu o crime de eliminar a melhor equipa de futebol-arte que alguma vez vi jogar: Brasil 1982.
Claro que o futebol é eficácia e acabou por ser uma justa vencedora do Mundial de Espanha mas... Para mim foi sempre um crime e Rossi o criminoso.
A Juventus era a grande equipa que aliás se reforçou com as estrelas Platini e Boniek mas a Roma tinha uma equipa impressionante. O que é certo é que no jogo seguinte a Roma perde em casa por 1-2 com... a Juventus.
Centrais da seleção italiana nessa altura eram Scirea, Colovatti e Vierchowood. Baresi só viria mais tarde. Os laterais eram Cabrini à esquerda e o "animal" Gentile à direita. No meio campo jogavam ainda Antognoni, Tardelli e Oriali. E lá atrás o velho Zoff. Grande equipa mas o Brasil 82... Que pena.
É por isso que a década de 90 foi uma desgraça futebolistica comparativamente à exuberância de talento nacional e internacional que evoluiu ba década de 80.
Como disse foi para mim nessa década que vi a melhor equipa do Benfica. Se não tem sido a desgraça da ascenção do corrupto nortenho e os pato bravos que não souberam renovar a nossa equipa. Teriamos tido uma década por nossa conta.
Naquele dia do jogo em Roma, sai da escola e estava a almoçar a ver o jogo. Credo, ainda me lembro do almoço. Foi o dia de Filipovic mas Alves, Chalana e a nossa defesa foram impressionantes. Aliás foram todos.
Saudades daquela equipa... Por desgraça Alves estava também a acabar e a sua relação com Eriksson não foi a melhor.
Alguém tem o golo dele frente ao Porto em 1981?
No PSG fez poucos jogos. Acho que partiu uma perna logo no inicio de época
1969, um jovem de seu nome João Alves estreia-se pelo Benfica, ao serviço da sua equipa de juvenis. Ainda sem luvas pretas, que só passaria a envergar em Novembro de 1970, aquando do falecimento do seu avô, o ex-internacional Carlos Alves.
Faria furor e seria considerado a pérola das escolas do Benfica. Apesar disso, seria emprestado na sua primeira época sénior, 72/73. O Benfica teria então o melhor plantel da sua história, com 22 internacionais A e muitos deles entre os melhores da história do futebol lusitano.
Miseravelmente, só se estrearia oficialmente pela equipa sénior do Benfica em 1978, isto apesar de ter jogado encontros particulares em 73. O célebre desacato com António Simões em Freamunde levou a que os caminhos de Benfica e Alves andassem separados.
Nunca deixou de amar o Benfica. Em 78 venceu o prémio para melhor jogador estrangeiro do futebol espanhol, mesmo tenfo concorrentes de peso como Cruyff, Neeskens, Kempes ou Stielick.
O Real Madrid acordou tudo com Alves, mas este preferiu voltar ao Benfica e concretizar o sonho da sua vida.
Contudo, quis o destino que só triunfasse no Benfica mais tarde.
Chega de palavras e vamos à foto de um dos mais talentosos médios da história do futebol português.
(http://www.footwithoutfrontiers.com/wp-content/uploads/2012/07/alves3.jpg)
Aqui ainda juvenil, em 69. O luvas pretas sem luvas.
https://www.youtube.com/watch?v=_DZCVn-jfIc
Vejam a partir do minuto 30.
Entrevista do Estebes ao Alves e ao Carlos Lopes
Citação de: Geovanni95 em 12 de Março de 2014, 22:48
Alguém tem o golo dele frente ao Porto em 1981?
esse jogo deu na tv em directo.um luxo na altura.
Está agora na TVI24.
A falar muito bem :)
(http://i61.tinypic.com/ad11y1.jpg)
(http://1.fotos.web.sapo.io/i/N2a09aa76/11754557_9ulku.jpeg)
(http://montijoportugal.com/wp-content/uploads/2014/01/007.jpg)
Alves nos seus tempos de Montijo a disputar um lance com o "Garoupa".
Lá longe outro Vítor. O "Maior".
(http://i60.tinypic.com/15p0ksi.jpg)
Eurico, Nené, António Bastos Lopes, Toni, José Luís e António Fidalgo.
Chalana, Pietra, Humberto Coelho, Alberto e Shéu.
No "derby" eterno. Parece uma pintura.
(http://expresso.sapo.pt/users/1939/193958/luvas-68a4.jpg)
Depois de José Bastos, outra lenda albergariense do Benfica. :)
Em relação ao pai do luvas pretas, Carlos Alves, foi jogador e funcionário do Sport Club Alba. Mas a grande influência para o João Alves foi o seu avô, cujo nome também era Carlos Alves. Foi no Alba que se iniciou na carreira de treinador.
O Alba ficou conhecido recentemente pelo jogo frente ao Sporting para a Taça de Portugal, mas, apesar de ser um clube modesto, é um dos clubes em Portugal que tem das mais riquíssimas histórias! A nível local (Albrgaria-a-Velha) é, mais que um clube de futebol, um fenómeno social.
Um clube que todos devemos procurar conhecer.
Para abrir o apetite, um artigo no Público sobre os primórdios da Alba: http://www.publico.pt/sociedade/noticia/esta-empresa-foi-um-estadoprovidencia-1675210
Só para corrigir um parágrafo desse artigo:
O Sport Clube Alba surgiu em 1941 pelas mãos da família Martins Pereira. O clube teve várias modalidades: futebol, basquetebol, hóquei em patins e foi pioneiro no futebol feminino. Os atletas que se portassem bem dentro das quatro linhas tinham direito a bilhetes para o cineteatro. Não era todos os dias que uma empresa investia no desporto. Carlos Alves, conhecido como "luvas pretas", antigo jogador da selecção nacional e do Benfica, treinou a equipa nos anos 1960. O seu neto João Alves, internacional do Benfica e do Boavista, capitão da selecção nacional, deu os primeiros pontapés no Alba e chegou a ser presidente do clube.
Obviamente que o jornalista, por desconhecer a história do desporto português, escreveu 'Benfica' na parte do Carlos Alves. Este nunca representou o Benfica, mas sim o Porto e apenas durante uma época.
O João Alves foi, de facto, presidente do Alba (entre 1984 e 1987). E foi no Alba que deu os primeiros passos no futebol. Depois foi para S. João da Madeira onde começou a representar a Sanjoanense. Só em júnior foi para o Benfica porque era o seu clube do coração. Esta parte ouvi da boca do próprio em 2007, quando assisti a uma intervenção dele numa sessão de conversas com antigos desportistas promovida pela Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha e que decorreu nas instalações das piscinas municipais.
Voltando ao seu avô, este foi o pioneiro das luvas pretas. Devido à influência do avô, João Alves seguiu-lhe as pisadas.
Nesta foto pode ver-se o avô do João Alves:
(http://3.bp.blogspot.com/_FF1Oh7g-SAE/SXoodR0JWqI/AAAAAAAACSQ/tHvNFRNrerI/s1600/Alba4.jpg)
E aqui está a prova do uso das luvas pretas ainda na década de 1920.
Carlos Alves foi 18 vezes internacional português e representou o nosso país nos Jogos Olímpicos de Amsterdão em 1928.
João Alves foi para o Benfica ainda juvenil.
Citação de: pcssousa em 05 de Maio de 2015, 10:16
João Alves foi para o Benfica ainda juvenil.
Também tinha essa ideia.
Já fiz uma posta acerca disso no tópico das melhores fotos do Benfica, ilustrado com fotos do Alves ainda sem luvas, da razão das luvas, da razão da primeira saída do Benfica, da volta e de como rejeitou o Real Madrid para cumprir o sonho de jogar na equipa principal do Benfica.
(https://delagoabayworld.files.wordpress.com/2011/09/sfa01_sfa008001982_x-equipa-de-futebol-olimpica-de-portugal-amsterdao-1928.jpg)
Selecção Nacional de 1928. Carlos Alves é inconfundível.
Jogava muito.
Aqui no Salamanca:
(https://scontent-mad1-1.xx.fbcdn.net/hphotos-xpf1/v/t1.0-9/11899786_883636305023549_401141628838892997_n.jpg?oh=0095865a488bc1d5bfc52fd31ae2862e&oe=5636A584)
Chegou a ser considerado o melhor 10 estrangeiro em Espanha. Era um craque de todo o tamanho.
No PSG:
(https://scontent-mad1-1.xx.fbcdn.net/hphotos-xpt1/v/t1.0-9/11219115_886842411369605_5372328863321928570_n.jpg?oh=09ce3f10fb1041b681f0ad0bc478ece4&oe=566D0E65)
Nos juvenis do Benfica:
(https://scontent-mad1-1.xx.fbcdn.net/hphotos-xfp1/v/t1.0-9/11885175_939166789456059_7499571962020799293_n.jpg?oh=278a01654647e4a2565bd6543990cfb3&oe=563AA46C)
Memórias Francesas
(http://www.paris-canalhistorique.com/wp-content/uploads/2014/07/alves.png)
(http://1.bp.blogspot.com/-IxDsXW1rZco/VN_aNqsgcAI/AAAAAAAAOAU/dE2i3WIONnU/s1600/Joao%2BAlves.jpg)
http://serbenfiquista.com/forum/memorias/decifrando-imagens-do-passado/msg1081667588/#msg1081667588 (http://serbenfiquista.com/forum/memorias/decifrando-imagens-do-passado/msg1081667588/#msg1081667588)
(http://www.sofoot.com/IMG/img-france-portugal-26-avril-1975-a-colombes-1413024113_620_400_crop_articles-190218.jpg)
France-Portugal, 26 abril 1975, Stade de Colombes, jogo amigável França Portugal. Vitória de Portugal por 2-0.
Vai ser condecorado pela Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha com Medalha de Mérito Municipal Grau Prata.
:)
(https://scontent-mad1-1.xx.fbcdn.net/hphotos-xpf1/v/t1.0-9/12734093_557274167787311_4374800877564832010_n.jpg?oh=868b49f05e6cbad3693ae203b52855e3&oe=57686CC7)
Ao longo da sua carreira, João Alves prestou homenagem ao seu avô, Carlos Alves, também ele jogador de futebol. Sabem como? Descubram na próxima edição do jornal "O Benfica".
Fonte: Museu Cosme Damião
Já agora:
(http://img.olx.pt/images_olxpt/830174297_1_1000x700_revista-azes-carlos-alves-tondela_rev007.jpg)
(http://img.olx.pt/images_olxpt/830174297_2_644x461_revista-azes-carlos-alves-imagens_rev007.jpg)
(http://4.bp.blogspot.com/-oTFT32MskBc/UL-lm_RIWUI/AAAAAAAABok/1c_iyO0idiY/s1600/308+-+Carlos+Alves.jpg) (http://2.bp.blogspot.com/-MzhX3Oy4SnI/TkBrTz-4MlI/AAAAAAAAAXI/7cTTZafdjgM/s1600/152%2B-%2BJo%25C3%25A3o%2BAlves.jpg)
Que craque era o Luvas Pretas.Tipico organizador de jogo lia as jogadas bem antes de serem executadas.Quando a bola chegava aos seus pés já sabia o que ia fazer e para onde devia jogar.Um puro numero 10 que fazia a equipa girar á sua volta.Não é por acaso que quando esteve no Salamanca foi considerado o melhor jogador do campeonato Espanhol á frente de Cruyff Neesskens ou Kempes.Como treinador tem como ponto alto a vitória na Taça de Portugal de 89-90 pelo Estrela da Amadora num conjunto onde pontificavam Rebelo Duilio Paulo Bento Baroti Bóbó ou Ricky.
Citação de: RedVC em 22 de Outubro de 2015, 21:42
(http://www.sofoot.com/IMG/img-france-portugal-26-avril-1975-a-colombes-1413024113_620_400_crop_articles-190218.jpg)
France-Portugal, 26 abril 1975, Stade de Colombes, jogo amigável França Portugal. Vitória de Portugal por 2-0.
Essa não é a última vitória dos tugas vs franciús?
Citação de: Petrov_Carmovich em 20 de Fevereiro de 2016, 22:34
Citação de: RedVC em 22 de Outubro de 2015, 21:42
(http://www.sofoot.com/IMG/img-france-portugal-26-avril-1975-a-colombes-1413024113_620_400_crop_articles-190218.jpg)
France-Portugal, 26 abril 1975, Stade de Colombes, jogo amigável França Portugal. Vitória de Portugal por 2-0.
Essa não é a última vitória dos tugas vs franciús?
Penso que sim mas não tenho a certeza.
Na fotografia estão Alves e Moinhos.
Vi-o jogar várias vezes com a nossa gloriosa camisola!!!Fantástico jogador!!!!!Tratado de bola!!!!Ele o Humberto Coelho e o Oliveira (FCP) foram os melhores jogadores perto dos fins dos anos 70, embora em 1977 aparece Chalana......
Hoje dia 5/12 parabéns João Alves 64 anos!!Um dos maiores jogadores portugueses de sempre!!! Só quem o viu jogar sabe que não exagero!!!! :clap1: :clap1: :cheerleaders: :cheerleaders: :flagglorioso: :slb2: :flagglorioso: :slb2:
Enorme jogador e Benfiquista doente.
Parabéns Luvas Pretas.
Parabéns!
Hoje acho que vi o João Alves no Jumbo de Cascais... ele vive para aqueles lados? Estava quase para o ir cumprimentar quando de repente fiquei com dúvidas se era ele mesmo. O que vi parecia mais novo. Era alto, com barriguinha e um pouco corcunda no pescoço. Fartei-me de olhar e acabei por não avançar.
https://serbenfiquista.com/forum/cultura-e-entretenimento/rtp-arquivo/msg1085442544/#msg1085442544
Reações de João Alves
Amadora, estádio José Gomes, João Alves, treinador do Estrela da Amadora, reage ao convite que recebeu para voltar a treinar o Boavista.
https://arquivos.rtp.pt/conteudos/reacoes-de-joao-alves/
http://tribunaexpresso.pt/a-casa-as-costas/2017-10-21-Joao-Alves-A-minha-mulher-ainda-e-minha-prima-em-3-ou-4-grau-mas-felizmente-os-filhos-nao-sairam-malucos
O primeiro numero 10 de luxo que me lembro no Benfica.Génio.
olha-me este ricaço :2funny:
(http://i64.tinypic.com/2wqd4xf.png)
https://as.com/futbol/2018/10/12/primera/1539338448_943094.html?omnil=resrelrecomv
Até ele sabe que tem de adaptar a tática as qualidades do plantel...
Só não gostei da parte que fala do Real mas ok,os merengues são afinal a realeza do futebol.
https://www.youtube.com/watch?v=uCVPztP8UXE
https://www.youtube.com/watch?v=tnlorAg8t5A&t=1s
https://www.abola.pt/nacional/2020-06-03/taca-de-portugal-joao-alves-recorda-conquista-da-taca-pelo-estrela-faz-hoje-30-a/847462
Génio.Era pura Classe.
(https://pbs.twimg.com/media/EoAsaE3XIAAZGiF?format=jpg&name=medium)
Parabens Sr.João Alves.Era daqueles que a bola é que corria.Quando a chincha lhe chegava já tinha em mente a jogada que ia fazer.Classe e inteligencia pura.
Parabéns!
Parabéns :tocha:
https://youtu.be/-EhleKMBwl4
Um desperdício nosso que tenha jogado tão pouco tempo no Benfica quando podia ter feito a brincar umas 10 temporadas na Luz, passou a maior parte da carreira em clubes sem chances de serem campeões, do que sei em Espanha encantou no Salamanca.
Eu lembro-me dele mais no Salamanca como treinador em 1996, quando encheu aquilo de portugueses, Agostinho, César Brito, Nuno Afonso, Pauleta, Serodio, Taira e Tulipa.
Mais um comentador Benfiquista manso e "isento" na televisão. Gostava de o ter ouvido chamar fraco ao Dínamo Kiev antes da eliminatória.
A verdadeira história da tradição das luvas pretas.
João Alves faz 71 anos esta terça-feira, e explica a tradição familiar a A BOLA.(https://sportal365images.com/process/smp-images-production/abola.pt/05122023/852ee2ea-f781-4655-99d3-5c3c09d6cf8b.jpg?operations=crop(0:235:1738:1214),fit(960:))
Spoiler
João Alves, um dos mais talentosos jogadores da história do futebol português, referência de Benfica, Boavista, Salamanca e da Seleção Nacional, faz hoje 71 anos.
Médio de eleição, daqueles que onde punha os olhos punha a bola, Alves assinou uma exibição — seguramente das melhores da sua carreira — na vitória do Benfica sobre a Roma no Estádio Olímpico da cidade eterna, em 1983, para a Taça UEFA, que levou a imprensa transalpina a admitir que tinha conseguido vulgarizar Paulo Roberto Falcão, o internacional brasileiro que era a estrela mais cintilante dos giallorossi. Antes, na época de 1976/77, João Alves, apesar de estar ao serviço de uma equipa que garantiu a manutenção apenas por dois pontos, o Salamanca, foi eleito melhor jogador, pelo diário Marca, da Liga espanhola, onde atuavam, nessa temporada, vultos como Cruijff, Neeskens, Breitner, Stielike, Luiz Pereira, Leivinha, Rep, Mário Kempes ou Carlos Diarte...
Por onde passou, Varzim, Montijo, Boavista, Salamanca, Paris Saint-Germain e Benfica, além das 36 vezes em que vestiu a camisola das Quinas, as luvas pretas que passou a usar a partir de 1970 constituíram a sua imagem de marca, quer lhes chamassem guantes negras ou gants noirs. De uma forma geral, é dito que João seguiu a tradição familiar iniciada pelo avô Carlos, internacional olímpico em Amesterdão/1928, que jogava de luvas pretas. Mas essa é apenas a história, contada de forma superficial. Daí que nada melhor do que ouvir o próprio João Alves a desfiar memórias e a revelar todos os quês e porquês, alguns com contornos dramáticos e intimistas, que fazem parte da lenda do futebol português e não podem ficar apenas pela transmissão oral. Então, foi assim que se passou, tal e qual foi contado por Carlos Alves ao neto João...
«O Carcavelinhos, onde jogava o meu avô», começou por dizer João Alves, «disputava um jogo com o Benfica e fez estágio em Vale de Lobos, perto de Sintra. E foi nessa altura, durante uma refeição e à frente da equipa, que uma jovem, que era fã dele, lhe ofereceu umas luvas pretas, dizendo-lhe ao mesmo tempo que, se queria ganhar o jogo, tinha de usá-las.» Porém, a história teve mais que se lhe diga: «O meu avô agradeceu, guardou as luvas no casaco, mas não entrou em campo, nessa decisão com o Benfica, com elas calçadas. Aconteceu que, ao intervalo, o Carcavelinhos estava a perder, e foram os próprios colegas de equipa que quase o obrigaram a jogar a segunda parte com as luvas pretas.» E aqui João Alves fez um parêntesis para dizer algo que conhece bem, e ao qual nunca foi insensível quer como jogador, quer como treinador: «Aliás, todos nós sabemos como o mundo do futebol é terreno fértil para superstições!»
Continuando a narrativa do que aconteceu nos anos 20 do século XX, João Alves revelou: «O que se passou a seguir foi que o meu avô entrou com as luvas nas mãos, o Carcavelinhos deu a volta ao jogo e venceu por 2-1.» E Alves aproveitou para dar mais um detalhe, dizendo com orgulho: «Tenho comigo a medalha que o meu avô recebeu nessa tarde, algo que faz parte das recordações da família. Anos mais tarde, essa luvas transitaram para mim, mas isso é outra história...»
Depois de ficarmos a saber como Carlos Alves passou a nunca mais dispensar as luvas negras nos jogos que disputou, chegou o momento de João Alves contar como se fez a passagem de testemunho entre avô e neto. E começou com um lamento, assumindo: «Infelizmente, o meu avô [falecido em 1970] nunca me viu jogar de luvas pretas.» E porquê? Aqui, falando sempre com sentimento, ciente de que estava a partilhar memórias muito pessoais, Alves confessou que não teve coragem de usar as luvas porque «a ligação era muito próxima». «Até porque entre os meus três e 12 anos vivi com ele, seguindo-o por onde andou no exercício da profissão de treinador de futebol. Aliás, o último clube que o meu avô treinou foi o Alba, de Albergaria a Velha, onde nasci e, muitos anos mais tarde, quis o destino que viesse a ser presidente desse emblema durante dois anos.»
Clarificada esta situação, Alves, dizendo que não queria «perder o fio à meada», contextualizou: «Ká morava em São João da Madeira, onde nos radicámos por razões de saúde do meu avô, quando comecei a jogar nos principiantes da Sanjoanense. Nessa altura ele pediu-me muitas vezes que também usasse as luvas pretas, mas nunca tive coragem de fazê-lo, porque não me sentia confortável com o peso do legado.»
Pelo talento que Deus lhe dera, era impossível que João Alves, apesar de franzino, escapasse ao radar dos três grandes, que, sem a sofisticação dos dias de hoje, já dispunham de olheiros espalhados pelo Continente, Ilhas e Colónias, para a deteção de jovens promissores. «A seguir», prossegue João Alves, «vim para os juvenis do Benfica, e um ano depois, já nos juniores, os meus pais chamaram-me a casa para ir ver o meu avô ao hospital, onde estava já muito doente.» Alves fez uma pausa, como que para ganhar balanço, e revelou que o avô «pela última vez» pediu-lhe que «seguisse a tradição dele» e passasse a jogar com as luvas pretas. «Dois dias depois, faleceu.» Foi então que João Alves decidiu assumir o legado familiar e arrostar com a responsabilidade e o peso das luvas que tinham brilhado nos Jogos de Amesterdão. «Regressei a Lisboa e num jogo na Malveira, para o Campeonato Distrital de Juniores, usei pela primeira vez as luvas pretas, e até ao fim da carreira nunca mais as larguei», aditou João Alves, que ainda fez questão de deixar bem claro: «O meu avô, que foi das pessoas mais importantes da minha vida, nasceu em 1903 e é com enorme prazer que 120 anos depois estou aqui a falar dele, das luvas pretas, e de toda a tradição associada. Essas luvas, as que herdei dele, tenho-as em casa...»
E foi assim que aconteceu...
«José Maria Pedroto foi o meu 'pai' no futebol»
A primeira passagem de João Alves pelo Boavista (1974/76) permitiu-lhe explodir como jogador de nível internacional. E o técnico axadrezado, José Maria Pedroto, não foi alheio a essa evolução. Alves explica:
«Há uma frase que os jogadores usam para classificar quem foi para eles importante na carreira que é 'o meu pai no futebol'. E se houve quem tivesse importância na minha carreira, sem esquecer o meu avô, foi José Maria Pedroto. Ele tentou ir buscar-me, no ano em que acabei por ir para o Montijo, para o Vitória de Setúbal, mas o Benfica, com quem tinha contrato, não deixou. Na época seguinte, já no Boavista que transformou em Boavistão, Pedroto contratou três jogadores do Montijo, eu, o Chico Mário e o Carolino, e comecei uma nova etapa.»
Mas afinal, o que tinha Pedroto que os outros não tinham? João Alves, que se mantém grato pelo que aprendeu com o Zé do Boné, caracteriza assim o mestre:
«José Maria Pedroto era uma pessoa inteligentíssima, era um psicólogo por excelência, que entrava na cabeça dos jogadores com uma facilidade impressionante, era um mestre das táticas, e sabia tudo sobre futebol. Com isto, o senhor Pedroto tirava de cada jogador o máximo do rendimento. Posso dizer, passe a expressão, que foi ele que me domou, porque eu precisava de ser domado. Nunca tive um feitio fácil e tive pegas incríveis com ele, expulsou-me várias vezes do treino, mas tirou o melhor de mim e fez-me crescer.
Gostava também referir outros dois treinadores que me marcaram, o espanhol García Traid, no Salamanca, e mais tarde o húngaro Lajos Baroti, no Benfica.»
As lesões que ensombraram uma carreira de excelência...
Um tecnicista como João Alves, que mexia os cordelinhos das equipas por onde passava, era sempre um alvo das carícias dos adversários, isto numa altura em que era normal haver marcações homem a homem. Em dois momentos, o luvas pretas chegou a ter a carreira comprometida.
João Alves conta como foi: «Mesmo na fase final da minha última época nos juniores do Benfica, numa altura em que estava para integrar o plantel principal — já tinha assinado por três anos —, estive na Seleção Nacional que eliminou a França e se qualificou para a fase final do Europeu de Juniores, na Checoslováquia. Antes desse campeonato, fizemos um jogo de preparação na Roménia, onde sofri uma entrada violenta que me fraturou o menisco externo. Nessa altura as operações ainda eram com facadas, e não com furinhos, como se faz agora, e numa altura em que era fundamental estar no meu melhor fisicamente, para disputar um lugar com aqueles monstros sagrados que tinham vindo do Mundial de 1966, que estavam a terminar o seu trajeto, enquanto que a minha geração estava a iniciá-lo, vi-me a recuperar de uma cirurgia. Quando recuperei comecei a jogar pelas reservas, mas acabei, no mesmo joelho, por fraturar o menisco interno e ir de novo à faca. Foi uma época perdida. Depois, porque naquela idade jogar era o mais importante, fui ouvindo propostas para sair por empréstimo, mas a verdade é que vários clubes falaram comigo e depois desapareceram de cena, vindo a saber depois que havia quem lhes dissesse que o meu joelho não estava em condições. Foi então que apareceu o Varzim, que tinha como presidente um ex-dirigente da FPF que me conhecia da seleção de juniores que acabou por sagrar-se vice-campeã da Europa, que me acolheu. Terminámos essa época em segundo lugar na zona Norte e só não subimos porque perdemos a finalíssima com o Montijo, por 1-0. Mas confesso que me foi difícil encontrar clube!»
Anos mais tarde, depois de ter sido titular da equipa europeia de 1978/79 escolhida pela revista francesa Onze (Peter Shilton; Viv Anderson, Brandts, Krol, Bossis; João Alves, Haan, Keegan; Francis, Krankl, Resenbrink), o luvas pretas tornou-se no gants noirs ao ser transferido, por valores extraordinários para a época, para o Paris Saint-Germain. Porém, nem tudo correu bem e Alves conta porquê: «Fui para o PSG [1979] carregado de ilusões e receberam-me principescamente. Estreei-me no Parque dos Príncipes numa vitória por 2-1 sobre o Marselha onde fiz uma exibição espetacular, e no jogo seguinte, em Sochaux, o Genghini, internacional francês, fez-me um tackle e deixou-me a perna virada ao contrário. Tive várias fraturas e essa lesão foi bem mais difícil de ultrapassar que os meniscos. Estive meia época parado e perdi o gosto por estar em Paris. Decidi então, regressar uma vez mais à casa-mãe, ao Benfica...»
Uma estrela no Estrela
Uma estrela no Estrela. João Alves teve uma longa e prestigiada carreira de treinador, a que terá apenas faltado a possibilidade de treinar um dos 'grandes'. Por várias vezes esteve perto de acontecer, mas nunca se concretizou. Porém, entre muitos trabalhos de enorme qualidade que assinou, a joia da coroa foi a conquista da Taça de Portugal ao serviço do Estrela da Amadora, em 1989/1990. Uma proeza vista assim por João Alves: «Empatámos a final com o Farense e vencemos a finalíssima. Evidentemente que é dos momentos mais marcantes e felizes da minha carreira e o ponto mais alto da história do Estrela. Aliás, apanhei o clube no ano de estreia na I Liga, anos depois regressei e subimos ao escalão principal, e nessa época fomos à meia-final da Taça, que perdemos com o FC Porto por 2-1, e ainda voltei uma terceira vez e voltámos a subir de Divisão. Na Amadora, venci uma Taça de Portugal e estive em duas subidas»
José Manuel Delgado in A Bola
Parabéns ao Luvas pretas!
Neto de uma grande figura do futebol português da década de 20 do século XX.
Jogador de enorme classe, que tive o prazer de ainda ver jogar!
(https://media.slbenfica.pt/-/media/benficadp/images/departamento-de-comunicacao/epoca_2017_2018/futebol/ex-jogadores/joao-alves-luvas-pretas/joao-alves-entrevista-benfica-2-thumbnail.jpg?la=pt-pt&v=636581914770000000&hash=544CAC7F00ED513C3CFB26EC4CE9EEFE)
Feliz aniversário, João Alves! 🎉🎂