As Finanças do Benfica

aquaris

#86460
O Benfica mostra incapacidade de negociar no momento de contratar, quer nos jogadores, quer nos serviços!
pagamos sempre acima do preço de mercado, e depois temos um custo muito superior aquele que devíamos ter.


E vai piorar quando o Rui "incompetente" Costa ficar a negociar os contratos de publicidade e TV!

Slb04Sempre

Citação de: BERNA_1961 em 02 de Março de 2024, 21:52
Citação de: Slb04Sempre em 02 de Março de 2024, 21:46
Citação de: BERNA_1961 em 02 de Março de 2024, 21:38
Citação de: Slb04Sempre em 02 de Março de 2024, 21:16
Citação de: BERNA_1961 em 02 de Março de 2024, 19:30
Citação de: bruno cardoso em 02 de Março de 2024, 12:32
Como é que o Sporting praticamente não paga comissoes a empresários e tem mais valias daquela grandeza?
Não percebo.
Depois, ter 120M/ano de salários para este futebol, é qualquer coisa de inacreditável...
Não foi isso que nos foi prometido.

Eu acho que é tudo fake, os clubes põem os valores que quiserem onde quiserem
Então vamos pôr 100M em caixa...
Pode ser que os €€€ venham das arvores...

qual é o problema? o porto não acabou de fazer isso?
Nós somos o Benfica. BENFICA!


Nós somos, quem lá está há 30 anos, não sei

De qualquer forma estava apenas a ser irónico.. Não quero que se lembrem em avalaiar o Estádio da Luz em 500 milhões

Cob92

Citação de: _Huji_Slb em 02 de Março de 2024, 22:11
Citação de: Cob92 em 02 de Março de 2024, 21:54
Citação de: Rui Ramone em 02 de Março de 2024, 21:30Fechar as modalidades e acabar com a BTV, passar as transmissões dos jogos das equipas de futebol de formação masculino e feminino para um canal do YouTube . Os clubes ingleses e alemães não apostam em modalidades, temos muita gente a mamar no Benfica e um estado que não apoia quem aposta no desporto, como tal é foco total no futebol masculino e feminino

Não.

Primeiro ponto, a BTV permite tirar jogos a Sport TV para eles não mamar tanto a nossa custa e só por isso a BTV vale a pena.

Segundo ponto, discordo em fechar todas as modalidades mas concordo no facto de querer acabar com algumas delas para concentrar ainda mais o foco no futebol e claro nas modalidades restantes.

Terceiro ponto, os ingleses não apostam nas modalidades porque a cultura deles è cerveja e futebol, acredita que não è por ter 300 modalidades que os bolsos do ingleses vão ficar vazios. 



O que se tem que fazer é acabar com os parasitas que andam a rondar o Benfica, o problemas sao os funcionários.

Sim também podemos ir por aí.

De qualquer maneira estamos todos de acordo para dizer que neste momento a estrutura está a sacrificar a parte financeira pelo lado desportivo.

O problema è que a nível desportivo, não vejo aonde ficamos a ganhar.

Este ano vi um gajo que custou 14 milhões de euros, sair ao fim de 6 meses porque afinal.. coiso.

Isto não è normal e já temos financas que chega para conseguir apresentar bom futebol a longo prazo.

Já estou farto destas montanhas russas.


arfm14

#86463
.

george 20

Continuo com a minha opinião.
As épocas 26/27 e 27/28 podem ser muito importantes para nós.
Os nossos rivais acabam os contratos de tv no final na epoca 27/28.
A possível centralização entrará em vigor em 28/29.
O nosso acaba em 25/26.
Podemos fazer um contrato para 2 anos superior a 100M, isto quando eles já pouco ou nada vão ter a receber.

aquaris

Citação de: george 20 em 03 de Março de 2024, 16:28Continuo com a minha opinião.
As épocas 26/27 e 27/28 podem ser muito importantes para nós.
Os nossos rivais acabam os contratos de tv no final na epoca 27/28.
A possível centralização entrará em vigor em 28/29.
O nosso acaba em 25/26.
Podemos fazer um contrato para 2 anos superior a 100M, isto quando eles já pouco ou nada vão ter a receber.
A importância de ter um Líder competente....
Tem Rui costa competência?

Velazquez

O estado das finanças é má depois de tantos milhões?Um clube que gasta aos 30 ou 40M em jogadores por época para irem para o banco tem como as finanças?Precisa de vender esse clube?Tretas

Experimentem só investir em titulares a ver se precisam de vender.O clube que factura mais de 100M em cada época precisa de vender?Porquê?E um que facture 5 M como é que sobrevive?

Se precisa de vender é para financiar este modelo de negocio que só prejudica o clube e é a razão para tanta instabilidade e porque não se tem sucesso consecutivo


Eterno Benfica

Citação de: Velazquez em 09 de Março de 2024, 20:02O estado das finanças é má depois de tantos milhões?Um clube que gasta aos 30 ou 40M em jogadores por época para irem para o banco tem como as finanças?Precisa de vender esse clube?Tretas

Experimentem só investir em titulares a ver se precisam de vender.O clube que factura mais de 100M em cada época precisa de vender?Porquê?E um que facture 5 M como é que sobrevive?

Se precisa de vender é para financiar este modelo de negocio que só prejudica o clube e é a razão para tanta instabilidade e porque não se tem sucesso consecutivo


Sem este modelo de negócio, que contrata suplentes de muitos milhões, muito provavelmente nunca terias tido um Jonas que até foi a custo 0.

O modelo despoleta a necessidade de vender jogadores recorrentemente, mas é também o fator decisivo para que todos os anos termos equipas que consigam "bater" na Europa. Porque caso contrário iríamos ser um do nível de um Olympiakos. íamos conseguir segurar os jogadores até final de contrato e depois lá iam eles

Velazquez

Citação de: Eterno Benfica em 11 de Março de 2024, 01:23
Citação de: Velazquez em 09 de Março de 2024, 20:02O estado das finanças é má depois de tantos milhões?Um clube que gasta aos 30 ou 40M em jogadores por época para irem para o banco tem como as finanças?Precisa de vender esse clube?Tretas

Experimentem só investir em titulares a ver se precisam de vender.O clube que factura mais de 100M em cada época precisa de vender?Porquê?E um que facture 5 M como é que sobrevive?

Se precisa de vender é para financiar este modelo de negocio que só prejudica o clube e é a razão para tanta instabilidade e porque não se tem sucesso consecutivo


Sem este modelo de negócio, que contrata suplentes de muitos milhões, muito provavelmente nunca terias tido um Jonas que até foi a custo 0.

O modelo despoleta a necessidade de vender jogadores recorrentemente, mas é também o fator decisivo para que todos os anos termos equipas que consigam "bater" na Europa. Porque caso contrário iríamos ser um do nível de um Olympiakos. íamos conseguir segurar os jogadores até final de contrato e depois lá iam eles
O Jonas que veio a custo zero e até depois do fecho do mercado custou muitos milhões?E foi contratado para ir para o banco?Não sabia mesmo.O que eu vi é que ele chegou e foi logo titular.E não sei o que tanto foi investido nele

Eu não disse para não se contratar suplentes de outras equipas por muitos milhões mas se se investir muito num jogador tem que ser para titular da nossa equipa e que venha ser importante, tem que ser para fazer a diferença

O Olympiakos nem de perto tem a qualidade que nós temos na nossa formação.

Manter os melhores jogadores mais tempo em vez de gastar muito dinheiro em suplentes e dar esses lugares a mais talentos da formação faria com que ficássemos do nivel do Olmypiakos?

Pelo contrario, teriamos mais estabilidade, com menos compras e vendas, menos mexidas em cada época e sem perdermos os melhores todos os anos

Parece que os jogadores da formação só servem quando são os melhores jogadores da equipa imediatamente a subirem da B.Não, não são piores do que os que custam milhões, que veem para suplentes para pouco jogar

Como é que com tudo isto vês que ficariamos do nivel do Olympiakos?Pelo contrario.Com este modelo poderiamos ter muito mais sucesso sustentável e regular, sem esta instabilidade que se vê ano sim, ano não.Ficariamos muito mais fortes

Eterno Benfica

Citação de: Velazquez em 11 de Março de 2024, 14:50
Citação de: Eterno Benfica em 11 de Março de 2024, 01:23
Citação de: Velazquez em 09 de Março de 2024, 20:02O estado das finanças é má depois de tantos milhões?Um clube que gasta aos 30 ou 40M em jogadores por época para irem para o banco tem como as finanças?Precisa de vender esse clube?Tretas

Experimentem só investir em titulares a ver se precisam de vender.O clube que factura mais de 100M em cada época precisa de vender?Porquê?E um que facture 5 M como é que sobrevive?

Se precisa de vender é para financiar este modelo de negocio que só prejudica o clube e é a razão para tanta instabilidade e porque não se tem sucesso consecutivo


Sem este modelo de negócio, que contrata suplentes de muitos milhões, muito provavelmente nunca terias tido um Jonas que até foi a custo 0.

O modelo despoleta a necessidade de vender jogadores recorrentemente, mas é também o fator decisivo para que todos os anos termos equipas que consigam "bater" na Europa. Porque caso contrário iríamos ser um do nível de um Olympiakos. íamos conseguir segurar os jogadores até final de contrato e depois lá iam eles
O Jonas que veio a custo zero e até depois do fecho do mercado custou muitos milhões?E foi contratado para ir para o banco?Não sabia mesmo.O que eu vi é que ele chegou e foi logo titular.E não sei o que tanto foi investido nele

Eu não disse para não se contratar suplentes de outras equipas por muitos milhões mas se se investir muito num jogador tem que ser para titular da nossa equipa e que venha ser importante, tem que ser para fazer a diferença

O Olympiakos nem de perto tem a qualidade que nós temos na nossa formação.

Manter os melhores jogadores mais tempo em vez de gastar muito dinheiro em suplentes e dar esses lugares a mais talentos da formação faria com que ficássemos do nivel do Olmypiakos?

Pelo contrario, teriamos mais estabilidade, com menos compras e vendas, menos mexidas em cada época e sem perdermos os melhores todos os anos

Parece que os jogadores da formação só servem quando são os melhores jogadores da equipa imediatamente a subirem da B.Não, não são piores do que os que custam milhões, que veem para suplentes para pouco jogar

Como é que com tudo isto vês que ficariamos do nivel do Olympiakos?Pelo contrario.Com este modelo poderiamos ter muito mais sucesso sustentável e regular, sem esta instabilidade que se vê ano sim, ano não.Ficariamos muito mais fortes
No 1 parágrafo não interpretaste bem o que escrevi.

E não, sem este modelo de negócio o Jonas que foi contratado a custo 0 não teria vindo cá parar, porque não iríamos ter capacidade para pagar o salário que ele auferia.


É este modelo de negócio que permite o Benfica gastar 120M em salários por ano, e outros 80M em gestão corrente. (Não fui confirmar os números). Este modelo de negócio potência as vendas do clube para um patamar bem alto, e só assim se consegue pagar os custos que temos.

É este modelo de negócio, de entreposto de jogadores, que faz com que o Benfica tenha melhores jogadores, tendencialmente melhores equipas, e por consequência melhores performances europeias que ajudam a pagar a estrutura de custos gigante que existe.


É uma bola de neve.

Podemos todos dizer que se abusa neste modelo, que o levamos ao extremo, que há muitos milhões mal gastos, que os custos estão demasiado altos em várias rubricas, que o scouting falha demasiado, etc

Eu concordo com vários pontos, mas é este modelo de negócio que permite ao Benfica ter acesso aos melhores jogadores que por cá têm passado e que sem ele não teríamos tido a performance europeia que temos tido.


Não tenho dúvidas que seríamos mais consistentes se abandonassemos este modelo, que é arriscado, por um mais conservador. Mas seria uma consistência de resultados de vários tiers a baixo do que temos feito. provavelmente num patamar do Olympiakos.

Velazquez

Citação de: Eterno Benfica em 11 de Março de 2024, 22:29No 1 parágrafo não interpretaste bem o que escrevi.

E não, sem este modelo de negócio o Jonas que foi contratado a custo 0 não teria vindo cá parar, porque não iríamos ter capacidade para pagar o salário que ele auferia.


É este modelo de negócio que permite o Benfica gastar 120M em salários por ano, e outros 80M em gestão corrente. (Não fui confirmar os números). Este modelo de negócio potência as vendas do clube para um patamar bem alto, e só assim se consegue pagar os custos que temos.

É este modelo de negócio, de entreposto de jogadores, que faz com que o Benfica tenha melhores jogadores, tendencialmente melhores equipas, e por consequência melhores performances europeias que ajudam a pagar a estrutura de custos gigante que existe.


É uma bola de neve.

Podemos todos dizer que se abusa neste modelo, que o levamos ao extremo, que há muitos milhões mal gastos, que os custos estão demasiado altos em várias rubricas, que o scouting falha demasiado, etc

Eu concordo com vários pontos, mas é este modelo de negócio que permite ao Benfica ter acesso aos melhores jogadores que por cá têm passado e que sem ele não teríamos tido a performance europeia que temos tido.


Não tenho dúvidas que seríamos mais consistentes se abandonassemos este modelo, que é arriscado, por um mais conservador. Mas seria uma consistência de resultados de vários tiers a baixo do que temos feito. provavelmente num patamar do Olympiakos.
Eu não consigo ser mais claro do que fui.Eu falo em não gastar em suplentes e que se podia cortar muito ai, em transferencias e salários e tu vens falar que assim não se podia pagar o salário num jogador que veio para titular.

Pelo contrario, se cortar nos suplentes até se poderia pagar mais a titulares e no total gastar menos.Tudo dito

DB4700

O Benfica pode ou não pode recusar 100 milhões por um jogador? A matemática diz que pode. Não sempre, mas algumas vezes. Eis porquê:

A primeira parte a entender disto é que o Benfica é um clube vendedor e enquanto nada mudar a nível estrutural no futebol europeu (uma Superliga Europeia com tecto salarial mas também "chão" salarial por exemplo) vai sempre ser um clube vendedor.

Vai sempre ser um clube vendedor, porque lá foram pagam-se mais salários do que aqui, e tem-se outro tipo de ambições nas provas europeias. É o que é.

Posto isto, ser um clube vendedor é diferente de ser um clube que está obrigado a vender todos os anos. E neste momento, o Benfica é um clube que está obrigado a vender todos os anos. Essa é a primeira questão.

1. Porque é que o Benfica está neste momento obrigado a vender todos os anos?

O maior registo de sempre do Benfica a nível de receitas operacionais (venda de bilhetes, transmissões televisivas, prémios UEFA, patrocinadores) foi em 2022/23: 196 milhões. Esse foi o nosso máximo histórico. Este anos vai andar qualquer coisa à volta dos 170 milhões (se formos mais longe na Liga Europa, os números serão um pouco melhores).

Isto é bom. Na verdade é muito bom. Mas há o outro lado da moeda. E é esse lado que nos põe numa posição onde estamos obrigados a vender. É que no ano passado o Benfica gastou 206 milhões em salários, fornecimentos e serviços externos e outros custos correntes. Este ano, a julgar por aquilo que gastámos no primeiro semestre, vamos gastar à volta de 221 milhões.

Ou seja, mesmo no melhor de todos os anos, com quartos de final da Champions, só uma derrota (relembro que cada empate e vitória dão dinheiro), o maior patrocinador do futebol português, o maior negócio de TV do futebol português, o Benfica está obrigado a vender porque gasta mais do que produz (e ainda nem fomos aos custos com juros).

Somando a isto, os custos com juros, que na época passada foram ao todo 12 milhões, este ano deverão ser 16, estamos a falar de um buraco de cerca de 67 milhões que tem que ser tapado só com dinheiro que se gasta mais do que aquilo que se produz.

Para além disto, ainda temos que somar as amortizações, que são na verdade um reflexo daquilo que se gastou com reforços. E aí estão mais 56 milhões por ano. Ou seja, o Benfica este ano, sabendo que ia gastar o que gastou, começou a época com 123 milhões de euros em prejuízo. E para atenuar isso, vendeu o Gonçalo Ramos (que como só tinha 2 anos de contrato, ia sempre vender).

Este nível de custos, explica-nos porque é que estamos todos os anos obrigados a vender. Todos os anos somos um barco com um buraco a meter água. E em vez de remendar o buraco, vendemos jogadores que é a nossa maneira de tirar a água do barco.

Chegamos então à segunda pergunta.

2. É possível o Benfica não estar numa situação em que todos os anos começa com 120+ milhões de prejuízo? E a resposta é óbvia: sim, é.

A primeira mais óbvia de toda, é que o Benfica não precisa de gastar 88 milhões em fornecimentos e serviços externos, como o relatório do primeiro semestre indica que se vai gastar na época de 23/24. O Sporting vai gastar cerca de 40. O Porto vai gastar 58 milhões. Vamos assumir que o Benfica gasta valores semelhantes ao Porto (que mesmo assim já são altos para o que o Benfica produz). Só aí está uma poupança de 30 milhões por ano.

A segunda é que a UEFA recomenda aos clubes gastar no máximo 70% das suas receitas operacionais em salários dos jogadores. O Benfica gasta cerca de 83% da média de receitas operacionais dos últimos 5 anos e 73% do que estima fazer este ano. O limite máximo não é o número ideal, aliás, até 2019, o Benfica nunca passava dos 60%. Aí estão mais 22 milhões que se gasta acima do que é suposto.

Só nestas duas correções, estamos de imediato a falar de 52 milhões poupados. Esses 52 milhões podem, e devem, ser redirecionados para um fundo de poupança, de maneira a que o clube não esteja a aumentar os valores de dívida mas sim a baixá-los. E em vez de ver os juros que paga a aumentarem de 12 para 16 milhões, pode vê-los a baixar de 12 para 10 e depois de 10 para 9. Assim sucessivamente.

Num espaço de alguns anos, o buraco de 120+ milhões, já estaria nos 60+ milhões. 60 milhões esses que na verdade são quase na totalidade amortizações do plantel. Ou seja, é apenas um reflexo do mercado. Vendemos um jogador, investimos em dois ou três, e estamos sempre neutros.

Operacionalmente, com estas três reduções (custos com salários, custos com FSEs, custos com juros) a SAD estaria neutra (gasta o que produz e não mais) ou até ligeiramente positiva.

Mas também sobre as amortizações é possível fazer alguma coisa. Logo, em quarto lugar, o Benfica não precisa de mudar 85% do elenco do plantel num espaço de um ano (que foi o que fez entre 2023 e 2024). Ao fazê-lo o que gastou no plantel vai obviamente aumentar, e isso faz as amortizações explodir. O Benfica, e qualquer outro clube a nível mundial vive de ter jogadores que estão no clube 8-10 anos, e complementar os 18º-24º lugares no plantel com jogadores da formação. Com o financial fair play ter 16 ou 17 jogadores a custar milhões em amortizações é impossível. Seja o Benfica, seja o Real Madrid. O Benfica tem vários jogadores da formação (que amortizam zero). Mas quase todos os outros jogadores estão no primeiro contrato e a contar milhões para as amortizações. Se mais jogadores chegarem ao segundo contrato e ficarem 6-10 anos no clube, isto vai naturalmente baixar.

E em quinto lugar, o Benfica tem que ser muito mais cirúrgico nas contratações. Não é uma grande ciência dizer isto. Sete dos nove pontas de lança mais caros do futebol português foram reforços do Benfica. Seis foram reforços do Benfica nas últimas cinco épocas. O Benfica acabou de gastar 14 milhões num defesa esquerdo, o lateral (esquerdo ou direito) mais caro da história do futebol português e depois de 565 minutos de jogo, emprestou-o. Também é verdade que o Benfica contratou por 16 milhões um médio centro que seis meses depois vendeu por 121. É o negócio do futebol. Umas vezes acertamos e somos os maiores. Outras vezes falhamos e não somos os maiores. Mas quando se falha mais do que se acerta, mesmo que quando se acerta são grandes homeruns (Enzo, Darwin), não é bom o suficiente.

Conclusão: o Benfica vai sempre vender. Porque lá fora pagam-se mais salários do que cá. Mas o Benfica põe-se numa posição, todos os anos, onde tem que vender para pagar as suas despesas correntes. Põe-se nessa situação porque gasta mesmo muito dinheiro, e alguns desses gastos não são explicados o suficiente nos R&Cs, nem são muito óbvios. O Benfica sendo gerido de uma forma mais responsável deixaria rapidamente de estar dependente de ter que vender todos os anos. Pode fazer uma venda grande a cada dois anos, ou duas grandes vendas a cada três anos. Mas não tem que vender todos os anos, porque com uma gestão eficiente, o Benfica é na mesma o clube que mais e melhores salários paga em Portugal, e isso por si só já é uma vantagem suficiente.

Sim, era possível, com a devida gestão, recusar 100 milhões pelo João Neves. Era possível o Benfica ter aumentado a cláusula do João Neves para 150 milhões em vez de 120 no verão, quando lhe renovou contrato só para corrigir o salário e cláusula, sem acrescentar qualquer ano no contrato. Agora com uma cláusula de 120 milhões - que não é uma cláusula banal mas já foi batida mais vezes do que uma cláusula de 150 - algum bilionário chega cá, paga a cláusula e não há grande coisa a fazer. Falhámos na prevensão. O Benfica pode colocar cláusulas de 200 milhões e depois negociar e decidir quando é que quer vender por 80-100-120. Não temos que estar obrigados pela cláusula.

Por último: Não vos chateia que ao mesmo tempo que o Benfica está a vender o João Neves por 120 milhões, está a gastar 88 milhões (88!) a tratar a relva, nos seguranças, nas viagens, nos hóteis, na comida, na água, etc, enquanto os rivais gastam 40-58 milhões? Não? A mim chateia-me solenemente. Eu preferia ter o João Neves em campo mais um ano e não ter todos os reforços a chegar de jacto privado.

O Benfica vai sempre ser um clube vendedor. Mas não tem que ser um clube que está obrigado a vender. É isso que é fundamental que os seus sócios e adeptos percebam.

lonstrup

Citação de: DB4700 em 13 de Março de 2024, 13:16O Benfica pode ou não pode recusar 100 milhões por um jogador? A matemática diz que pode. Não sempre, mas algumas vezes. Eis porquê:

A primeira parte a entender disto é que o Benfica é um clube vendedor e enquanto nada mudar a nível estrutural no futebol europeu (uma Superliga Europeia com tecto salarial mas também "chão" salarial por exemplo) vai sempre ser um clube vendedor.

Vai sempre ser um clube vendedor, porque lá foram pagam-se mais salários do que aqui, e tem-se outro tipo de ambições nas provas europeias. É o que é.

Posto isto, ser um clube vendedor é diferente de ser um clube que está obrigado a vender todos os anos. E neste momento, o Benfica é um clube que está obrigado a vender todos os anos. Essa é a primeira questão.

1. Porque é que o Benfica está neste momento obrigado a vender todos os anos?

O maior registo de sempre do Benfica a nível de receitas operacionais (venda de bilhetes, transmissões televisivas, prémios UEFA, patrocinadores) foi em 2022/23: 196 milhões. Esse foi o nosso máximo histórico. Este anos vai andar qualquer coisa à volta dos 170 milhões (se formos mais longe na Liga Europa, os números serão um pouco melhores).

Isto é bom. Na verdade é muito bom. Mas há o outro lado da moeda. E é esse lado que nos põe numa posição onde estamos obrigados a vender. É que no ano passado o Benfica gastou 206 milhões em salários, fornecimentos e serviços externos e outros custos correntes. Este ano, a julgar por aquilo que gastámos no primeiro semestre, vamos gastar à volta de 221 milhões.

Ou seja, mesmo no melhor de todos os anos, com quartos de final da Champions, só uma derrota (relembro que cada empate e vitória dão dinheiro), o maior patrocinador do futebol português, o maior negócio de TV do futebol português, o Benfica está obrigado a vender porque gasta mais do que produz (e ainda nem fomos aos custos com juros).

Somando a isto, os custos com juros, que na época passada foram ao todo 12 milhões, este ano deverão ser 16, estamos a falar de um buraco de cerca de 67 milhões que tem que ser tapado só com dinheiro que se gasta mais do que aquilo que se produz.

Para além disto, ainda temos que somar as amortizações, que são na verdade um reflexo daquilo que se gastou com reforços. E aí estão mais 56 milhões por ano. Ou seja, o Benfica este ano, sabendo que ia gastar o que gastou, começou a época com 123 milhões de euros em prejuízo. E para atenuar isso, vendeu o Gonçalo Ramos (que como só tinha 2 anos de contrato, ia sempre vender).

Este nível de custos, explica-nos porque é que estamos todos os anos obrigados a vender. Todos os anos somos um barco com um buraco a meter água. E em vez de remendar o buraco, vendemos jogadores que é a nossa maneira de tirar a água do barco.

Chegamos então à segunda pergunta.

2. É possível o Benfica não estar numa situação em que todos os anos começa com 120+ milhões de prejuízo? E a resposta é óbvia: sim, é.

A primeira mais óbvia de toda, é que o Benfica não precisa de gastar 88 milhões em fornecimentos e serviços externos, como o relatório do primeiro semestre indica que se vai gastar na época de 23/24. O Sporting vai gastar cerca de 40. O Porto vai gastar 58 milhões. Vamos assumir que o Benfica gasta valores semelhantes ao Porto (que mesmo assim já são altos para o que o Benfica produz). Só aí está uma poupança de 30 milhões por ano.

A segunda é que a UEFA recomenda aos clubes gastar no máximo 70% das suas receitas operacionais em salários dos jogadores. O Benfica gasta cerca de 83% da média de receitas operacionais dos últimos 5 anos e 73% do que estima fazer este ano. O limite máximo não é o número ideal, aliás, até 2019, o Benfica nunca passava dos 60%. Aí estão mais 22 milhões que se gasta acima do que é suposto.

Só nestas duas correções, estamos de imediato a falar de 52 milhões poupados. Esses 52 milhões podem, e devem, ser redirecionados para um fundo de poupança, de maneira a que o clube não esteja a aumentar os valores de dívida mas sim a baixá-los. E em vez de ver os juros que paga a aumentarem de 12 para 16 milhões, pode vê-los a baixar de 12 para 10 e depois de 10 para 9. Assim sucessivamente.

Num espaço de alguns anos, o buraco de 120+ milhões, já estaria nos 60+ milhões. 60 milhões esses que na verdade são quase na totalidade amortizações do plantel. Ou seja, é apenas um reflexo do mercado. Vendemos um jogador, investimos em dois ou três, e estamos sempre neutros.

Operacionalmente, com estas três reduções (custos com salários, custos com FSEs, custos com juros) a SAD estaria neutra (gasta o que produz e não mais) ou até ligeiramente positiva.

Mas também sobre as amortizações é possível fazer alguma coisa. Logo, em quarto lugar, o Benfica não precisa de mudar 85% do elenco do plantel num espaço de um ano (que foi o que fez entre 2023 e 2024). Ao fazê-lo o que gastou no plantel vai obviamente aumentar, e isso faz as amortizações explodir. O Benfica, e qualquer outro clube a nível mundial vive de ter jogadores que estão no clube 8-10 anos, e complementar os 18º-24º lugares no plantel com jogadores da formação. Com o financial fair play ter 16 ou 17 jogadores a custar milhões em amortizações é impossível. Seja o Benfica, seja o Real Madrid. O Benfica tem vários jogadores da formação (que amortizam zero). Mas quase todos os outros jogadores estão no primeiro contrato e a contar milhões para as amortizações. Se mais jogadores chegarem ao segundo contrato e ficarem 6-10 anos no clube, isto vai naturalmente baixar.

E em quinto lugar, o Benfica tem que ser muito mais cirúrgico nas contratações. Não é uma grande ciência dizer isto. Sete dos nove pontas de lança mais caros do futebol português foram reforços do Benfica. Seis foram reforços do Benfica nas últimas cinco épocas. O Benfica acabou de gastar 14 milhões num defesa esquerdo, o lateral (esquerdo ou direito) mais caro da história do futebol português e depois de 565 minutos de jogo, emprestou-o. Também é verdade que o Benfica contratou por 16 milhões um médio centro que seis meses depois vendeu por 121. É o negócio do futebol. Umas vezes acertamos e somos os maiores. Outras vezes falhamos e não somos os maiores. Mas quando se falha mais do que se acerta, mesmo que quando se acerta são grandes homeruns (Enzo, Darwin), não é bom o suficiente.

Conclusão: o Benfica vai sempre vender. Porque lá fora pagam-se mais salários do que cá. Mas o Benfica põe-se numa posição, todos os anos, onde tem que vender para pagar as suas despesas correntes. Põe-se nessa situação porque gasta mesmo muito dinheiro, e alguns desses gastos não são explicados o suficiente nos R&Cs, nem são muito óbvios. O Benfica sendo gerido de uma forma mais responsável deixaria rapidamente de estar dependente de ter que vender todos os anos. Pode fazer uma venda grande a cada dois anos, ou duas grandes vendas a cada três anos. Mas não tem que vender todos os anos, porque com uma gestão eficiente, o Benfica é na mesma o clube que mais e melhores salários paga em Portugal, e isso por si só já é uma vantagem suficiente.

Sim, era possível, com a devida gestão, recusar 100 milhões pelo João Neves. Era possível o Benfica ter aumentado a cláusula do João Neves para 150 milhões em vez de 120 no verão, quando lhe renovou contrato só para corrigir o salário e cláusula, sem acrescentar qualquer ano no contrato. Agora com uma cláusula de 120 milhões - que não é uma cláusula banal mas já foi batida mais vezes do que uma cláusula de 150 - algum bilionário chega cá, paga a cláusula e não há grande coisa a fazer. Falhámos na prevensão. O Benfica pode colocar cláusulas de 200 milhões e depois negociar e decidir quando é que quer vender por 80-100-120. Não temos que estar obrigados pela cláusula.

Por último: Não vos chateia que ao mesmo tempo que o Benfica está a vender o João Neves por 120 milhões, está a gastar 88 milhões (88!) a tratar a relva, nos seguranças, nas viagens, nos hóteis, na comida, na água, etc, enquanto os rivais gastam 40-58 milhões? Não? A mim chateia-me solenemente. Eu preferia ter o João Neves em campo mais um ano e não ter todos os reforços a chegar de jacto privado.

O Benfica vai sempre ser um clube vendedor. Mas não tem que ser um clube que está obrigado a vender. É isso que é fundamental que os seus sócios e adeptos percebam.
é a tal diferença de vender porque é assim o mercado; e vender porque precisamos do dinheiro.

Houve uma inversão de prioridades ou sentidos.

SamuelMC

Citação de: DB4700 em 13 de Março de 2024, 13:16O Benfica pode ou não pode recusar 100 milhões por um jogador? A matemática diz que pode. Não sempre, mas algumas vezes. Eis porquê:

A primeira parte a entender disto é que o Benfica é um clube vendedor e enquanto nada mudar a nível estrutural no futebol europeu (uma Superliga Europeia com tecto salarial mas também "chão" salarial por exemplo) vai sempre ser um clube vendedor.

Vai sempre ser um clube vendedor, porque lá foram pagam-se mais salários do que aqui, e tem-se outro tipo de ambições nas provas europeias. É o que é.

Posto isto, ser um clube vendedor é diferente de ser um clube que está obrigado a vender todos os anos. E neste momento, o Benfica é um clube que está obrigado a vender todos os anos. Essa é a primeira questão.

1. Porque é que o Benfica está neste momento obrigado a vender todos os anos?

O maior registo de sempre do Benfica a nível de receitas operacionais (venda de bilhetes, transmissões televisivas, prémios UEFA, patrocinadores) foi em 2022/23: 196 milhões. Esse foi o nosso máximo histórico. Este anos vai andar qualquer coisa à volta dos 170 milhões (se formos mais longe na Liga Europa, os números serão um pouco melhores).

Isto é bom. Na verdade é muito bom. Mas há o outro lado da moeda. E é esse lado que nos põe numa posição onde estamos obrigados a vender. É que no ano passado o Benfica gastou 206 milhões em salários, fornecimentos e serviços externos e outros custos correntes. Este ano, a julgar por aquilo que gastámos no primeiro semestre, vamos gastar à volta de 221 milhões.

Ou seja, mesmo no melhor de todos os anos, com quartos de final da Champions, só uma derrota (relembro que cada empate e vitória dão dinheiro), o maior patrocinador do futebol português, o maior negócio de TV do futebol português, o Benfica está obrigado a vender porque gasta mais do que produz (e ainda nem fomos aos custos com juros).

Somando a isto, os custos com juros, que na época passada foram ao todo 12 milhões, este ano deverão ser 16, estamos a falar de um buraco de cerca de 67 milhões que tem que ser tapado só com dinheiro que se gasta mais do que aquilo que se produz.

Para além disto, ainda temos que somar as amortizações, que são na verdade um reflexo daquilo que se gastou com reforços. E aí estão mais 56 milhões por ano. Ou seja, o Benfica este ano, sabendo que ia gastar o que gastou, começou a época com 123 milhões de euros em prejuízo. E para atenuar isso, vendeu o Gonçalo Ramos (que como só tinha 2 anos de contrato, ia sempre vender).

Este nível de custos, explica-nos porque é que estamos todos os anos obrigados a vender. Todos os anos somos um barco com um buraco a meter água. E em vez de remendar o buraco, vendemos jogadores que é a nossa maneira de tirar a água do barco.

Chegamos então à segunda pergunta.

2. É possível o Benfica não estar numa situação em que todos os anos começa com 120+ milhões de prejuízo? E a resposta é óbvia: sim, é.

A primeira mais óbvia de toda, é que o Benfica não precisa de gastar 88 milhões em fornecimentos e serviços externos, como o relatório do primeiro semestre indica que se vai gastar na época de 23/24. O Sporting vai gastar cerca de 40. O Porto vai gastar 58 milhões. Vamos assumir que o Benfica gasta valores semelhantes ao Porto (que mesmo assim já são altos para o que o Benfica produz). Só aí está uma poupança de 30 milhões por ano.

A segunda é que a UEFA recomenda aos clubes gastar no máximo 70% das suas receitas operacionais em salários dos jogadores. O Benfica gasta cerca de 83% da média de receitas operacionais dos últimos 5 anos e 73% do que estima fazer este ano. O limite máximo não é o número ideal, aliás, até 2019, o Benfica nunca passava dos 60%. Aí estão mais 22 milhões que se gasta acima do que é suposto.

Só nestas duas correções, estamos de imediato a falar de 52 milhões poupados. Esses 52 milhões podem, e devem, ser redirecionados para um fundo de poupança, de maneira a que o clube não esteja a aumentar os valores de dívida mas sim a baixá-los. E em vez de ver os juros que paga a aumentarem de 12 para 16 milhões, pode vê-los a baixar de 12 para 10 e depois de 10 para 9. Assim sucessivamente.

Num espaço de alguns anos, o buraco de 120+ milhões, já estaria nos 60+ milhões. 60 milhões esses que na verdade são quase na totalidade amortizações do plantel. Ou seja, é apenas um reflexo do mercado. Vendemos um jogador, investimos em dois ou três, e estamos sempre neutros.

Operacionalmente, com estas três reduções (custos com salários, custos com FSEs, custos com juros) a SAD estaria neutra (gasta o que produz e não mais) ou até ligeiramente positiva.

Mas também sobre as amortizações é possível fazer alguma coisa. Logo, em quarto lugar, o Benfica não precisa de mudar 85% do elenco do plantel num espaço de um ano (que foi o que fez entre 2023 e 2024). Ao fazê-lo o que gastou no plantel vai obviamente aumentar, e isso faz as amortizações explodir. O Benfica, e qualquer outro clube a nível mundial vive de ter jogadores que estão no clube 8-10 anos, e complementar os 18º-24º lugares no plantel com jogadores da formação. Com o financial fair play ter 16 ou 17 jogadores a custar milhões em amortizações é impossível. Seja o Benfica, seja o Real Madrid. O Benfica tem vários jogadores da formação (que amortizam zero). Mas quase todos os outros jogadores estão no primeiro contrato e a contar milhões para as amortizações. Se mais jogadores chegarem ao segundo contrato e ficarem 6-10 anos no clube, isto vai naturalmente baixar.

E em quinto lugar, o Benfica tem que ser muito mais cirúrgico nas contratações. Não é uma grande ciência dizer isto. Sete dos nove pontas de lança mais caros do futebol português foram reforços do Benfica. Seis foram reforços do Benfica nas últimas cinco épocas. O Benfica acabou de gastar 14 milhões num defesa esquerdo, o lateral (esquerdo ou direito) mais caro da história do futebol português e depois de 565 minutos de jogo, emprestou-o. Também é verdade que o Benfica contratou por 16 milhões um médio centro que seis meses depois vendeu por 121. É o negócio do futebol. Umas vezes acertamos e somos os maiores. Outras vezes falhamos e não somos os maiores. Mas quando se falha mais do que se acerta, mesmo que quando se acerta são grandes homeruns (Enzo, Darwin), não é bom o suficiente.

Conclusão: o Benfica vai sempre vender. Porque lá fora pagam-se mais salários do que cá. Mas o Benfica põe-se numa posição, todos os anos, onde tem que vender para pagar as suas despesas correntes. Põe-se nessa situação porque gasta mesmo muito dinheiro, e alguns desses gastos não são explicados o suficiente nos R&Cs, nem são muito óbvios. O Benfica sendo gerido de uma forma mais responsável deixaria rapidamente de estar dependente de ter que vender todos os anos. Pode fazer uma venda grande a cada dois anos, ou duas grandes vendas a cada três anos. Mas não tem que vender todos os anos, porque com uma gestão eficiente, o Benfica é na mesma o clube que mais e melhores salários paga em Portugal, e isso por si só já é uma vantagem suficiente.

Sim, era possível, com a devida gestão, recusar 100 milhões pelo João Neves. Era possível o Benfica ter aumentado a cláusula do João Neves para 150 milhões em vez de 120 no verão, quando lhe renovou contrato só para corrigir o salário e cláusula, sem acrescentar qualquer ano no contrato. Agora com uma cláusula de 120 milhões - que não é uma cláusula banal mas já foi batida mais vezes do que uma cláusula de 150 - algum bilionário chega cá, paga a cláusula e não há grande coisa a fazer. Falhámos na prevensão. O Benfica pode colocar cláusulas de 200 milhões e depois negociar e decidir quando é que quer vender por 80-100-120. Não temos que estar obrigados pela cláusula.

Por último: Não vos chateia que ao mesmo tempo que o Benfica está a vender o João Neves por 120 milhões, está a gastar 88 milhões (88!) a tratar a relva, nos seguranças, nas viagens, nos hóteis, na comida, na água, etc, enquanto os rivais gastam 40-58 milhões? Não? A mim chateia-me solenemente. Eu preferia ter o João Neves em campo mais um ano e não ter todos os reforços a chegar de jacto privado.

O Benfica vai sempre ser um clube vendedor. Mas não tem que ser um clube que está obrigado a vender. É isso que é fundamental que os seus sócios e adeptos percebam.

A citar para ver mais tarde

st. michel

Citação de: george 20 em 03 de Março de 2024, 16:28Continuo com a minha opinião.
As épocas 26/27 e 27/28 podem ser muito importantes para nós.
Os nossos rivais acabam os contratos de tv no final na epoca 27/28.
A possível centralização entrará em vigor em 28/29.
O nosso acaba em 25/26.
Podemos fazer um contrato para 2 anos superior a 100M, isto quando eles já pouco ou nada vão ter a receber.

Porque é que achas que o desdentado do Proença não pára de falar do adiantamento da centralização dos direitos de TV? Achas  mesmo que os rivais ficam um ano a penar sem acesso a dinheiro fresco? Vão adiantar  a centralização e a liga (e não os rivais) faz o pagamento po à SportTV de alguma maneira pela época perdida de direitos adquiridos. Basta pagar ao SLB menos 30 ou 40 milhões pelos seus direitos no esquema centralizado.

E o que vai fazer o noçe Rui? Assina de cruz o que lhe ponham à frente.