Joaquim Ferreira Bogalho (Presidente)

Joaquim Ferreira Bogalho

Nome completo
Joaquim Ferreira Bogalho
Posição
Presidente
Data de nascimento
11 Dezembro 1889
Data de morte
1 Outubro 1977 (87 anos)
País
Portugal
Período na presidencia
-

Mandatos

Direcção

1º - Presidente (15 Mar 1952 / 31 Jan 1953)
Direcção de Ferreira Bogalho
2º - Presidente (31 Jan 1953 / 30 Jan 1954)
Direcção de Ferreira Bogalho
3º - Presidente (30 Jan 1954 / 15 Mar 1955)
Direcção de Ferreira Bogalho
4º - Presidente (15 Mar 1955 / 18 Fev 1956)
Direcção de Ferreira Bogalho
5º - Presidente (18 Fev 1956 / 30 Mar 1957)
Direcção de Ferreira Bogalho

Conselho Fiscal

1º - Presidente (31 Ago 1940 / 6 Set 1941)
Direcção de Augusto da Fonseca Júnior


Por administrador a Sábado, 4 Novembro 2023

Joaquim Ferreira Bogalho

Nome Completo: JOAQUIM FERREIRA BOGALHO
Nacionalidade: Português
Data de Nascimento: 1899
Data de Falecimento: 01-10-1977
Cargo: Presidente
Eleito: 1º Mandato - 15-03-1953 / 1954
           2º Mandato - 1954 / 30-01-1955
           3º Mandato - 30-01-1955 / 18-02-1956
           4º Mandato - 18-02-1956 / 30-03-1957

Joaquim Ferreira Bogalho

#1
Este é o primeiro tópico que abro..penso que não havia nenhum aberto sobre este grande Presidente...quem conseguir colocar uma fotografia ou juntar mais informação, que o faça, grazie...

Sublinhe-se que foi quem contratou Otto Glória e introduziu o profissionalismo no futebol do Benfica..contratou jogadores como José Águas e Coluna (entre outros) e iniciou a construção da grande equipa dos anos 60..

Red skin

Tinhas q ser tu a abrir este tópico... e mais ninguem  ;D

Joaquim Ferreira Bogalho

Citação de: Red skin em 04 de Março de 2011, 21:52
Tinhas q ser tu a abrir este tópico... e mais ninguem  ;D

Pois claro :) já andava há algum tempo para abri-lo...agradeço a fotografia e os dados informativos introduzidos...

Universo Benfica

#4
Joaquim Bogalho é, ainda hoje - e sê-lo-á sempre -, um símbolo, um motivo de orgulho e uma fonte de estímulo para os sócios do Benfica. Emergindo da aura envolvente dos primórdios do clube, em que avultam os nomes sagrados de Cosme Damião, Tamagnini Barbosa, Félix Bermudes, Ribeiro dos Reis, ele foi, durante várias décadas, quase uma vida inteira, o mais respeitado intérprete e continuador do espírito, do fervor, da mística, da alma, do Benfica...
Ao Benfica chegou com duas grandes e inseparáveis paixões: o ciclismo e o futebol. Tinha 15 anos, viera de uma terreola pequenina, à beira da Benedita, para Lisboa à conquista do futuro. Fez-se logo sócio do Benfica. Em 1914. E começou a jogar como guarda-redes. Nunca passaria das terceiras categorias. Por isso, Francisco Calado, uma das glórias do futebol do Benfica que com ele trabalhou, disse que se como jogador não atingiu craveira elevada, como dirigente foi insuperável. Ao falar dele, emocionou-se. «Joaquim Bogalho era fantástico. Via o Benfica à frente de tudo, mas foi sempre um homem muito sério. Um dirigente com um sentido de futuro e de responsabilidade ímpares. Não era homem rico, antes pelo contrário, era um dos sócios da Casa de Câmbios Costa Lda, na Rua do Ouro, mas, com o seu sentido de gestão fez com que o Benfica se livrasse da bancarrota e, mais que isso, criou as bases em que se fundaria o Benfica europeu dos anos 60...» Foi como tesoureiro de unhas curtas que deu nas vistas. Mas seria como presidente de mãos largas que se celebraria. No tempo em que aceitou a tarefa de endireitar as finanças do Benfica, chamavam-lhe o Joaquim... da Calçada.
Persistente. Teimoso. Testarudo. A sua divisa não era um por todos, todos por um, era...antes quebrar que torcer. Ao traçar-lhe o retrato, Francisco Calado sente as lágrimas a bailarem-lhe nos olhos. Se é saudade, também é devoção. São essas coisas que o simples nome dos grandes homens inspiram. «Ninguém se poderá queixar de ter sido alguma vez traído por Bogalho. Se, por vezes, era duro, era duro com frontalidade. Se, por vezes, parecia haver algum despotismo nos seus métodos de acção, era porque só queria o bem do Benfica. Queria o bem do Benfica sem querer o mal dos outros. Era um homem extraordinário, capaz de dar a camisa por um amigo, como deu, pela vida fora, a alma pelo Benfica.»

Recusa do nome no estádio do sonho...

Joaquim Ferreira Bogalho foi como que o presidente que cortou, definitivamente, o elo com o futebol romântico em Portugal. Profissionalizando-o, sem complexos ou hipocrisias. Chamaram-lhe megalómano quando, na ânsia de destruir o império que o Sporting ameaçara criar, contratou Fernando Caiado ao Boavista, por 200 contos, no que seria a maior transferência até então do futebol português. E com nomes ainda mais feios o vituperaram, até alguns dos próprios pares quando aceitou pagar 12 contos por mês a Otto Glória para que ele revolucionasse, como revolucionou, o futebol do Benfica.
O Estádio da Luz foi sonho seu. Desafio de uma vida. De paixão ardente. De tal modo que, no dia da inauguração, a 1 de Dezembro de 1954, depois de lida a mensagem de felicitações de Salazar, António Ribeiro dos Reis, a quem competiria, por protocolo, a inauguração do estádio que se chamava ainda de... Carnide, na sua condição de presidente da Assembleia Geral, não o quis fazer, para não ser injusto com Bogalho, cujo discurso foi ponteado por lágrimas e longas pausas de comoção: «Foi um milagre! Um milagre da nossa fé inquebrantável; milagre do nosso querer irresistível; milagre do nosso amor a esta colectividade que se chama Sport Lisboa e Benfica. Eu profetizara este acontecimento em 29 de Maio de 1952, no Porto, no banquete comemorativo da inauguração do Estádio do F. C. Porto e consideraram-me um lunático, um sonhador, ou simplesmente um louco...»
O Benfica poderia, enfim, no dia em que festejava 50 anos, ufanar-se de ter um grande estádio construído em pouco mais de dois anos. «Aqui instalámos, enfim, o nosso lar, aqui queremos viver para todo o sempre, porque o Benfica será eterno», ao dizê-lo, Joaquim Bogalho desfaleceu. De emoção. As palmas tornaram-se mais vibrantes. E o Estádio de... Carnide, que haveria de se afamar como sendo da Luz, só não ficou, nesse dia, com o nome de Bogalho porque ele não quis. Por modéstia. São assim os grandes homens...

Fazer a Luz com leilão de... periquitos!

Tinha um sonho. Um estádio para o Benfica. Com a grandeza dele. Um dia disse: «A obra é para todos, tem, portanto, de ser obra de todos.» Foi. E, aceitando o repto de Bogalho, em 1953, quase todos os dias era ver na sede da Rua do Jardim do Regedor gente de todas as condições, peles caras e fatos de ganga juntos numa multidão heterogénea, dando lindo exemplo de amor a uma causa, contribuindo de forma inédita, com toda a simplicidade e ternura, leiloando objectos o mais inimagináveis, para que se recolhessem fundos para o estádio. De uma vez, uma gaiola com dois periquitos, oferecida pelo... presidente, foi arrematada por 300 escudos. O arrematante pô-la de novo em leilão. Rendeu mais 300. E mais 300 ainda por se ter repetido a cena. De outra, uma garrafa de Porto foi leiloada onze vezes e rendeu quase 500 escudos. Desse modo se conseguiram dezenas de contos. Foram gotas de água. Pura. Do coração. E a forma de se fazer um estádio com a ajuda e o sacrifício de todos porque Bogalho tivera um sonho, farto de ver o Benfica sem campo decente, que o Sporting lhe cedera...

sardao


FR

Conheci uma neta deste senhor que as iniciais do seu nome eram SLB

sardao

Citação de: FR em 11 de Março de 2011, 03:16
Conheci uma neta deste senhor que as iniciais do seu nome eram SLB

:bow2:

Fake Blood


Simbólico. Dia 14 de Julho de 1953. Joaquim Ferreira Bogalho dá a primeira enxadada nos terrenos onde ia nascer o Estádio da Luz.

Joaquim Ferreira Bogalho


Fake Blood

Citação de: FR em 11 de Março de 2011, 03:16
Conheci uma neta deste senhor que as iniciais do seu nome eram SLB
Falta-me o L
FUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU

Saïd Old Roof


Fonte: "SLB Campeão - Volume I", colecção editada pelo jornal "A Bola".


Joaquim Ferreira Bogalho

Para o Natal quero um Presidente como este...

TJSF