As melhores fotografias da história do Benfica

Alexandre1976

Claro que a alusão a Romão Martins é só baseada na sua acção como chefe do departamento de futebol.Em afirmações mais ou menos feitas por jogadores que sairam nessa altura parece que as diferenças de verbas nem eram assim tão dispares.Em 1975 saem Eusébio Simões Jaime Graça Artur Jorge Adolfo e é vendido Humberto.Em 1976 parte Jordão para Espanha.E no final de 76-77 Alhinho vai para a Belgica Nelinho Moinhos e Artur também saem para além da situação irreversivel de Vitor Baptista.E Vitor Martins tem o terrivel acidente que lhe acaba com a carreira.E em 79 Eurico e Fidalgo vão para as osgas e Alves tem um regresso efemero ao clube.Ou seja teriamos tudo para continuar a ter uma super equipa.Que poderia ser um 11 com Bento-Artur-Humberto-Eurico-Pietra-Shéu-Alves-Chalana-Néné-Jordão e V. Baptista.e ainda sobravam Fidalgo-Bastos Lopes-Alhinho-Alberto-Toni-V.Martins-J.Luis-Nelinho ou Reinaldo.

RedVC

Muito boa análise Alexandre1976.

Neste cenário se entende melhor a situação propícia para a alteração maior que acabou por ser inevitável uns anos depois. E também aí falta de critério com a contratação dos primeiros estrangeiros. Mesmo César que tinha alguma qualidade não terá sido a mais criteriosa e bem sucedida escolha. De Jorge Gomes pouco interessa falar. Só se tem uma oportunidade e a Direção da altura falhou redondamente.

Mesmo assim o poder de regeneração do Benfica ficou demonstrado com a primeira época de Baroti e depois as duas épocas de Eriksson. Particularmente estas duas que foram as que eu acompanhei com maior paixão. Ainda hoje são as minhas épocas de sonho pois foi também a altura que comecei a perceber o Benfica na sua plenitude. A galeria de jogos e jogadores que percorreu esses dois anos foi excepcional. Depois veio o erro histórico do fecho do terceiro anel. Desfigurar o nosso Estádio. Apesar de tudo para mim foi desfigurar. E acima de tudo desfigurar por mais de uma década o futebol Benfica e por arrasto desfigurar o próprio Clube. Imperdoável.


Alexandre1976

Concordo plenamente.Em 80-81 com Baroti e especialmente com Eriksson de 82 a 84 o Benfica era uma autentica máquina de jogar.Foi a partir de 82-83 que começei a ver o Benfica a sério.E a megalomania do fecho do terceiro anel muito se deve á loucura que esses anos com Sven proporcionaram.Depois sairam Eriksson Chalana Stromberg Alves Filipovic ou Frederico e devido á prioridade que foi o betão com Fernando Martins passámos a ter uma aposta no mercado muito mais criticável.Não esquecendo que nessa altura também foi desmantelada uma super equipa de hoquei em patins onde jogavam Leste Cristiano José Carlos ou Fernando Pereira.Situação que seria um pouco esbatida entre 87 e 94 muito graças ao dinheiro de um dos maiores Benfiquistas de sempre o Sr. Jorge de Brito.

RedVC

Citação de: Alexandre1976 em 21 de Fevereiro de 2016, 23:39
Concordo plenamente.Em 80-81 com Baroti e especialmente com Eriksson de 82 a 84 o Benfica era uma autentica máquina de jogar.Foi a partir de 82-83 que começei a ver o Benfica a sério.E a megalomania do fecho do terceiro anel muito se deve á loucura que esses anos com Sven proporcionaram.Depois sairam Eriksson Chalana Stromberg Alves Filipovic ou Frederico e devido á prioridade que foi o betão com Fernando Martins passámos a ter uma aposta no mercado muito mais criticável.Não esquecendo que nessa altura também foi desmantelada uma super equipa de hoquei em patins onde jogavam Leste Cristiano José Carlos ou Fernando Pereira.Situação que seria um pouco esbatida entre 87 e 94 muito graças ao dinheiro de um dos maiores Benfiquistas de sempre o Sr. Jorge de Brito.

Do blogue de Alberto Miguéns:







Não esquecer Picas e Piruças. Tinham nome de Marretas mas eram grande hoquistas. Terríveis.

Alexandre1976


RedVC



Para quem quiser regalar os olhos com tantos Gloriosos jogadores e Gloriosas equipas:

http://vedetadohoquei.blogspot.pt/2016/01/coleccao-benfica.html

Um regalo!


fudim flan

Citação de: RedVC em 21 de Fevereiro de 2016, 22:29
É verdade. a importância do trabalho de Ângelo nos júniores tem sido algo esquecida. Parece que finalmente estamos a produzir talentos juvenis ao nível desses tempos.

Vítor Batista teve uma época para esquecer por motivos disciplinares. Pouco jogou.

E era justamente no ataque que se notava a maior sangria. De um ataque com Eusébio, Jordão, Artur Jorge, Vítor Batista e Néné ficamos praticamente reduzidos a Néné que esteve muito bem. Moinhos esteve menos feliz do que em anos anteriores e acabaria por sair no final da época. Nélinho foi importante e foi realmente exótica a sua saída no final da época para o Sporting de Braga. Onde foi ganhar muito mais... Mais uma falta de critério do nosso Dep. de futebol.

No meio campo muito poder de construção e destruição. Muito fortes, Vítor Martins, Toni, Shéu e José Luis. Lá atras Eurico, Bastos Lopes, Alhinho. O Russo também - penso eu - teve problemas de saúde.

Mas foi o campeonato de Chalana! 

Uma nota de rodapé talvez desnecessária mas acerca de Romão Martins... A sua acção já por aqui foi falada algumas vezes. Já não está vivo e se calhar merecia apenas silêncio. Mas o que é certo é que a sua acção foi muito infeliz para não dizer outra coisa. Fez muitos estragos para ser esquecido.

vejo diversas vezes o mister angelo a passear pela baixa lisboeta.
um dos imortalissimos do nosso clube.

fudim flan

Citação de: Alexandre1976 em 21 de Fevereiro de 2016, 23:51
E também Ramalhete Virgilio e Casimiro
tempos em que ouvia num rádio a pilhas relatos de hoquei,e via jogos no pavilhao dos desportos.

Joaquim Ferreira Bogalho

Citação de: RedVC em 03 de Fevereiro de 2016, 21:11
A Direcção do Sport Lisboa e Benfica que contratou Jorge Gomes teve uma notória falta de critério e de visão.

É certo que Jorge Gomes era um jogador que estava a ter algum destaque no Boavista mas nunca deveria ter sido o jogador escolhido para ser o primeiro estrangeiro a envergar a nossa camisola. Aquele que veio quebrar a tradição de apenas jogar com jogadores Portugueses. Foi um desleixo. Era um bom jogador para um clube pequeno mas não tinha estaleca para um gigante como o Benfica. Fez pouco mais de 60 jogos. Se não leia-se aqui:

http://desporto.sapo.pt/futebol/mundial/brasil_2014/artigo/2013/10/30/as-minhas-pernas-tremiam-quando-me-estreei-pelo-benfica

É certo também que César (cerca de 100 jogos) era um jogador com mais e melhores virtudes. Virtudes que Lajos Baroti aproveitou mas que não convenceram Sven Goran Eriksson. O Brasileiro não encaixava no modelo de jogo do Sueco. Nem encaixava Claúdio Adão (4 jogos), jogador cotado no Brasil mas que também foi recambiado pelo Sueco. Eriksson foi coerente. Mesmo Filipovic (mais de 100 jogos) viu o seu destaque na equipa chegar ao fim não apenas pela idade mas também porque o Sueco quis Stromberg (cerca de 50 jogos) e quis Manniche (cerca de 160 jogos). Esse sim, esse encaixavam.

Para quem não viu Jorge Gomes era possante e trapalhão, César era muito técnico, Filipovic um cabeceador excelente e letal na área e Manniche era... Manniche. Jogador ultra-possante, era um gosto vê-lo em campo. Arrastava tudo à frente, era o pânico para as defesas contrárias. O Dinamarquês até mostrou alguma técnica surpreendente. Fez furor mas depois de Eriksson se ir embora não havia grande futuro para ele. Ao mesmo tempo de Eriksson saiu também Stromberg cuja qualidade ainda hoje me deixa saudade. Destes todos foi talvez o melhor deles todos. A sua carreira em Itália provou isso.

Depois viriam muitos mais estrangeiros. Wando, Nivaldo, Ademir, Tueba. A maior parte com pouco sucesso. Alguns porque não tiveram oportunidades nem houve a inteligência de os manter. Mas nesse tempo foi um virote de treinadores e jogadores. A começar por um treinador" chamado Pal Csernai. Ahh, e lá pelo meio dos primeiros estrangeiros há também a mencionar o ultra-discreto Paulo Campos. Uma época, uma dúzia de jogos apenas, o exemplo provado de alguma falta de critério nessa nova fase do nosso Clube.


Apesar de tudo foi pena que Eriksson não tenha podido juntar a Stromberg o grande, o enorme avançado que era Torbjorn Nilsson. Esse sim, esse teria marcado uma época no nosso futebol. E há também um caso interessante que era uma panca de Fernando Martins e vá lá de muitos Benfiquista nos quais eu também me incluía: Rodion Camataru um Romeno que tinha grande fama. Ainda fez um jogo com a nossa camisola no Estádio da Luz mas Ceausescu não permitiu a sua vinda.

Na verdade a questão dos estrangeiros é uma questão interessante. Um dia destes irei pegar nisso mas recuando umas décadas. Não que tenham existido estrangeiros antes de 1979 mas... há detalhes giros para serem falados.


Manniche fez uma época com Eriksson...quando este saiu continuou num bom nível mais duas épocas...é verdade que o nível inicial não foi muito bom...melhorou a partir de 87-88 com Magnusson e sobretudo com Mozer e Elzo...nos primeiros dez anos de estrangeiros Stromberg Filipovic Manniche foram os bons num nível médio tivemos César é um pouco forçado o Wando de resto tudo medíocre. O Camataru teria sido grande aquisição.


Godescalco


RedVC

#2817
Jesus Crespo, o primeiro futebolista do S. L. Benfica a receber a Águia de Ouro!




Publicado pelo Museu Cosme Damião

Águia de Ouro a um futebolista! Estávamos em 1928 e Jesus Crespo recebia o galardão máximo do Clube ao fim de 15 anos de carreira



Nem sequer tem um tópico.

http://serbenfiquista.com/jogador/jesus-crespo

Que o tempo apague apenas aqueles que nada fizeram. Jesus Crespo foi um gigante no seu tempo. Que nunca seja esquecido pelos seus: todos os Benfiquistas!

RedVC

Jesus Crespo que iniciou a sua carreira como era norma naquele tempo, pelas 4ª categorias. Publicado por Alberto Miguéns no seu blogue "Em Defesa do Benfica":



4.ª categoria campeã invicta: 12 vitórias em 12 jornadas e 54/3 em golos. 54 marcados e 3 sofridos, estes três golos nos dois jogos com o Ateneu CL: V 7-1 e V 5-2. O Sporting CP foi derrotado por 11-0 e teve falta de comparência na 2.ª volta! De cima para baixo. Da esquerda para a direita. António Brás, A. Caeiro, José Maria Bastos, Rogério Jonet, Ramiro Vito e Monteiro e Costa; Caetano Santos, José Tavares Bastos, Vítor Gonçalves (capitão), Jesus Munõz Crespo e Alberto Loureiro. Vítor Gonçalves foi internacional por Portugal na 1.ª e 2.ª selecções nacionais (1921 e 1922, nesta capitão). Jesus Muñoz Crespo foi goleador - 122 golos - na 1.ª categoria, onde jogou 12 temporadas entre 1916/17 e 1928/29. Foi o 3.º Águia de Ouro, mas o primeiro futebolista a receber o "Galardão Supremo do Benfiquismo", em 29 de Julho de 1928, por uma vida de futebolista dedicada ao Clube, durante 14 temporadas, entre 1914/15 e 1927/28. (...) (Foto digitalizada da página 330 do 1.º volume da História do SLB: 1904-1954, de Mário de Oliveira e Rebelo da Silva).

S.

Parabéns pelos últimos posts, RedVC!

Viva o Benfica!