Futebol Feminino Internacional / Selecções 2021/2022

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[Nota prévia: não tendo a FFF publicado no YouTube até ao presente momento os resumos dos jogos da jornada, ficam aqui o quadro de resultados / tabela classificativa, mais alguns resumos disponibilizados pelos clubes.]



Campeonato francês - 15ª Jornada





https://www.youtube.com/watch?v=f0_60IEuUOs

https://www.youtube.com/watch?v=0BjDWlhm2DI













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[Entrevista na íntegra do que é (na minha opinião) um dos melhores treinadores a trabalhar fora da Europa, e que poderia estar numa possível lista de escolhas para orientar o nosso Benfica.]

Arthur Elias diz que ano será mais difícil para Corinthians, fala sobre masculino e declaração de Pia

Treinador ressalta competitividade ainda maior no Brasil. Sobre não ter sido indicado pela Fifa entre os técnicos candidatos a melhor do mundo, cita: "A Fifa olha muito para o futebol europeu"


Corinthians feminino com a taça da Supercopa na Neo Química Arena

O Corinthians começou mais uma temporada com título. A equipe derrotou o Grêmio na decisão e conquistou a Supercopa feminina do Brasil na estreia da competição no calendário. O técnico Arthur Elias celebrou a conquista, mas mais ainda a possibilidade de testar as mais jovens em uma disputa tão importante como essa. Citou os exemplos de Ellen e Miriã, que entraram nas vagas de Tamires e Adriana durante a final.

- Foi ótimo não só a final contra o Grêmio, mas a gente poder jogar três jogos de grande desafio para nós, no início da temporada, caráter de mata-mata ou mata que era um jogo só. Eu gostei bastante. Competição interessante que a CBF fez e deve vir para ficar. A repercussão foi fantástica pelo Grupo Globo ter passado. Isso eu acho que a gente ganha muito. Para mim, na preparação, foi excelente. Começar a temporada já nos desafiando para buscar mais um título logo no começo é desafiador com algumas mudanças que a gente fez no elenco. Consegui durante a competição e até na final colocar jogadoras jovens, claro que penso em vencer, é uma obrigação que tenho como treinador do Corinthians, levar título para o clube e torcida, eu também olhei muito para o processo. Eu preciso das jogadoras, acelerar alguns processos e colocar minutagem para essas jogadoras jovens. Nosso time está com média de idade bem mais baixa e foi muito legal. Precisávamos do resultado. A gente fez uma troca tirando Tamires e Adriana para colocar a Ellen e e Miriã. As meninas novas estão respondendo muito bem. Foi muito importante para mim para nós termos mais convicção no processo com essas jogadoras daqui para frente afirmou.

O Grêmio segurou o Corinthians até os 48 do segundo tempo quando Gabi Zanotti marcou o gol que deu a conquista ao clube paulista. O treinador ressalta que cada vez mais o Corinthians será o "time a ser batido". Arthur tem convicção que a equipe irá sofrer bastante por causa disso nesta temporada, mas não abre mão do seu processo de testes no primeiro semestre. O planejamento é chegar com mais opções no mata-mata do Brasileiro A-1 e também na Libertadores 2022.

- A gente sabe disso. A gente sabe que para os adversários, além de querer ganhar o campeonato, tem essa questão de bater nossa equipe. A gente nunca encontra facilidade. A gente ganhou esses campeonatos todos no momento mais competitivo do futebol feminino aqui. Não era esperado ter uma equipe que despontasse tanto nesse momento mais competitivo, mas com mérito e competência a gente conseguiu fazer isso nesses últimos anos e vai ficar cada vez mais difícil. Mas a gente não pensa isso para preparação de jogo. A gente prepara fazendo o melhor cada dia e pensando em jogo a jogo. Como eu disse que fiz na Supercopa, eu faço no primeiro semestre, fiz isso todos os anos, vou dando rodagem, tirando respostas que tenho que ter do meu elenco para chegar em um momento mata mata com uma equipe muito encorpada para que todas estejam disponíveis em todos os aspectos. Não chegar a um desgaste físico e mental muito grande, chegar bem para esse momento e taticamente a gente ter desenvolvido ao longo desses jogos de primeira fase, primeiro semestre desenvolvido para a gente chegar no mata-mata muito forte. Essa é a nossa estratégia. Sempre foi e vai continuar sendo.

- Eu tenho uma convicção que a gente vai sofrer bastante esse ano, essa competitividade. Acho que vamos sofrer nesse período antes do mata-mata porque fizemos uma mudança significativa esse ano e estou tranquilo e preparado para a gente passar junto com o grupo essas dificuldades. Tirar boas lições para a gente chegar tão forte quanto os outros anos. É esperado sim. Se um dia a gente perder não vai ter mudança nenhuma aqui no nosso trabalho - afirmou Arthur Elias.

Arthur Elias ainda comentou sobre a declaração dada pela técnica Pia Sundhage ao final da derrota por 2 a 1 da seleção brasileira para a França. A treinadora citou Tamires e comentou sobre a competitividade mais alta das ligas europeias em relação ao Brasil.

- Acho que não tem nada a ver com tamanho. É sobre preparação. Se você olhar a temporada, elas estão em temporada na França, e não estamos com jogadoras assim nos EUA e no Brasil. E a outra coisa é que as ligas na Europa são mais competitivas. Então se você vê Tamires, se ela tivesse esse tipo de jogos toda vez, com certeza ela ela elevaria o nível. Estou feliz que tivemos a chance de jogar contra bons times porque é a única maneira que podemos melhorar - disse Pia na ocasião.

O técnico explicou o que pensa sobre intensidade de jogo e acredita que o campeonato no Brasil não está abaixo de outros. Ressalta sim que, claro, estar em times de ponta faria diferença como Lyon, Manchester City, entre outros, mas não necessariamente uma liga na Europa é mais intensa que o Brasileiro.

- Vi a declaração e vi além disso a repercussão que isso começou a ter. As pessoas que acompanham o futebol feminino. Eu discordo completamente dessa avaliação quando a gente coloca um problema para a jogadora brasileira a intensidade de jogo. O que eu entendo de intensidade de jogo. Um aspecto que a gente caracteriza como intensidade são as distâncias, corridas em alta intensidade. E nesse aspecto, a própria seleção brasileira nas últimas competições, Mundial e Olimpíadas, a seleção brasileira, tem dados comprovados, não percorreu distâncias menores do que as principais seleções. O Brasil não ficou atrás em ações de alta intensidade e distâncias percorridas em alta intensidade nessas principais competições que a gente está falando desses últimos anos. Vejo que os dados que nós temos no Corinthians eles acompanham completamente todas essas competições. As nossas jogadoras do Corinthians com acompanhamento diário, elas nos jogos mais exigentes e até no acompanhamento de treinamento elas têm a capacidade de correr o que o jogo exige hoje em um nível mais alto mundial. Nesse aspecto, como já está comprovado pelos dados, da própria seleção brasileira nessas grandes competições acho que não é um ponto que a gente fica abaixo e falar que a gente está abaixo.

- O outro aspecto que a gente fala de intensidade de jogo é questão do confronto físico, aquele jogo corpo a corpo. Algumas equipes, sejam seleções ou times, têm essa dinâmica de jogo de disputa, mais vertical. E aí nesse quesito, o tamanho das jogadoras, fortes, grandes, o que eu acho que a gente precisa ter um cuidado grande na avaliação, o nosso país é um país com uma população menor do que muitos países desenvolvidos da Europa. É uma característica do nosso país, nossa população e a gente sempre foi assim, masculino, feminino e a gente não vai fugir da característica do nosso país. Mas mesmo assim como o nosso país é muito grande a gente tem esse perfil de jogador. Se a gente entender que esse é o perfil correto para disputar o alto nível não tem nem o que falar. A gente monta uma defesa com a Rafa, Tarciane, Ketlen. São jogadoras muito fortes. Meio campo com Duda, Brenna, Gabi Zanotti. A gente tem essas jogadoras. Na frente tem Cristiane, Ludmila, Bia Zaneratto, a própria Debinha, ela é pequena, mas é muito forte. A gente tem essas jogadoras de confronto também. É uma questão de escolha no meu ponto de vista, mas não podemos negar as raízes no nosso país, a característica da nossa população. Isso eu acho que não interfere em nada na questão do futebol. Até o Japão, por exemplo, foi um time que foi campeão mundial feminino com uma média de altura super baixa. Um time também que eu mais gostei de ver jogar independente de masculino ou feminino foi o Barcelona do Guardiola. Eles abriam mão do escanteio para fazer jogada curta e ficar com a bola porque só tinha o Piqué de mais alto. Os outros todos eram atletas com esse perfil, com essa característica de serem menores, mas serem muito habilidosos e o principal jogador do mundo naquela época e até hoje o Messi é um jogador que não tem essa vantagem física, não tem o futebol dessa maneira, Xavi, Iniesta, assim como Marta e o biotipo dela, maior jogadora de todos os tempos, também Rapinoe, Ada, jogadoras também desse perfil. São questões de escolhas e qual jogo você quer fazer e a gente tem essas jogadoras.

- Para fechar. A gente falou de distância percorrida em alta intensidade, não ficamos abaixo, comprovado pelos números, questão das características das jogadoras, que são escolhas, e o que eu acho fundamental que é a velocidade do jogo, como o time joga. Isso para mim é tático e não é físico. Quando você tem uma organização tática que o time é sincronizado, jogadoras entendem as relações que elas têm no campo, fazem um jogo fluído, jogo com troca de passes velozes, time está treinado neste aspecto, a gente tem um jogo de maior exigência para o adversário, um jogo mais intenso. Então quando a gente fala de intensidade da jogadora ou do jogo de futebol são esses três aspectos. E essa questão da velocidade do jogo é o que para mim é o mais importante, é o que eu olho mais. Citei o Barcelona do Guardiola e poderia citar vários times como citei o Japão aqui e que isso faz a diferença, faz o jogo intenso, treinamento e o time saber jogar com a bola, faz o jogo ser intenso. Obviamente também você respeitar a característica das jogadoras. Falo muito do que estou vivendo. Tem Portilho, Adriana, jogadoras extremamente intensas. Mas elas quando jogarem por dentro ao invés de jogarem abertas você vai potencializar menos essa intensidade que ela pode entregar e a velocidade do jogo que ela vai imprimir. Eu discordo totalmente dessa questão das nossas jogadoras não terem essa intensidade.

- Uma coisa que eu acho perigoso nessa declaração, não só na declaração da Pia, mas de outras pessoas que falam dessa maneira e a repercussão que isso dá é porque isso diminui muito o esforço que a gente tem feito aqui no Brasil e a evolução de futebol feminino que está tendo aqui. Há um esforço muito grande dos clubes principalmente e também da própria CBF e principalmente das nossas jogadoras, que são extremamente profissionais hoje se dedicam muito. Então quando foi citado o caso da Tamires, eu tenho todos os dados. Pode publicar isso sem nenhum problema. A Tamires quando chega para a gente da Dinamarca ela chega muito pior se a gente isolar esse aspecto físico. Ela aqui conosco no Brasil disputando as competições do Brasil ela apresenta um nível de jogo e uma intensidade de jogo muito maior do que quando ela ficou na Dinamarca jogando Champions League e sendo campeã lá na Europa. Ela vive hoje o melhor momento da carreira dela. Das últimas duas competições que teve com a seleção ela foi uma das principais jogadoras. Tanto é que ela cresceu. Hoje todo mundo conhece muito mais a Tamires pelo que ela fez nessas competições do que antes. Vejo que tanto na qualidade do jogo, quanto amadurecimento dela e essa questão física a Tamires está muito melhor que quando ela jogava na Europa. Peguei muitas jogadoras recentemente também que vieram da Europa e todas elas apresentaram uma melhora muito grande com a gente. Elas chegaram no Corinthians muito abaixo do que a gente tem no nosso grupo de trabalho. O que eu acho perigoso: quando a gente generaliza no sentido de Brasil e Europa. A Europa é muito grande.

- A Liga Portuguesa, a própria Espanhola, tem muitos times fracos e na própria Liga Inglesa tem times fracos. Essa questão é perigosa porque a gente precisa ser mais direto. A gente precisava que as jogadoras jogassem no Lyon, Manchester City, PSG, Barcelona. Aí OK. Eu concordo que esses times são seleções mundiais. Não digo nem a competição delas, mas o nível de treino, você treinando com as melhores normalmente você cresce. Mas por exemplo vou te dar um dado também. A Rosana foi minha atleta, uma das maiores vencedoras do futebol, ganhou tudo onde passou. Ela sempre falou para mim que o melhor momento físico dela foi junto à seleção brasileira em 2007. E nessa época ela foi uma das únicas brasileiras a jogar nesse nível principal do time do Lyon.

- Todo esse esforço que a gente fez para ter um campeonato melhor aqui e o campeonato está bem melhor. Se você pegar a média talvez a gente tenha alguns times não tão bem preparados. Eles levam a média para baixo. Mas o que eu sempre defendi. Que a gente tenha um Campeonato Brasileiro com no máximo 8, 10 participantes, equipes da primeira divisão, na elite. E aí você vai ter esses jogos. Se você fizer a média de 8, 10 não vamos ficar abaixo de ninguém. Essas equipes são muito preparadas. A decisão da CBF é fazer um campeonato com 16. Sendo que na França, EUA, Alemanha, só para pegar países que são extremamente tradicionais no futebol feminino e que tenham o futebol feminino massificado, muita jogadora profissional registrada, essas ligas tem 12 Alemanha, 12 na França, Inglaterra 12 também e nos EUA 10. É incoerente que a gente que tem menos jogadoras faça um campeonato de elite com um número maior de times. Consequentemente você vai ter esse time mesmo. É uma decisão técnica. Tem a característica do país e é um jogo que por vezes não é tão direto como muitos europeus gostam de fazer e ok. A gente pode ser melhor que os outros assim. O que eu também fico pensando é que esse momento quando vem essa reflexão e as pessoas começam a falar sobre isso, Brasil abaixo fisicamente, falta isso, falta aquilo, a gente diminui muito nosso país, nossas jogadoras. Isso para mim é muito preocupante. Eu que estou no feminino a tanto tempo não admito olhar para a seleção brasileira e todo mundo falar que hoje a Holanda, Espanha, Itália estão melhores que o Brasil, por exemplo. Há 10, 12 anos atrás essas seleções vinham aqui e a gente goleava essas seleções. Brasil goleava Holanda, goleava Espanha, goleava Itália. Ok. Evoluíram, fizeram um grande trabalho, mas nós também evoluímos. A gente não pode se apequenar e dizer que o futebol brasileiro, seleção brasileira é pior do que esses países.

- Quem foi campeão olímpico agora foi o Canadá. O Brasil sempre foi superior ao Canadá. E o Brasil também poderia ter ganho a Olimpíada pelo que a gente tem. Eu fico preocupado na repercussão que isso dá. A gente precisa de estímulo para a própria CBF, para os clubes que estão investindo principalmente para nossas jogadoras, precisamos de jogadoras confiantes, encorajadas, que aproveitem esse momento do futebol feminino. Eu fico muito feliz com esses jogos, vi com mais tempo esse Brasil e França e achei que uma das melhores jogadoras foi a Ary e ela fez um jogo só essa temporada diferente das outras que estão em temporada europeia, que está no meio. Ela foi formada lá no centro Olímpico, joga aqui no Brasil, sempre jogou aqui no Brasil e conseguiu performar sem estar com preparação melhor porque fez só um jogo na temporada. Essa seleção que jogou contra a França se não me engano só a Ary e a Tamires jogam no Brasil, então todas jogadoras que jogam na Europa (e EUA) e a Lelê que voltou agora e nem conta. E acho que elas foram super bem no jogo. Me preocupo quando a gente divide isso dentro e fora do Brasil pelo momento que a gente está e pela valorização que a gente tem que ter e o que todos nós estamos fazendo com o futebol feminino brasileiro.

Arthur Elias falou ainda sobre a possibilidade de deixar o futebol feminino e começar um capítulo no futebol masculino. Ele não coloca um prazo, mas tem esse objetivo em mente. Comentou que já teve propostas e também ofertas para treinar times femininos no exterior. Não vê pressa nessa decisão até por estar muito feliz no Corinthians.

- Não tenho uma projeção. É difícil. Como qualquer mercado é você analisar os prós e contras e ver se é favorável uma transição em qual momento, para qual clube, de que forma, qual planejamento. Vai muito de acordo com o que pode acontecer. Já apareceram algumas situações que eu não quis essa troca. Feminino cresce muito, estou bem colocado no mercado aqui no Brasil, possibilidades que eu tenho fora, já teve também essa possibilidade no feminino fora e eu estou muito feliz no Corinthians. A gente tem feito história dentro do clube, tem evoluído muito meu trabalho. Sei da importância que nosso trabalho tem hoje para o desenvolvimento do futebol feminino aqui. Então eu não tenho pressa para isso. Não tenho essa meta de precisa ser agora ou daqui um ano, dois anos. Tenho certeza que um dia vai ser e aí que seja bom como têm sido esses anos de trabalho recentes que tenho tido.

O treinador ainda comentou sobre não ter sido indicado ao prêmio de melhor técnico do mundo pela Fifa mesmo com uma campanha destacada com o Corinthians. Arthur Elias acredita que a Fifa precisa olhar um pouco mais para fora da Europa na hora de designar os candidatos finalistas. Na última temporada, Lluís Cortés (ex-Barcelona/ atual seleção da Ucrânia feminina), Emma Hayes (Chelsea) e Sarina Wiegman (Seleção da Holanda / Seleção da Inglaterra) disputaram o troféu com vitória para Hayes.

- Acho injusto assim como acho injusto o Gallardo (River) não ter ido. Acho injusto o Abel Ferreira também. A Fifa olha muito para o futebol europeu. E ainda se tratando do feminino ele tem uma característica diferente do masculino. Se a gente tiver Mundial feminino vai ser muito mais competitivo do que o masculino é. No masculino os times da Europa são muito melhores mesmo. Mas o feminino se você tiver o campeão americano, asiático, africano, sul-americano, europeu, eu não tenho dúvida que vai ter grandes jogos. Não vai ser vida fácil para o europeu. No feminino teria mais essa característica de olhar para o planeta terra inteiro não só para o mundo fechado da Europa. Fifa olha muito para lá infelizmente. Claro que quem está lá tem méritos, acompanho os trabalhos. São excelentes treinadoras, o que é muito legal, treinadores também, mas acho que faltou sim principalmente por tudo que a gente fez, recorde mundial de vitórias, todos esses títulos porque se não é isso. A gente precisa se mudar para um outro continente para conseguir concorrer e está errado. O prêmio que tem que dar acesso a todos.


Arthur Elias comemora título brasileiro com o Corinthians

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Baron_Davis

Barça campeao espanhol, 5-0 ao Madrid

24 jogos, 24 vitorias