Decifrando imagens do passado

RedVC

-213-
Saraiva já é nome de Saudade


Dia 6 de Outubro de 1957, Estádio da Luz.






O Sport Lisboa e Benfica recebeu o Caldas Sport Clube num jogo a contar para a 5ª jornada do Campeonato Nacional de futebol da I Divisão de 1957-1958. Os campeões nacionais, orientados pelo Brasileiro Otto Glória, defendiam o título conquistado na época anterior, somando até essa altura 3 vitórias e 1 empate.


Apesar de esse jogo terminar com uma boa embora suada vitória por 5-1 ( ver: https://serbenfiquista.com/jogo/futebol/seniores/19571958/campeonato-nacional/1957-10-05/sl-benfica-5-x-1-caldas ) essa viria a ser uma época pouco feliz, culminando num 3º lugar. Já o Caldas SC conseguiria manter-se na primeira divisão ao classificar-se no 10º lugar entre 14 participantes.


Entre os titulares da nossa equipa pontificavam já 5 jogadores que viriam a sagrar-se bicampeões europeus. Faltavam ainda outros jogadores decisivos para essas conquistas Europeias mas mesmo assim já lá podíamos encontrar Costa Pereira, Ângelo, Coluna, Santana e José Águas.


Mas, integrando a equipa Caldense dessa tarde estava também um outro homem que viria a fazer parte desses magníficos planteis Benfiquistas. Esse jogador era um Transmontano de rija cepa de seu nome António da Cruz Pinto SARAIVA. Era o Glorioso SARAIVA que nos deixou ontem, partindo para o quarto anel onde tantos e tantos outros Benfiquistas ilustres nos olham. SARAIVA partiu para se tornar uma Saudade eterna do Sport Lisboa e Benfica. Não será esquecido.




Para SARAIVA é possível que esse tenha sido o seu primeiro jogo oficial no Estádio da Luz, isto embora alguns anos antes tenha estado à experiência no SLB. Apenas em 1959-1960, com a vinda de Béla Guttman para o SLB, se abririam as portas do Estádio da Luz para SARAIVA. Em boa hora pois HONROU sempre o manto sagrado.




Hoje não haverá muito mais texto. A primazia será para algumas imagens e algumas – poucas - legendas. A maioria dessas imagens será publicada por via da generosidade de Helena Águas, a ilustre filha do ilustre José Águas, aquele que sem reservas de admiração eu considero a mais fina-flor de todos os avançados centro da História do Sport Lisboa e Benfica. A Helena Águas nunca é demais deixar uma palavra de agradecimento pela sua generosidade, certamente herdada de seu pai.

José Águas foi colega de equipa do Glorioso SARAIVA durante os 4 anos que o bravo transmontano vestiu as cores do nosso Clube (1959/60 - 1962/63). Do seu Clube também, pois SARAIVA tinha no seu coração guardadas as cores do Sport Lisboa e Benfica, como tão bem nos lembrou "Viriato de Viseu" no blogue Em Defesa do Benfica:



«Assinei o meu contrato com o Benfica na Rua Jardim do Regedor, desci as escadas, festejei com um copo de três na taberna ao lado e fui até ao Rossio a gritar; SOU DO BENFICA! SOU DO BENFICA!»

Fonte: http://em-defesa-do-benfica.blogspot.com/2018/05/saraiva-no-quarto-anel.html





E assim, sem cronologias complicadas aqui ficam imagens legendadas, ilustrando algumas etapas do trajecto de SARAIVA no Glorioso.




Campeão Nacional 1959/60, 1960/61 e 1962/63
Vencedor Taça Portugal m 1961/62
[/color][/b]







Foi internacional B




Campeão Europeu 1960/61






Integrante do plantel que se sagrou Campeão Europeu em 1961/62







Bom companheiro no Lar do Benfica




Aplicado nos treinos. White Hart Lane, 1962.




Pelo Mundo a representar o Benfica




Com outras cores. Sempre digno e cumpridor.






(Peso da Régua, 3-05-1932 – Portimão, 7-05-2018)

Obrigado SARAIVA. Descansa em Paz Campeão.




RedVC

#782
-214-
Doutor coragem


Começamos hoje com uma fotografia pouco conhecida e que encerra dois mistérios.



Grupo Sport Bemfica, 1907. Fonte: História do SLB 1904-1954 de M. Oliveira e C. Rebelo da Silva.



Mas para falar nesses dois mistérios teremos de recuar uns meses para lembrar aquela que foi a primeira grande crise da História do nosso Clube.


Em Maio de 1907, o Sport Lisboa, clube de Belém, que recentemente tinha comemorado 3 anos de vida, estava confrontado com uma grave crise que ameaçava a sua própria existência.

Dotado de uma primeira equipa excelente, capaz de derrotar os Ingleses do Carcavellos Club, o Sport Lisboa via partir dois jogadores para o estrangeiro (Fortunato Levy para CAbo Verde e Manuel Mora para a Argentina) e 8 (oito) para o ambicioso e recém-formado Sporting Clube de Portugal.

Depois de três anos de grande sucesso, o jovem Clube via partir quase todos dos seus jogadores mais prestigiados. A situação instalada parecia um ponto de não retorno.



Dos que partiram para o SCP (letras com sombra verde) falta apenas Henrique Costa, o único que voltaria um anos depois.



De facto, e apesar de poder contar com mais duas a três dezenas de outros jogadores, estas saídas constituíram um rude golpe no Clube. Nesse tempo era frequente ver desaparecer clubes que mesmo dotados de equipas competitivas entravam em colapso por via de cisões internas e saídas de jogadores influentes. Parecia ser este o cenário do Sport Lisboa, ainda mais agravado com a debandada adicional de outros jogadores para outros clubes tais como o FC Cruz Negra e... Grupo Sport Bemfica. Poucos acreditavam que as Gloriosas flanelas vermelhas voltasse a aparecer nos campos de futebol.

Neste limbo da sua existência, nestes dias em que a decisão de deixar cair o Clube teria significado o fim do Sport Lisboa e Benfica, as vontades pareceram esmorecer, as semanas passavam e o Clube não reanimava. Talvez tenha sido tempo para uma reflexão sobre o futuro colectivo e individual. Impunha-se uma resposta, um grito de revolta.

Ora, o núcleo mais promissor, mais voluntarioso desses jogadores continuou a praticar o futebol no airoso e vasto campo da Quinta da Feiteira, alugado nesse tempo ao Grupo Sport Bemfica, um pequeno Clube, erguido pelas vontades de uma média burguesia cada vez com mais tempo livre. O GSB estava então inserido numa zona essencialmente rural da periferia de Lisboa. Até então o Clube dedicava-se prática de ciclismo e de atletismo e tinha uma boa organização interna e uma vida associativa e social activa.



Actividades do Grupo Sport Bemfica


Até à chegada desses jogadores vindos de Belém, o futebol era uma modalidade pouco praticada e até pouco bem vista pelas gentes de Bemfica. Mas seria nesse Campo da Feiteira e seus espaços adjacentes que se daria o grito de revolta que afirmaria a sobrevivência do nosso Clube. Nesse pequeno grupo destacavam-se as vontades e acções diligentes de 4 homens. É a eles mais do que ninguém que devemos o grito de revolta, que garantiu que hoje ainda exista o Sport Lisboa e Benfica!



"O Clube Vive e Viverá!"



Da convivência entre esse núcleo de resistência do Sport Lisboa e os sócios do Grupo Sport Benfica resultou a fusão que em Setembro de 1908 definiu uma nova organização e um novo nome para o Clube: Sport Lisboa e Benfica!

As duas colectividades reconheciam-se uma só. Juntavam esforços, talentos, vontades e actividades, mantendo o Ideal nobre e robusto do Sport Lisboa. Contavam com Homens de acção e convicção ao seu leme e isso faria toda a diferença daí em diante. O Clube vivia e viveria. O Clube tornar-se-ia ao longo das décadas seguintes um gigante mundial, reconhecido e amado por todos os cantos do Mundo. E Pluribus Unum.

E assim, legendando a fotografia com que se iniciou o texto, percebe-se melhor a importância desse núcleo de resistentes.




Na fotografia vemos 11 homens envergando uma camisola com listas, a camisola do Grupo Sport Bemfica! Esta fotografia foi cedida por José Augusto de Brito, um importante dirigente e atleta do Grupo Sport Bemfica e de quem provavelmente aqui se falará um dia destes.

Mas falemos agora dos dois mistérios desta fotografia.


● Qual a cor das listas do equipamento do Grupo Sport Benfica?

● Quem seria o jogador não identificado (N.N) da fotografia?



Infelizmente, o mistério da cor das listas do equipamento do Grupo Sport Benfica subsiste. Seriam vermelhas e brancas? Azuis e brancas? Verdes e brancas? Pretas e brancas? Simplesmente não sabemos. Será que algum dia saberemos?


Já a identidade do único jogador não identificado (N.N. = não nomeado) na obra de Mário de Oliveira e de Rebelo da Silva parece ser menos complicada de desvendar. De facto, mesmo salientando que não tenho quaisquer pretensões de infalibilidade, ainda assim acredito poder avançar com uma hipótese muito credível:


Virgílio Paula (03/09/1890 - 09/06/1951).


A confirmar-se, esta identificação dará uma importância adicional à fotografia pois Virgílio Paula foi nessa e nas décadas seguintes, uma destacada figura do futebol Português. Virgílio Paula foi também um homem dos homens de confiança de Cosme Damião, fundamental para ultrapassar uma das fases mais delicadas da vida do nosso Clube



Jogando de lunetas...


Na fotografia vemos um homem jovem que usava lunetas. Não era o único pois se atentarem bem também Marcolino Bragança o fazia. Seria de facto Virgílio Paula? Como termo de comparação atentemos numa imagem dele, captada em 1910 na Quinta da Feiteira aquando de um jogo contra o Clube Internacional de Futebol e atentemos ainda a uma descrição que dele fizeram Mário de Oliveira e Rebelo da Silva:



Jogando de lunetas...



Virgílio Marques Lopes de Paula (03/09/1890 - 09/06/1951) nasceu em Lisboa no início da última década do século XIX. Era filho de Augusto Lopes de Paula e de Bertolina da Conceição. Em 1919, cumpridas as suas obrigações militares, Virgílio casou com Alda Hortense Guimarães da Silva Granate, tendo tido 3 filhas: Maria Natália, Maria da Conceição e Maria Isabel. Esta última filha casaria com o grande Historiador e escritor António José Saraiva e foi mãe do jornalista e escritor José António Saraiva. António José Saraiva foi um gigante da Cultura portuguesa e irmão de outro nome grande da nossa Cultura, o Historiador José Hermano Saraiva. Gente ilustre que contribuiu muito para o nosso País.

Não conheço o percurso do jovem Virgílio até à sua entrada no nosso Clube, ocorrida logo após a crise de Maio de 1907, altura em que Cosme Damião procurava activamente novos jogadores/sócios para preencher os fragilizados quadros do nosso Clube.

Ora, sabe-se que Virgílio era um dos rapazes que praticava o futebol nos areais de Belém. Pela sua idade não fez parte da leva que fundou o Sport Lisboa mas na altura em por lá andou ainda era frequente a convivência e o treino conjunto com elementos pertencentes a diversos clubes.

Parece ter sido esse o caso do jovem Virgílio, então estudante de Medicina e apaixonado pelo futebol. Várias décadas depois, Virgílio descreveria no jornal Mundo Desportivo, esses tempos do efémero e pouco conhecido RESTELO FUTEBOL CLUBE.




Fonte: Jornal Mundo desportivo de 31-10 1947.




Os 5 homens que chegaram ao Sport Lisboa em 1907, vindos do Restelo Futebol Clube.



Nesse feliz recrutamento, Cosme passou a contar não apenas com vários elementos de valor para as nossas equipas de futebol mas também com um elemento que se revelou essencial para a melhoraria da organização interna do nosso Clube. Virgílio respondeu excelentemente ao desafio de Cosme Damião, revelando-se um elemento destacado ao suceder como tesoureiro a... Manuel Gourlade!

Até então, Gourlade era fundamental para organizar as finanças e burocracias do Sport Lisboa mas com a progressiva mudança do Clube de Belém para Benfica e com a degradação da sua vida pessoal e profissional, Gourlade começou a ter menor participação na vida interna do Clube. Era chegado o tempo de grandes mudanças. Para sobreviver e crescer, havia que mudar.

E aí entrou Virgílio Paula. Cosme atribuir-lhe-ia responsabilidades na organização e definição das listas de sócios do Clube. Virgílio correspondeu, diligenciado também para que alguns dos elementos que tinham abandonado o Clube pudessem regressar.




Aquando da fusão entre o Sport Lisboa e Grupo Sport Benfica, Virgílio Lopes de Paula integrava os 54 sócios do Sport Lisboa que continuaram no SLB. Fonte: História do SLB 1904-1954 de M. Oliveira e C. Rebelo da Silva.



Com o manto sagrado


Como jogador, Virgílio Paula jogou 5 temporadas na nossa primeira categoria, desde a época de 1907-1908 até à época 1912-1913. Nesses 5 anos sagrou-se 2 vezes Campeão Regional de Lisboa (o mais importante título então, em disputa), nas épocas de 1911-1912 e 1912-1913. E foram só duas vezes porque o Campeonato só começou a ser disputado desde 1910-1911.

Conviveu com jogadores e figuras notáveis dos primórdios do nosso futebol tais como Cosme Damião, Félix Bermudes, Henrique Costa, Luís Viera, assim como os diversos presidentes e dirigentes que desempenharam mandatos nesses anos intensos e seminais.
Entre os grandes momentos em que participou destacam-se:


● grandes jogos contra os Ingleses do Carcavellos Club e Clube Internacional de Futebol, que arrastaram milhares de pessoas na assistência, algo de inusitado até essa época.




Equipa do Sport Lisboa e Benfica alinhada no Campo da Feiteira. Nesse dia a vitória sorriria aos Ingleses. Colorida por RedVC. Fonte: AML




Equipa do Sport Lisboa e Benfica que derrotou o Carcavellos Clube em 1911 em plena Quinta Nova, Carcavelos. Fonte: História do SLB 1904-1954 de M. Oliveira e C. Rebelo da Silva.



● a primeiras ida ao norte do País, onde defrontamos e vencemos de forma convincente o FCP.



Equipa do Sport Lisboa e Benfica que disputou os dois primeiros jogos contra o FC Porto. Fonte: História do SLB 1904-1954 de M. Oliveira e C. Rebelo da Silva e blogue "Em Defesa do Benfica"



● a primeira digressão ao norte da Espanha, onde no dia 6-06-1912, obtivemos a primeira vitória Benfiquista fora do nosso País.



Fonte: História do SLB 1904-1954 de M. Oliveira e C. Rebelo da Silva  e blogue "Em Defesa do Benfica".



No campo, Virgílio Paula actuou essencialmente a extremo esquerdo, tendo sucedido como habitual titular nessa posição ao fundador Carlos França e sido depois sucedido pelo também Belenense, Alberto Rio. Todos eles foram nomes prestigiados do nosso passado mais remoto.



O afastamento: a Guerra


Depois, passados os anos de jogador da nossa primeira equipa, é possível que o afastamento do Clube se tenha devido a três razões fundamentais.

Em primeiro lugar, deu-se uma progressiva perda de ligação do Clube para com a zona de Belém e Ajuda. Virgílio estava muito ligado a Belém (morava na Calçada do Galvão e por ali exercia actividade profissional).

Em segundo lugar, Virgílio Paula foi um muito competente e estimado médico e naturalmente que a sua actividade exigia muito do seu tempo e dedicação. Ainda hoje é possível encontrar na internet, testemunhos escritos muito sentidos, de quão carinhoso, competente e solidário foi Virgílio Paula nos cuidados médicos prestados a ricos e pobres. Virgílio foi médico da presidência da Republica mas ao mesmo tempo dava consultas – algumas das quais graciosamente – a populares que de outra forma só muito dificilmente ou de todo teriam acesso a esses cuidados.

Por fim, Virgílio Paula em breve prestaria valorosos serviços à Pátria como médico do exército na Grande Guerra. Virgílio esteve em França, na linha da frente. Esteve em La Lys onde revelou particular bravura e dedicação no cumprimento do dever. Foi condecorado. Foi um herói de guerra.

Como em tempos descrevi (ver texto "-106- Águias na Guerra – parte II, pág. 30") do seu processo no CEP – Contingente Expedicionário Português,



Resumo do processo individual de Virgílio Paula no CEP. Fonte: Arquivo do Exército Português.



Ou seja, Virgílio Paula esteve presente na Batalha de La Lys no dia 9 de Abril de 1918. Nessa terrível batalha, debaixo de fogo inimigo intenso, mostrou uma excepcional bravura e zelo médico e humanitário para com os seus camaradas. A sua acção salvou diversos combatentes da morte. As marcas desse funesto dia seriam profundas também para ele, tendo-lhe sido dada baixa médica e pouco depois sido julgado incapaz para todo o serviço. Em 18 de Maio desembarcava finalmente em Lisboa para voltar à sua vida civil.




Não tendo fotografias de Virgílio Paula no CEP, ficam aqui alguns aspectos de actividades de assistência médica no Exército Português que participou nesse grande conflito.




O afastamento: filho de Belém.


A ligação de Virgílio Paula a Belém era muito forte. Por ali morava, ali trabalhava e até a sua esposa tinha nascido na casa por cima da casa comercial dos pasteis de Belém. E, como outros, Virgílio terá sentido a falta de um clube que no seu entender representasse verdadeiramente as gentes de Belém e Ajuda.

Assim, terá sido com particular satisfação que em Setembro de 1919, Virgílio Paula acolheu a proposta de Artur José Pereira em fundar o Clube de Futebol "os Belenenses". Até então, o projecto era ainda um fruto do entusiasmo de jogadores e que por isso carecia de homens com capacidade para estruturarem e organizarem o Clube para o futuro. Artur José Pereira sabia bem quem deveria procurar.

E foi assim que, juntamente com Francisco Reis Gonçalves (antigo sócio e fundador do Sport Lisboa), Virgílio integrou um grupo restrito de homens que deu prestígio e consistência estrutural e organizativa ao Clube de Futebol "os Belenenses". E se, ao contrário de Reis Gonçalves, Virgílio Paula não chegou a presidir ao Clube da Cruz de Cristo, também é conhecido que ele teve sempre uma voz activa, respeitada e prestigiada no grande Clube Azul.

Também tal como Reis Gonçalves, Virgílio Paula assumiu cargos directivos e executivos na Federação Portuguesa de Futebol assim como sido presidente da Associação de Futebol de Lisboa. Chegou inclusivamente a ser Seleccionador Nacional de Futebol. O seu último cargo no dirigismo do futebol foi, ao que sei, o de presidente da comissão nacional de arbitragem de primeiro nível, cargo esse em que sucedeu a... Cosme Damião, depois da morte deste em Junho de 1947.



Campo das Salésias, Junho de 1936. Cruz Filipe, presidente da FPF entrega o troféu de Campeão Nacional de Futebol de 1935-1936, a Manuel da Conceição Afonso, presidente do Sport Lisboa e Benfica. Virgílio Paula ao meio, observa o acto da entrega. Fonte: TT.




Estádio do Riazor, Corunha, dia 6-05-1945. Virgílio Paula, Director da FPF, acompanhou a equipa nacional aquando de um jogo entre as Seleções de Espanha e Portugal (vitória da Espanha por 4-2). Fonte: Revista Stadium 128 ESP-PT Corunha.




Lisboa, dia 5-06-1938. Virgílio Paula, director da FPF numa cerimónia de atribuição de prémios ao concurso do melhor espírito desportivo. Destaca-se também a presença de Manuel da Conceição Afonso (presidente do SLB), Guilherme Espírito Santo (atleta SLB) e o pioneiro do futebol em Portugal, Guilherme Pinto Basto.



Virgílio Lopes de Paula viria a falecer em Junho de 1951, com a idade de 61 anos.



Fonte: DL e Belenenses Ilustrado.



Paz à sua Alma. Honra à sua Memória!





RedVC

#783
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Berna 61' (parte I) - a noite da glória e dos "palos cuadrados"


Dia 30 de maio de 1961, Estádio de Wankdorf, Berna. Cumprem-se hoje 57 anos. Nesse dia foi captada a fotografia mais famosa da História do SL Benfica.




José Águas a levantar a Taça que elevou o Sport Lisboa e Benfica à Glória Europeia. O grande Capitão nasceu para segurar aquela Taça.



Não há Taça como a primeira. Foi muito sofrida aquela primeira Taça. Foi muito saborosa. Espantou o Barça. Espantou a Europa. Nos braços de José Água começava a lenda do grande Benfica Europeu dos anos 60. A noite de Berna foi a mais brilhante e mais longa de todas as noites Benfiquistas.


Foi uma grande final. Esperava-se uma glorificação do FC Barcelona que na altura (e desde 1940) do regime Franquista se designava Club de Futbol Barcelona. Afinal o jogo viria a marcar a ascensão de um novo colosso europeu. Do branco passou-se para o vermelho. O azul-grená teria de esperar mais três décadas. Era chegado o tempo do Sport Lisboa e Benfica!








A final seria arbitrada por um grande árbitro. Isento, certeiro, eficaz em todos os aspectos do jogo, foi notável o seu desempenho. O Suiço Dienst foi um nome grande da arbitragem mundial.




Já a nossa equipa era uma perfeita desconhecida para a Europa do futebol. A única excepção era o nosso treinador, já então um nome antigo e prestigiado do futebol Europeu. Béla Guttmann conhecia muito bem o futebol e muitas das grandes estrelas do FCB. Ele mais do que ninguém espreitava a oportunidade, sabendo bem a correlação de forças que estaria no terreno nessa noite de Berna.

Não obstante, nesse final de tarde de Berna, tudo apontava para a confirmação do favoritismo dos Catalães. Estes chegavam como os vencedores antecipados, merecendo todas as atenções e favores da crítica pois tinham feito uma bela campanha eliminando o penta-campeão Europeu e eterno rival, Real Madrid e ainda, entre outros, o campeão Alemão, o Hamburger S-V. Pareciam favas contadas. Não foram.





Como se disse, Béla Guttmann tinha a vantagem de conhecer o adversário, em particular os Húngaros, e também de ter preparado desde final de 1959 uma verdadeira máquina de futebol ofensivo. Poder físico, preparação mental, tudo era conjugado para que a equipa mantivesse a crença na vitória e a concentração no jogo. Podiam até sofrer 3 golos mas se marcassem 4 golos então tudo estaria bem. Foi esse o cunho inconfundível das suas equipas.

E depois, outra vantagem decisiva seria a notável presença dos adeptos Benfiquistas, que mesmo em desvantagem numérica, revelaram sempre a paixão que um dia mais tarde Béla Guttmann de forma tão sublime exaltaria. Que sortudos foram todos aqueles Benfiquistas!






O idílio de Spiez


A Direcção do Benfica e o treinador Béla Guttman andaram bem ao levar o Benfica para um Hotel bem isolado, num cenário quase idílico. A cerca de 40 Km de Berna, ficaram no Hotel Eden, o mesmo Hotel onde a Mannschaft de 1954 tinha estagiado antes de cometer uma das grandes surpresas da História do Futebol ao derrotar a fabulosa Hungria na final do Campeonato do Mundo de 1954. Não terá sido inocente, Guttmann era um homem de superstições e o local era efectivamente idílico e ideal para a nossa equipa estagiar.




Ali, em paisagens verdejantes, à beira de um lago e com toda a tranquilidade e conforto, os nossos bravos rapazes prepararam bem uma final que se revelaria dura, intensa, à medida de grandes Homens e grandes jogadores.



A comitiva Benfiquista em Spietz, a conviver com algum do pessoal do Hotel Eden Spiez. O Hotel ainda existe e dá para perceber como foi uma boa escolha.



Breve resumo da grande final


E finalmente chegou o dia 30 de Maio de 1961. Perto das 19h00 locais, 18h00 em Portugal as duas equipas alinhavam no centro do terreno de jogo. Lá ao fundo estava a mítica torre com o relógio e o marcador. Dezenas de pessoas viram a final desse ângulo privilegiado.



Final de tarde em Berna. Estádio Wankdorf.




As duas equipas alinhadas. Ao fundo a mítica torre.




Os dois capitães à frente dos sonhos dos seus companheiros e adeptos.




O Sport Lisboa e Benfica apresentava-se na sua máxima força pois apesar de Serra, lateral direito durante boa parte da época se ter lesionado, estava de volta Mário João, o titular do princípio da época. Naquele plantel todos eram importantes, todos podiam jogar.

De resto, apesar de desconhecidos fora de Portugal, só mesmo os Portugueses sabiam que ali estavam onze craques, jogadores do melhor que o nosso País alguma vez teve num campo de futebol. E assim se apresentou Béla Guttmann.





Nessa última noite de Maio de 1961, o FCB apresentava-se com uma defesa remendada em que a ausência de Segarra se revelaria ruinosa. Os Catalães tinham no entanto um ataque impressionante com Kubala a lidar outros génios do futebol como os seus compatriotas Kócsis e Czibor e ainda Suarez (Espanhol) e Evaristo (Brasileiro).

No banco os azul-grená eram orientados por Orizaola, que tinha iniciado a época como adjunto mas por causa da instabilidade de resultados tinha sucedido ao Jugoslavo Brocic. Apesar de uma carreira longa, Orizaola nunca se veio a revelar um treinador de nível superior. Assim se compreende que, nesse dia, o SL Benfica tinha uma vantagem decisiva ao poder contar com a orientação sagaz e esclarecida do lendário feiticeiro Húngaro.





A primeira parte da partida foi frenética em futebol e golos. A pressão inicial do Barcelona foi intensa e cheia de oportunidades de golo. Pressão intensa, mesmo empolgada, por parte do poderoso ataque Catalão. A defesa Benfiquista muito dificilmente ia aguentando o nulo mas aos 20 minutos não deu mais, quando o Húngaro Kocsis marcou de cabeça depois de um centro vinda da direita. Resultado perfeitamente justo até então.






A agravar tudo isto, poucos minutos antes, Mário Coluna tinha sofrido uma forte pancada na sua cabeça e necessitado de assistência fora de campo. Reentrou após 4-5 minutos mas para jogar por instinto, sem a plena consciência do que estava a fazer. De tal forma que diria mais tarde não se recordar do que tinha feito durante toda a primeira parte! A recuperação de Coluna foi um momento decisivo do jogo. A sua entrada seria fundamental para liderar a recuperação Benfiquista e seria ele a marcar o golo decisivo!



A lesão e a recuperação de Mário Coluna!




O jogo ia decorrendo sempre na mesma toada de ataque catalão mas gradualmente o Benfica começou a usar a sua bem oleada máquina ofensiva. Finalmente!





E aconteceu! À meia hora, subitamente e perante a surpresa geral, o Benfica marca dois golos de rajada! O primeiro após cruzamento de Cavém a que Águas correspondeu de forma oportuna e o segundo com um auto-golo de Vergés depois de um passe longo de Neto e uma atrapalhação de Ramallets  (que aliás seria crucificado no final do jogo por muitos dos adeptos do Barça). A estupefacção era geral nos Catalães! A alegria era máxima nos Benfiquistas.





Na segunda parte, o Benfica reentra com boa atitude e logo aos 10 minutos Coluna faz um golo monumental, ao aplicar um remate estrondoso numa bola vinda de um mau alívio da defesa Catalã. O nosso monstro sagrado marcou um dos mais espantosos golos de sempre das finais Europeias. Um monumento!








Depois foi a mais longa meia hora do Benfiquismo. Um sufoco. Sofremos um ataque avassalador, uma carga brutal de talento e frenesim do futebol Catalão mas que apenas felizmente apenas lhes renderia um golo, aos 75 minutos através de um espectacular remate de Czibor.






Até ao fim não mais os Catalães ultrapassariam a muralha Benfiquista feita de querer, de talento e de muita sorte. Apesar da eminente falência física, os nossos jogadores redobraram no seu esforço e entrega ao jogo. Ângelo fez uma marcação épica a Kubala, Mário João a Kubala, Cruz a Kocsis, Neto a Suarez e Germano a Evaristo. Foi um sufoco mas foi também uma longa e épica noite de futebol. O nosso ataque com dois golos de rajada abriu-nos o jogo e com o golo de Coluna, as portas desta conquista mas no final foi a defesa que nos garantiu a vitória.




A carga da brigada Catalã esbarrou na muralha Benfiquista.



E nesse sufoco imposto pelos Catalães, seria Kubala a provocar o momento mais indescritível dessa final, aquele que melhor ilustrou esses momentos de sufoco. Naquela meia hora final de sufoco, em que se sucederam remates perigosos e um massacre à baliza Benfiquista, um dos remates de Kubala embateu primeiro no poste direito de Costa Pereira, resvalou sobre a linha final para por fim bater no poste esquerdo e acabar nas mãos do Glorioso guarda-redes.

"Malditos palos!", lamentaram os Catalães. Abençoados postes, exultaram os Benfiquistas. Diz-se até que na ressaca deste jogo, a FIFA decretaria a erradicação dos postes quadrangulares, mas em face de tudo o que aconteceu nesse dia, será que postes redondos teriam feito a diferença para o FCB? Creio que não.



Momento indescritível: o remate de Kubala embate no poste direito da baliza de Costa Pereira. Fonte: Mundodeportivo


E finalmente, acabou o jogo. O apito do Suiço Dienst selava a maior Glória da História Benfiquista!




(CONTINUA)









RedVC

#784
-216-
Berna 61' (parte II) – glória aos vencedores, honra aos vencidos!


Final de jogo. A hora mais feliz. O capitão José Águas recebe a enfim a Taça. Era nossa!




Mas, no relvado, viviam-se também dramas pessoais e colectivos. Os jogadores do Barcelona amargurados, ainda assim revelaram a sua grandeza e desportivismo. Campeões a felicitar campeões, uma característica dos grandes. Sport Lisboa e Benfica e Fútbol Club Barcelona fazem parte da fina flor do futebol Mundial. A classe não se compra nem se finge. Tem-se!




Mas do lado do Benfica, a festa era rija. Estávamos no topo da Europa!







A aposta entre José Águas e Barroca



E por curiosidade, lembremos algumas das afirmações que os nossos jogadores fizeram sobre essa noite.



Alguns ecos da imprensa internacional





Para sempre jovens! Para sempre Campeões
Obrigado!





Alexandre1976

Grande epopeia.Grandes nomes que marcaram para sempre a nossa mitica historia.Este tópico é fantastico.

Semper Fidelis

simplesmente o melhor tópico do fórum!

:winner:

:bandeira1:  :slb2: :bandeira2:

:drunk:

Semper Fidelis

faz hoje 20 anos do falecimento do árbitro suíço Dienst


RedVC

Citação de: Semper Fidelis em 01 de Junho de 2018, 19:15
simplesmente o melhor tópico do fórum!

:winner:

:bandeira1:  :slb2: :bandeira2:

:drunk:


Muito obrigado Semper Fidelis  O0

E já agora, gosto muito desse avatar  :coolsmiley:

alfredo

grande arrepio ler o teu resumo da primeira final.
oxa-la teremos a sorte e felicidade de festejaremos mais uma noite dessas, algum dia.
um forte abraco, Victor.

RedVC

Citação de: alfredo em 12 de Junho de 2018, 13:41
grande arrepio ler o teu resumo da primeira final.
oxa-la teremos a sorte e felicidade de festejaremos mais uma noite dessas, algum dia.
um forte abraco, Victor.

Caro Alfredo, que tenhamos a oportunidade de viver esse dia.

Será o dia mais inolvidável da minha vida Benfiquista. Parece cada vez mais distant€, mas o futebol nem sempre se acorrenta à lógica do dinheiro.

O meu Saudoso Pai teve essa felicidade por duas vezes. Eu próprio poderia perfeitamente ter sido feliz em Estugarda ou Viena. Espero ter uma vida longa que seja também de Benfiquismo feliz, honrado e vitorioso.

Um abraço!

alfredo

Citação de: RedVC em 12 de Junho de 2018, 13:48
Citação de: alfredo em 12 de Junho de 2018, 13:41
grande arrepio ler o teu resumo da primeira final.
oxa-la teremos a sorte e felicidade de festejaremos mais uma noite dessas, algum dia.
um forte abraco, Victor.

Caro Alfredo, que tenhamos a oportunidade de viver esse dia.

Será o dia mais inolvidável da minha vida Benfiquista. Parece cada vez mais distant€, mas o futebol nem sempre se acorrenta à lógica do dinheiro.

O meu Saudoso Pai teve essa felicidade por duas vezes. Eu próprio poderia perfeitamente ter sido feliz em Estugarda ou Viena. Espero ter uma vida longa que seja também de Benfiquismo feliz, honrado e vitorioso.

Um abraço!

para já: bem mereces!

RedVC

#792
- NÚMERO ESPECIAL.



Esta mensagem é para o
lagarto plagiador
que usa material deste tópico
(FRASES INTEIRAS E IMAGENS)
e não tem a dignidade de dar O DEVIDO crédito.





https://www.forumscp.com/index.php?topic=67912.80



O PLAGIADOR LAGARTO ainda aceita elogios pelos seus "leitores" acerca de material que ele roubou. Faz de autor, investigador, criador e não passa de um filho da puta. Rouba FRASE INTEIRAS. MONTAGENS DE FOTOS, TÍTULOS sem CITAR.


O PLAGIADOR LAGARTO revela que NÃO É SPORTINGUISTA. O que eu li mostra apenas que é um merdas, um lagarto que rouba o trabalho dos outros. Usar, citando as fontes é um acto digno que enriquece os textos e engrandece todos. Usar sem citar, como foi o caso, é um acto de ROUBO.     


São aliás diversos os tópicos em o PLAGIADOR LAGARTO teve o descaramento de transcrever trechos inteiros dando-lhe uma forma tal que parece que foram escritos por ele.

Por exemplo, esta montagem levou-me largos minutos a fazer. Levou tempo a pesquisar, seleccionar e montar mas para o lagarto foi só usar SEM CITAR. Feito por um Benfiquista e roubado por um lagarto.






O "criativo e pesquisador" PLAGIADOR LAGARTO ainda se dá ao trabalho de apagar o que é de cor diferente da dele.





E claro, os seus "leitores" nem mostram inteligência de se questionar sobre as fontes.


Deixo aqui expresso o desejo que o PLAGIADOR LAGARTO continue por aqui a ler, a copiar, a roubar e a manipular o que os outros criam com O SEU TRABALHO, O SEU ESFORÇO, O SEU TEMPO, A SUA PAIXÃO, A SUA CRIATIVIDADE, A SUA PACIÊNCIA, A SUA PREOCUPAÇÃO EM NÃO REBAIXAR OS OUTROS CLUBES SÓ PARA ELEVAR O SEU!

ISTO AQUI É O BENFICA! Percebes?

Aqui cria-se, não se rouba, PERCEBES?

Aqui honra-se, não se emporcalha. PERCEBES?

Aqui respeita-se todas as cores desde que exista dignidade. PERCEBES?


Este Clube já existia quando vocês se "fundaram", começando por ir roubar jogadores aos outros. Está na massa do sangue de muitos de vocês, não é? 


Também para Sportinguistas e para Lagartos, o Decifrando cá continuará a dar material novo. Para lerem verdades históricas, com fontes originais, com menção honrosa de outros Clubes e suas figuras. Dar-vos-à material novo mesmo que alguns lagartos lhes façam aquilo em que são melhores: copiar, roubar e deturpar"


COPIA BEM PLAGIADOR LAGARTO, COPIA TUDO, TU ÉS BOM A COPIAR!




Sá das Violas30

Citação de: RedVC em 09 de Julho de 2018, 22:13
- NÚMERO ESPECIAL - Mensagem a um FILHO DA PUTA.



Esta mensagem é para o
lagarto, osga, sapo, betráquio, réptil, visconde falido, troglodita, plagiador rasca
que usa material deste tópico
(FRASES INTEIRAS E IMAGENS)
e não tem a dignidade de dar O DEVIDO crédito.


https://www.forumscp.com/index.php?topic=67912.80



o merdas lagarto ainda aceita elogios pelos seus "leitores" acerca de material que ele roubou. Faz de autor, investigador, criador e não passa de um filho da puta. Rouba FRASE INTEIRAS. MONTAGENS DE FOTOS, TÍTULOS sem CITAR.


O MERDAS LAGARTO NÃO É SPORTINGUISTA. O que eu li mostra apenas que é um merdas, um lagarto que rouba o trabalho dos outros. Usar, citando é um acto digno. Usar sem citar é um acto de ROUBO. É uma vergonha.     


São diversos os tópicos em que ele teve o descaramento de transcrever trechos inteiros dando-lhe a forma de que tinham sido escritos por ele. Sem qualquer vergonha ou revelando um pingo de dignidade.

Por exemplo, esta montagem levou-me largos minutos a fazer. Levou tempo a pesquisar, seleccionar e montar mas para o lagarto foi só usar SEM CITAR. 






O "criativo e pesquisador" lagarto, filho de uma grande osga ainda se dá ao trabalho de apagar o que é de cor diferente da dele.





E claro, os seus "leitores" nem mostram inteligência de se questionar sobre as fontes.

Que o lagarto continue por aqui a ler, a copiar, a roubar e a manipular o que os outros criam com O SEU TRABALHO, O SEU ESFORÇO, O SEU TEMPO, A SUA PAIXÃO, A SUA CRIATIVIDADE, A SUA PACIÊNCIA, A SUA PREOCUPAÇÃO EM NÃO REBAIXAR OS OUTROS CLUBES SÓ PARA ELEVAR O SEU!

ISTO AQUI É O BENFICA! Percebes?

Aqui cria-se, não se rouba, PERCEBES? Aqui honra-se, não se emporcalha. PERCEBES?

Este Clube já existia quando vocês se "fundaram", começando por ir roubar jogadores aos outros. Está na vossa massa do sangue, não é? Começaram a roubar e é isso que vocês sabem fazer. Roubar sempre não é?


O Decifrando cá continuará a dar-vos material para aprenderem alguma coisa. Para lerem verdades históricas, com fontes originais, com menção honrosa de outros Clubes e suas figuras. Dar-vos-à material novo mesmo que depois lhes façam aquilo em que vocês são melhores: copiar, roubar e deturpar"


COPIA BEM LAGARTO, COPIA TUDO, TU ÉS BOM A COPIAR, FDP!




Passa a meter uma marca de água nas fotos... Assim pelo menos isso ele tem trabalho a roubar...

RedVC

Lamentavelmente terei de pensar seriamente em fazer isso.