Rodrigo Lopes - Judo (-60kg)

Jack Gonçalves

Com este resultado fica convocado para o Campeonato do Mundo em Tóquio em Agosto.

TeamRocket37

Convocado para Mundial de Judo

Categoria -60kg

TeamRocket37


Jack Gonçalves

Tem existido muita cobertura deste atleta nos jornais diarios, Record e aBola, devido à sua história de vida...
A família no Brasil com poucas possibilidades pagou-lhe o voo em 12 vezes para poder ir ao mundial.

Ainda assim ficou a uma vitória apenas de entrar no projecto Olímpico do COP neste mundial,

Porque não uma vaquinha colectiva dos benfiquistas para ele se poder deslocar a competições? Se 0,1% ou seja um em cada 1000 benfiquistas desse 1 euro já podia ir onde precisava.
Com uma história de vida tão fácil de vender acho que era mais do que possível...

TeamRocket37

https://globoesporte.globo.com/judo/noticia/brasileiro-banca-ida-ao-mundial-entregando-panfletos-e-sonha-entrar-na-selecao-de-portugal.ghtml

Brasileiro banca ida ao Mundial entregando panfletos e sonha entrar na seleção de Portugal
Após acidente grave no qual quebrou o pescoço em 2015, Rodrigo Lopes migra para a Europa em busca de mais chances, se desdobra para se manter no judô e quer lutar em Tóquio 2020

No esporte, muitas vezes um vencedor não é necessariamente quem tem uma medalha. Quando perdeu para o búlgaro Yanislav Gerchev no terceiro round da categoria -60kg, Rodrigo Lopes, de Portugal, sabia que sairia do Campeonato Mundial de Judô de Tóquio sem o tão sonhado pódio. Mas, para ele, estar na competição no Japão já foi especial. Afinal, o judoca, que nasceu no Brasil, tem uma história de superação.

Só para guardar dinheiro e poder competir no tradicional Nippon Budokan, ele entregou panfletos na rua. Rodrigo também trabalhou em supermercados oferecendo provas de produtos. Na verdade, quando soube esse ano que poderia competir por Portugal no Mundial do Japão devido à sua classificação depois de um nono lugar em um Grand Prix em Zagreb, ele topou tudo o que apareceu pela frente.

- Tenho um grupo de WhatsApp que alguém fala: "ah, precisa de alguém para distribuir panfleto", "ah, precisa de bartender". Eu vou. Topo tudo. Para o Mundial mesmo, eu distribuí muito panfleto na rua, fiquei muito em supermercado oferecendo prova (risos) - comentou.
Rodrigo Lopes está há cinco meses em Portugal. Ele começou a lutar judô ainda pequeno em um colégio em Jardim América, um bairro na Zona Norte do Rio de Janeiro. Depois, passou a defender o Jequiá, clube da Ilha do Governador.

E, mais tarde, foi contratado pela Sogipa, de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, para ajudar Felipe Kitadai em seus treinamentos na categoria -60kg. O judoca até teve participação em alguns torneios pela seleção brasileira, como um Mundial Cadete (sub-18), mas, em 2015, teve uma grave lesão que mudaria toda sua carreira.

- Eu quebrei o pescoço lutando. Tenho um pino aqui (mostra). A partir dali ficou tudo muito difícil, não tinha muita oportunidade de competir no Brasil. Eu resolvi me oferecer para disputar um campeonato por equipes por um clube em Portugal. Um amigo meu lutava lá em Portugal, falou que faltava meu peso. Eles demonstraram interesse ao me ver, me chamaram para ficar, ajeitaram a questão dos documentos e fui para Lisboa em março - comentou.

Rodrigo fez o mesmo caminho das judocas Bárbara Timo e Rochele Nunes, que seguiram para Portugal em busca de mais espaço. Ambas, assim como ele, são atletas do Benfica. O atleta conheceu Rochele na Sogipa e até hoje são amigos:

- Ela é minha vizinha praticamente, mora um do lado do outro, está sempre na minha casa. É muito bom. Fiquei um pouco preocupado no início, com medo de se me adaptaria, mas ela ajudou. Hoje estou adaptado. Eu tinha medo de o pessoal olhar e pensar: "o que ele está fazendo aqui? Quer tirar minha vaga?" - relatou.

Apesar de defender o Benfica e de ter participado pela primeira vez de um Mundial, o verdadeiro sonho de Rodrigo é ser convocado pela seleção de Portugal. Segundo ele, se isso ocorrer, ele terá mais condições financeiras para evoluir e, quem sabe, estar nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Enquanto isso, vai se desdobrando para pagar os torneios. O judoca quer tirar da mãe, Renata, que trabalha com telecomunicações e mora no Rio de Janeiro, o peso de sustentar duas casas.

- Como não lutei por Portugal no ano passado, eu preciso pagar todas as competições do meu bolso esse ano. Meu sonho é ser convocado pela seleção para buscar meu objetivo. Eu vou ter muito mais oportunidade se for convocado. Sou novo em Portugal, então minha mãe me ajuda. Mas de real para euro é complicado. É duro saber que minha mãe está lá passando sufoco para me manter. Meu pai me ajuda muito também... Nós conseguimos por exemplo um cartão emprestado para parcelar minha passagem em 12x para vir para Tóquio - contou.

Apesar de ainda não ser membro da seleção portuguesa, o judoca se sente em casa por lá. E ele tem também uma "mentora" muito especial. Trata-se de Telma Monteiro, a principal judoca do país, que foi bronze na Rio 2016 na categoria -57kg, de Rafaela Silva, e é dona de quatro pratas em Mundiais de Judô.

- Como é parecida a cultura, a língua, a gente se sente muito em casa, se sente muito português. Em nosso clube tem a Telma Monteiro, a presença dela nos ajuda 100%, ela é a maior judoca lá. Eu aprendo muito olhando ela.

Depois da eliminação no Mundial, Rodrigo quer aproveitar o tempo no Japão para treinar em universidades e no Instituto Kodokan, onde acontecem os treinamentos oficiais da competição. Foi lá que, em fevereiro de 1882, Jigoro Kano, o fundador do judô, abriu sua primeira escola. Após esse período, o jovem de 23 anos voltará para Lisboa, onde dará aulas de judô para guardar dinheiro. Seu sonho segue vivo e, em 2020, ele espera voltar a Tóquio para a Olimpíada.

- Agora quando voltar eu vou dar aula de judô em uma escola que meu treinador conseguiu. O que tiver que fazer, eu faço - concluiu.

Que história de vida incrível deste atleta, o mais que custa é o seguinte:
Sendo o Rodrigo Lopes atleta do Benfica, não podíamos ajudar o rapaz com a viagem de avião para ter ido ao Mundial?! É nisto que Benfica falha, e o FT falhou aqui.

Jack Gonçalves

Realmente... O Benfica devia ter ajudado... Ter um atleta do clube num campeonato do Mundo vs. custo de uma viagem ao Japão...

Espero que o Rodrigo consiga participar em mais torneios. Se não conseguir realizar o sonho de ir a Tóquio que seja tentando e não sendo vedado por falta de meios.!

Jack Gonçalves

Rodrigo Lopes convocado pela FPJ para o Open de Tallin - 12 Outubro
Aiton Cardoso também do SLB participa a expensas próprias dia 13.

TeamRocket37


TeamRocket37

Perdeu na 2ª Ronda frente ao Brasileiro Pelim (28º Ranking Mundial) no Grand Slam de Abu Dhabi

TeamRocket37

https://desporto.sapo.pt/jogo-olimpicos-2020/artigos/rodrigo-lopes-do-pescoco-partido-a-trabalhar-num-restaurante-para-chegar-a-toquio202

Rodrigo Lopes, do pescoço partido a trabalhar num restaurante para chegar a Tóquio2020

O judoca foi uma esperança olímpica pelo Brasil até uma lesão grave lhe ter ameaçado, até, a própria vida, mas voltou aos trabalhos e, já naturalizado português, acalenta o sonho de participar nos Jogos Olímpicos.

O judoca Rodrigo Lopes viu o sonho de participar nuns Jogos Olímpicos 'adiado' no Brasil, quando partiu o pescoço, mas viajou para Portugal e fez de tudo, de servir às mesas a outros 'biscates', para relançar a carreira.

Nascido no Rio de Janeiro há 23 anos, foi uma esperança olímpica pelo Brasil até uma lesão grave lhe ter ameaçado, até, a própria vida, mas voltou aos trabalhos e, já naturalizado português, acalenta a intenção portuguesa de uma classificação coletiva para Tóquio2020.

Rodrigo tinha sete anos quando começou a praticar judo, depois de uma palestra na escola em que estudava lhe ter despertado o interesse, na zona norte do Rio de Janeiro, e foi através de um projeto social que começou a competir e "a sobressair bastante", tendo subido de qualidade e passado por vários clubes até chegar à seleção brasileira, aos 15 anos.

"Decidi que era o que queria da minha vida. [Pela seleção] Competi na Europa e noutras provas, fui chamado para outro clube, fui para outro estado, a umas quatro horas do Rio, quando tinha 17 anos", conta.

A alcançar os melhores resultados até então, foi chamado "para a 'seletiva' olímpica para os Jogos do Rio2016", uma oportunidade de chegar ao maior palco desportivo mundial e logo a 'jogar em casa'.

Mas foi aí que sofreu aquele que descreve como o pior momento da vida.

"Na última competição do ano [2015], bati de cabeça e parti o pescoço. Foi um dos momentos mais difíceis da minha carreira. Os médicos disseram-me que nunca mais ia poder praticar judo, nem sabiam dizer como é que eu estava vivo e sem sequelas, porque nunca tinham visto nada assim", recorda.

A lesão "mexeu muito" com o jovem atleta, porque não tinha "qualquer outro objetivo desde criança para lá do judo", e esteve cerca de um ano a "recuperar e a fazer exames", até que o médico disse "que podia voltar, mas não era a favor, não se responsabilizava".

Escolheu regressar aos treinos e à competição, mas encontrou no meio brasileiro algum "receio e preocupação", por se saber da lesão, e percebeu que ia ficar "afastado".

"Foi aí que apareceu a oportunidade de começar a representar Portugal. Vim cá competir pelo Benfica o ano passado, gostaram do meu rendimento, eu falei do meu desejo de cá estar e representar Portugal nuns Jogos Olímpicos", revela.

Continua a representar o clube até hoje, desde março de 2019 como atleta português, passando a viver em Lisboa. "De há um ano para cá, a minha vida mudou muito", desabafa.

Até então, e fora do meio do judo, Lopes teria passado despercebido não fosse um resultado vistoso precisamente no país de origem, uma vez que foi quinto em -60 kg no Grande Prémio de Brasília.

Com esse resultado, passou a integrar o projeto olímpico do Comité Olímpico de Portugal (COP). "Agora tenho mais oportunidades de conquistar pontos, até porque estou bem próximo do apuramento", afirma.

Esta ambição vai continuar na forma de treinos até ao final do ano, voltando à ação em Israel, em janeiro, num ano de 2020 "muito intenso" em que pode ajudar Portugal com uma qualificação dupla.

Por um lado, mantém "o sonho individual" aceso, e por outro, supre uma lacuna no seu peso no que toca ao apuramento coletivo, em que a equipa lusa precisava de um judoca extra nos pesos -60 kg, o de Rodrigo, -66 kg ou -73 kg.

Já em Portugal, e naturalizado português, sabia que precisava de apoios financeiros para poder viajar e somar pontos na qualificação olímpica, o que acabou a fazer, a custo, com esforço próprio e apoio de muitas pessoas, entre elas os pais.

"Ou esperava pelo processo normal de integrar o projeto olímpico para 2024, desistindo de Tóquio, ou investia em mim, para me aproximar do sonho. Foi muito difícil, tive a ajuda de muitas pessoas, mas valeu a pena", lembra.

Entre esse esforço estiveram "muitos trabalhos" que conseguiu "depois de estar num grupo no WhatsApp", uma aplicação de mensagens instantâneas.

Trabalhou como 'freelancer' em vários 'biscates', de trabalhos esporádicos em supermercados à entrega de panfletos na rua.

"Um pai de um menino no Benfica tem um restaurante, e também me arranjou um trabalho para os fins de semana. Fui-me 'virando'. (...) O que aparecia e não interferisse com os treinos, aceitava e ia", revela o também professor de judo para crianças.

Para depois de uma carreira que espera "bem sucedida", o atleta também já tem planos – "ajudar as pessoas" do bairro de onde é oriundo, Jardim América, com um "projeto social para que outras crianças possam ter oportunidades" como as que Rodrigo Lopes teve, como vir a Portugal e conhecer "outras pessoas e culturas" através do desporto.

"Quero muito abrir um projeto social onde eu morava, ou até noutro local, para dar às crianças outra realidade de vida", afiança.

Se integrar o projeto olímpico português lhe dá outras condições, por lhe permitir viajar sem ser a expensas próprias para as competições, Rodrigo Lopes não 'abrandou' e continua a dar aulas de judo a crianças e com uma "visão bastante otimista das coisas" que o tem guiado até aqui.

"Nada acontece por acaso, tudo tem os seus motivos. A minha lesão foi o momento mais difícil da minha vida, mas se calhar sem ela não estaria aqui hoje. Fez-me vir para cá, e sinto como se pertencesse aqui. No clube como na seleção, parece que sempre fiz parte, mas não sabia", reflete.

Aos 23 anos, é já uma vida atribulada que o trouxe até Portugal e o pode levar ao Japão no próximo ano, no que seria o culminar de anos de esforço e uma sensação que tem dificuldade em descrever.

"Para mim seria... eu nem sei dizer, na verdade, porque é uma coisa que eu tenho bem clara para mim desde criança. Seria a realização do objetivo maior da minha vida inteira. Mas, mesmo que não seja agora, há 2024 e 2028, outros ciclos. E eu vou continuar na luta para sempre", remata.

JM21

Este rapaz, pela história que tem, merece ter todo o sucesso.

faneca_slb4ever

Citação de: JM21 em 15 de Novembro de 2019, 12:28
Este rapaz, pela história que tem, merece ter todo o sucesso.

Verdade. Merece muito ser feliz.

TeamRocket37

Perdeu na 3ª ronda no Grand Prix de Tel Aviv

Mikaeil


TeamRocket37

#29
Parabéns Rodrigo Lopes!

Medalha de Bronze no Grand Slam de Budapeste!