O conceito made in Portugal nunca fez tanto sentido no Benfica de Jesus como ontem, no Restelo, durante a partida da Taça da Liga com o Gil Vicente. Os encarnados terminaram o encontro com os gilistas, que até foi decidido por um golo solitário de um sérvio, Sulejmani, apresentando nove portugueses, o que não acontecia desde 15 de janeiro de 2007, quando Académica e Benfica se encontraram em partida da jornada 15 da Liga e as águias chegaram ao final a vencer, por 2-0 (Ricardo Rocha e Léo), e com Quim, Nélson, Ricardo Rocha, Petit, Simão, Nuno Gomes, Rui Costa, Manu e João Coimbra no onze. Ontem, no entanto, o perfil dos nove finais era algo diferente: Paulo Lopes (35 anos), João Cancelo (19 anos), Steven Vitória (27), Sílvio (26), André Gomes (20), Rúben Amorim (28), Bernardo Silva (19), Ivan Cavaleiro (20) e Hélder Costa (20). Mais novos e mais numerosos no que à formação do Benfica diz respeito, eis a grande diferença destes nove magníficos para os antecessores, então lançados por Fernando Santos, treinador português que vê a sua marca de sete anos ser agora igualada por um compatriota, Jesus, que até tem sido apontado, e com alguma razão , como um técnico pouco preocupado com o produto feito em Portugal - não raras vezes, como, aliás, aconteceu ontem mais uma vez, defende que é indiferente à nacionalidade dos jogadores que utiliza.