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O Benfica irá disponibilizar toda a informação sobre bilhética através do seu site oficial mas sabe-se desde já que o clube da Luz está obrigado pelos regulamentos a reembolsar todos os portadores de ingresso que assim o exijam no prazo de 48 horas, ou seja, entre hoje e amanhã, curiosamente a data prevista para a repetição do jogo.
O artigo 85.º do regulamento de competições da Liga determina, no seu ponto 6, que “quando não se iniciar qualquer jogo oficial, os portadores de bilhetes de ingresso têm direito ao reembolso das respetivas importâncias a efetuar nos dois dias úteis seguintes pela entidade que procedeu à organização do jogo, mediante a apresentação do respetivo bilhete completo, excluídos os destacáveis de controlo”.
Ao direito dos adeptos corresponderá, naturalmente, um prejuízo ainda indeterminado por parte do Benfica, mas que poderá ser considerável. Tendo em conta o facto de a partida ter sido remarcada para amanhã, um dia de semana (às 20.15 e ainda sob ameaça de mau tempo), dificilmente os encarnados conseguirão aproximar-se da assistência que ontem preencheu as bancadas da Luz, próxima das 60 mil pessoas, desde logo porque boa percentagem destes espectadores deslocou-se de fora de Lisboa.
Acresce que devido à urgência de cumprir com os reembolsos, o Benfica terá pouco tempo para tentar a revenda dos bilhetes entretanto descartados. Uma despesa a somar a... tantas outras decorrentes da organização de um jogo com a dimensão do dérbi.
Acusações de negligência
A Associação de Adeptos Sportinguistas considera que os 60 minutos que os apoiantes leoninos demoraram a abandonar o Estádio da Luz puseram em risco a integridade física desses adeptos. “A irresponsabilidade de colocar em risco a integridade física de 3.000 adeptos sportinguistas presentes no estádio requer que sejam apuradas responsabilidades por este ato que consideramos completamente negligente”, lê-se em comunicado divulgado pela AAS, segundo a qual, a evacuação só foi permitida “cerca de uma hora após o anúncio de adiamento do jogo”.
A PSP já reagiu, negando “perigo iminente para os adeptos”, pois se tal acontecesse as portas teriam sido abertas e “dada ordem imediata de evacuação”.
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