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O PREPARADOR físico que trocou a Mata Real, em Paços de Ferreira, pela Luz, em Lisboa, está encantado, quatro meses depois, com a transferência. “Estou muito apaixonado por aquilo que estou a fazer no Benfica”, afirma José Gomes, a três dias de um jogo emocionalmente diferente.
“É um jogo diferente no sentido em que há um laço afectivo criado no passado com a equipa técnica, com os jogadores, com os dirigentes do Paços de Ferreira. Vou tentar aproveitar positivamente esse laço”, refere.
Também Toni pode “aproveitar positivamente” a presença de José Gomes na equipa técnica. ”Não concordo. Aquilo que eu sei do Paços de Ferreira, toda a gente sabe do ano passado. É uma equipa que está no ‘top’ em todos os quadrantes, que joga futebol apoiado, baseado em bons executantes, apesar de o Everaldo estar lesionado. Mas a filosofia é uma só: praticar bom futebol porque daí virão sempre bons resultados”.
A saída de Rafael pode ser importante – “é um jogador que valeu 17 golos!” – mas José Gomes desdramatiza o facto: “Se eu concordar que a saída dele é determinante estou a pôr em causa os jogadores que lá estão. Penso que não há tanta diferença assim, saiu o Gláuber e entrou o Paulo Sousa, por exemplo...”
Por isso, o homem responsável pela condição física do plantel benfiquista não acredita que o Paços esteja em crise. “Houve resultados enganadores, como com o Boavista ou o Sporting”.
“Ainda para mais, o adversário agora é o Benfica, com quem toda a gente gosta de jogar bem. Trabalhar aqui deixa-me envolvido e apaixonado. Tenho excelentes condições, um plantel recheado, é o patamar mais alto de Portugal. Passo aqui a maior parte dos meus dias e espero vir a desfrutar da conquista de títulos no final”, conclui.