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Record
O Barcelona já cobrou os treze milhões de euros referentes à transferência de Simão para o Benfica no início da última temporada. Devido às dificuldades económicas do clube português, aquando da vinda do extremo para a Luz ficou acordado que a verba envolvida no negócio seria saldada recorrendo ao aval de uma entidade bancária.
Aproveitando esse direito contratual, os catalães levantaram há poucos dias os treze milhões de euros relativos à venda de Simão, cabendo agora aos responsáveis encarnados negociar com o banco a forma de pagamento da quantia adiantada pela instituição ao clube espanhol.
Em virtude dos problemas financeiros que assolam a esmagadora maioria dos clubes europeus, os dirigentes do Barcelona exigiram uma garantia bancária antes de autorizarem a saída do internacional português para o Benfica. Na altura os encarnados demoraram alguns dias a disponibilizarem essas garantias bancárias, o que levou o Barcelona a protelar o envio do certificado internacional do jogador.
Esse atraso motivou que Simão ficasse impedido de alinhar na Póvoa de o Varzim no jogo da primeira jornada da I Liga. Contudo, a 16 de Agosto do ano passado, o Barcelona enviou o documento necessário para a inscrição do atleta após a recepção das garantias bancárias. Assim, Simão pôde estrear-se a 19 de Agosto, na Luz, diante do Salgueiros.
Este pormenor foi, aliás, o grande responsável pela demora nas negociações entre os clubes. Quanto ao preço a pagar pelos encarnados, não foi difícil chegar aos 13 milhões de euros, pois os catalães fixaram um valor próximo do que haviam pago ao Sporting pelo jogador no início da temporada de 1999/2000.
Então, o técnico do Barcelona era Louis van Gaal que aconselhou a contratação do extremo. Agora, o holandês está de regresso ao comando técnico dos catalães, o que gerou um rumor na Cidade Condal: Simão poderia regressar ao Barcelona.
As boas exibições no campeonato português antes da grave lesão e as más prestações do brasileiro Geovanni, jogador que o substituiu na equipa, foram as razões que estiveram por detrás desse rumor.
Agora, com a cobrança da transferência por parte do Barcelona essa hipótese está completamente descartada e tanto Van Gaal como Javier Pérez Farguell, director-geral dos catalães, recusaram comentar esse cenário.
O certo é que o Benfica nunca escondeu a disponibilidade para negociar Simão no final da última temporada. As excelentes exibições realizadas e a natural convocatória para o Mundial iriam permitir uma valorização do atleta, expectativas que acabaram por não se concretizar devido à grave lesão contraída no Portugal-Finlândia. Luís Filipe Vieira chegou mesmo a afirmar publicamente que "os benfiquistas não se devem preocupar com o que Simão custou, mas sim com o quanto o Benfica vai ganhar no próximo ano". Uma previsão que o gestor terá de esperar mais algum tempo para concretizar.
Condicionado pelo Sporting
A ida de Simão para o Benfica foi seguida com atenção pelo Sporting. Os leões tinham direito de preferência, mas não o exerceram até 2 de Agosto de 2001, data acertada com o Barcelona. A Sporting SAD apelidou de "condicionado" o contrato do jogador com o Benfica e ameaçou exigir 3,5 milhões de euros ao atleta.
Visita ao colégio
Simão teve, ontem, uma tarde diferente. O benfiquista deslocou-se ao Colégio S. João de Brito, em Lisboa, para participar na apresentação das Férias Desportivas 2002, evento que conta com a colaboração da Escola de Futebol do extremo encarnado. Durante o mês de Julho, os jovens entre os 6 e os 16 anos vão ter uma série de actividades como o futebol, ténis, futsal, windsurf e escalada. Dezenas de jovens pediram autógrafos a Simão, que satisfez todos, mesmo os adeptos do Sporting.