Boas relações com Benfica

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A recuperar na Luz de uma lesão no ombro esquerdo, Mário Coluna, presidente da federação moçambicana de futebol e ex-capitão dos encarnados, volta a frisar a importância das relações com o Benfica, evitando que se repetisse com Armando as desinteligências com Angola em redor de Mantorras. Na sua mente está, também, o desejo de levar Eusébio e o Benfica a Moçambique. Seria a loucura! A chamada de Armando pelo seleccionador moçambicano, Augusto Matine, não chegou a gerar a polémica que se instalou em redor de Mantorras. Em ambos os casos, o Benfica informou os responsáveis federativos de que os jogadores se encontravam lesionados e a cumprir um programa de recuperação, também em ambos os casos as selecções de Moçambique e Angola, respectivamente, exigiam a presença do atleta para aquilatarem do seu estado clínico. Em relação a Angola, Mantorras acabou mesmo por seguir viagem, após algumas desinteligências e acusações desagradáveis. Já Armando acabou por ficar na Luz, muito por força da intervenção pessoal de Mário Coluna, presidente da federação, que se encontra há vários dias em Lisboa. «O nosso seleccionador também fazia questão de ter lá o jogador. Mas eu estive aqui todos os dias, vi que o Armando não se treinava e que estava a fazer recuperação de lesão. Telefonei para Moçambique e contei o que se passava, Não valia a pena arcarmos com a despesa de deslocação do Armando. Seria um gasto desnecessário, já que não podia jogar», resumiu Coluna. Para o presidente da federação moçambicana, «é importante confiar nas pessoas e privilegiar as boas relações com o Benfica». Assim, graças à intervenção pessoal de Coluna, o caso não ganhou os contornos que se registaram com a federação angolana. Ai que saudade! Devido a um problema no ombro esquerdo, Mário Coluna tem marcado presença assídua no Estádio da Luz, a fim de ser acompanhado pelo departamento médico do Benfica. É tratado como um homem da casa, ele que é uma das glórias do clube encarnado e da selecção portuguesa. Os adeptos reconhecem-no e muitos não resistem a cumprimentá-lo. Com um arrepio a percorrer a coluna, conforme acontece principalmente com os mais velhos e com quem teve o privilégio de o ver jogar, de o ver brilhar juntamente com uma constelação. Ontem, lá estava outra vez na sua casa, olhando com atenção a evolução das obras do novo estádio da Luz. Com uma ponta de emoção, por saber que o velhinho estádio, onde viveu tantos dias de glória, de alegrias e de tristeza, tem os dias contados. Nunca escondeu essa saudade que já lhe bate no peito, pelo que o seu olhar se enche de água cada vez que trilha caminhos que o levaram à glória. Mas, fundamentalmente, será sempre benfiquista. Mais do que o estádio, faz parte da história do Benfica e tem o nome escrito a ouro, juntamente com outros jogadores de eleição