Não perder pontos e pensar no título!

Fonte
www.abola.pt
Bernardo Vasconcelos, responsável pelo departamento clínico do Benfica, reforçou ontem se Roger se está a treinar sem limitações é porque clinicamente se encontra recuperado. O problema é a parte física. «Não sou treinador, mas parece-me que após uma paragem de mais de 30 dias é difícil ao Roger estar apto para a alta competição com apenas quatro ou cinco dias de trabalho», referiu o clínico. A evolução tem sido «favorável», o jogador treinou-se «praticamente sem queixas», o tempo ditará o regresso. Um discurso e uma realidade já assimilada pelo jogador brasileiro, em conversa com os jornalistas. — Sente-se em condições para jogar com o Vitória de Guimarães? — Já me treino sem limitações, não tenho problemas clínicos e posso fazer tudo dentro de campo. O problema é a intensidade, já que em termos físicos ainda não estou em pleno. Se me pergunta se quero jogar, em tese respondo que sim, que eu gosto é de jogar, mas também temos de pensar na equipa e respeitar os colegas que têm trabalhado. Acredito pois que poderei não ser convocado para o jogo com o Vitória e confio que na semana seguinte já estarei bastante melhor e em condições de ajudar a equipa. — Considera que a sua lesão e o prolongado tempo de paragem o prejudica decisivamente na luta com Zahovic por um lugar no onze? — Em primeiro lugar, aqui não existe qualquer disputa entre o Zahovic e o Roger. Sou apenas mais um a lutar por um lugar no onze. Joga depois quem o treinador entende. É claro que, neste momento, estou um pouco atrasado dos meus colegas, em termos físicos. Foi mais de um mês sem tocar na bola, muito tempo para recuperar em apenas alguns treinos. — Como antevê o jogo com o Vitória de Guimarães? — É uma equipa que tem feito uma grande temporada. Por isso, vai ser um jogo muito difícil, mas onde só a conquista dos três pontos nos interessa. Queremos diminuir a desvantagem de nove pontos para o F. C. Porto e não podemos perder mais pontos. Com todo o respeito pelo Vitória de Guimarães, que tem uma excelente equipa, se queremos continuar a pensar no título não podemos pensar em perder mais pontos. Adaptação normal — Como tem decorrido a sua adaptação ao treinador José Antonio Camacho? — Sem qualquer tipo de problema. A missão do jogador é adaptar-se aos métodos de cada treinador que o orienta. De resto, os novos métodos não são de uma exigência fora do comum. Ministra treinos normais, sem qualquer problema. — Ou seja, não estranhou a mudança de comando técnico... — Não, porque a própria mudança não foi acentuada. Os treinos são normais, com muita seriedade, afinco e entrega dos jogadores. O treinador tem insistido muito no toque de bola, na recepção e entrega, mostrando que privilegia um futebol mais técnico e ofensivo, embora organizado. Em resumo, está tudo a correr bem e com normalidade.