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O médico António Martins não quis aprofundar as razões que o levaram a quebrar, ao lado do fisioterapeuta António Gaspar, o vínculo que o ligava ao Benfica porque coloca a «instituição acima de tudo». O médico começou por falar nas suas responsabilidades no Hospital de Santana, na Parede, e na incompatibilidade de horários, mas acabou por admitir a existência de problemas no clube.
«Não foi nada de especial. Foi apenas o fim de um ciclo. Tenho outras responsabilidades no meu hospital e estava a ser difícil conciliar as duas coisas. As exigências do Benfica não se compadecem com os meus horários», começou por destacar António Martins.
O médico não quer ser protagonista de uma polémica, mas deixou no ar um certo mal-estar. «A instituição Benfica está acima de tudo isso. Houve uma série de coincidências que, mais tarde, percebi que não o eram. Em Novembro já tinha pedido a demissão pelas mesmas razões, mas agora é definitivo», adiantou o médico sem querer explicar as «coincidências».
António Martins garantiu ainda que «não existe nenhuma incompatibilidade» com Bernardo Vasconcelos, chefe do departamento médico do Benfica. «É um processo complicado sobre o qual prefiro não falar. Aos olhos das pessoas vai sempre parecer outra coisa», limitou-se a acrescentar.
O fisioterapeuta António Gaspar, contactado pelo nosso jornal, não quis comentar a situação a que o levou a deixar o clube. Entretanto, Bernardo Vasconcelos deverá tomar, ainda este domingo, uma posição sobre o assunto.