Fonte
www.abola.pt
Faltavam cerca de 20 minutos para o final da sessão, única do dia, quando o inesperado aconteceu. Os jogadores que não jogaram como titulares frente ao Barcelona – à excepção de Sokota – iniciaram um curto jogo de treino que acabou por marcar a manhã. José Antonio Camacho colocou o inseparável cronómetro de lado, pediu um colete e juntou-se a uma das equipas. Fernando Chalana olhou, pediu outro colete e ficou do lado contrário... Novamente adversários, mas desta vez unidos pelas recordações e pela imagem de duas referências do futebol mundial, hoje treinadores.
Camacho não correu muito, é verdade, mas o seu pé esquerdo não parou um segundo e Andersson que o diga: Camacho recebeu a bola junto à linha de fundo e aplicou um tremendo nó no sueco. Do cruzamento não resultou nenhum golo, mas o técnico espanhol acabaria por o conseguir, de pé esquerdo, claro está, e com Moreira no chão, completamente iludido pela execução do rematador de serviço.
E como se portou Chalana? Igualmente bem. O português correu mais que Camacho e, embora não se tenha destacado no remate, fez vários cruzamentos perfeitos e assistências primorosas. Chalana entendeu-se particularmente bem com Nuno Gomes e conseguiu oferecer, em poucos minutos, o que Nuno deseja desde que chegou ao Benfica: golos, muitos golos.
Adversários por minutos, Camacho e Chalana mostraram que quem sabe não esquece e um curtinho e simples treino transformou-se... num quadro emocionante de pequenos, barrigudos e grandes homens do futebol.
Refira-se que toda a equipa técnica se apresentou ontem com equipamentos novos, em tons de azul