Fonte
www.record.pt
O dia de hoje poderá ficar marcado por uma reformulação profunda no departamento clínico do Benfica, com a possível saída de Bernardo Vasconcelos. O elevado número de jogadores constantemente lesionados – neste momento, sem contarmos com Mawete que não está inscrito, são sete, uma situação que até o técnico José Antonio Camacho já considerou anormal –, a par da longa recuperação de Pedro Mantorras, deixou a SAD insatisfeita com o trabalho do médico que há 22 anos presta serviço no clube.
A situação arrasta-se já há algum tempo, mas só recentemente, com o "caso Mantorras", atingiu o ponto de ebulição. O angolano voltou a ser operado em meados de Dezembro último e, à saída do Hospital de Sant'Ana, admitiu que jogou condicionado no final da época passada com o aval do departamento médico encarnado ("não me forcem como da primeira vez", disse na altura). Estas declarações foram interpretadas como uma crítica velada a Bernardo Vasconcelos e caíram que nem uma bomba na Luz. O jogador não foi poupado e isso só serviu para agravar ainda mais a lesão no joelho direito, conduzindo-o pela segunda vez à mesa das operações e a mais uma longa paragem... A SAD pediu responsabilidades e naturalmente inquiriu o responsável pelo departamento sobre esta matéria.
Mas outro exemplo claro de que nem tudo está bem naquele sector são as duas baixas que recentemente se verificaram, com as demissões do cirurgião António Martins e do fisioterapeuta António Gaspar, este último claramente antagonizado com Bernardo Vasconcelos no que toca ao "caso Mantorras". As divergências (veementemente negadas pelo médico na sala de Imprensa) transpiraram para o domínio público, o que acabou por enfraquecer ainda mais a posição do responsável pelo departamento junto da SAD benfiquista.
Assim, a saída de Bernardo Vasconcelos deve estar por horas e o desafio de hoje com o Moreirense pode ser o último. O médico não quis comentar o caso, mas fez o ponto de situação do plantel em termos clínicos.