O Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) pronunciou-se esta sexta-feira sobre alguns lances da primeira jornada que suscitaram dúvidas na opinião pública, e, através da conta de Twitter do projeto vídeo-árbitro, o organismo fez um balanço positivo da introdução de tecnologia nos jogos da Liga.
Num comunicado publicado na referida conta do Twitter, o Conselho de Arbitragem da FPF defendeu todas as decisões dos árbitros que recorreram à ajuda do vídeo-árbitro na primeira jornada, e explicou detalhadamente cinco lances, nomeadamente o lance entre Jardel e Vukcevic na área do SC Braga, e o golo anulado a Ricardo Horta na Luz.
O Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) recordou ainda que é necessário a existência de um 'erro claro' para que haja intervenção do Vídeo-Árbitro, e explicou os dois lances polémicos do Benfica - SC Braga.
No caso da alegada grande penalidade de Vukcevic sobre Jardel, o Conselho de Arbitragem considerou que, "não há evidência que se trata de um erro claro, antes uma questão de interpretação sobre o contacto entre dois jogadores. Não existindo evidência de erro claro, prevalece a decisão do árbitro".
Já em relação ao golo anulado a Ricardo Horta, o Conselho de Arbitragem entende que, "não é claro que o jogador do Sp. Braga esteja em posição regular no momento do passe, pelo que não é dada indicação ao árbitro para reverter a decisão ou visionar junto do relvado. O lance é de dúvida, prevalece a decisão tomada pela equipa de arbitragem".
O Conselho de Arbitragem refere que "as imagens de todas as câmaras que filmam os jogos chegam, em direto e de forma independente, ao vídeo-árbitro", e ainda que os árbitros "não têm, nesta fase do projeto, auxilío das linhas de fora-de-jogo".
Em relação à validação do golo de Marcano no jogo entre FC Porto e Estoril-Praia depois de ter sido anulado, o Conselho de Arbitragem considerou que, "na revisão, o vídeo-árbitro verificou, sem margem de dúvida, que o jogador se encontrava em posição legal no momento do passe. Tratava-se de um erro claro".
No comunicado pode ainda ler-se que, "nenhum resultado foi influenciado por um erro claro das equipas de arbitragem", e que a única situação onde ocorreu efectivamente um erro, o mesmo acabou por ser rectificado pelo vídeo-árbitro.
Em jeito de conclusão, o Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol recapitulou em tópicos as várias diretrizes que suportam o projeto do vídeo-árbitro.
- Todos os árbitros que desempenham a função de vídeo-árbitro pertencem ao quadro principal (C1)
- Todos os árbitros que desempenham a função de vídeo-árbitro assistente são árbitros assistentes do quadro principal
(C1)
- O árbitro no relvado toma sempre uma decisão
- O vídeo-árbitro deve questionar-se sempre se se trata de um erro claro
- VAR pode intervir sempre que à equipa de arbitragem escape um incidente relevante (por exemplo agressões)
- Todos os golos são revistos pelo VAR
- As imagens de todas as câmaras que filmam os jogos chegam, em direto e de forma independente, ao vídeo-árbitro
- O vídeo-árbitro não depende do realizador que produz o jogo para desempenhar a sua função
- A nomeação dos árbitros para função de vídeo-árbitro é conhecida em simultâneo com a nomeação de árbitros e
árbitros assistentes
- O vídeo-árbitro não tem, nesta fase do projeto, auxílio das linhas de fora-de-jogo
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