Fonte
www.abola.pt
José António Camacho foi convidado de honra na cerimónia da tomada de posse do presidente da Região de Múrcia, Ramon Luís Valcável. Entre 300 convidados não conseguiu passar discreto, tal o fenómeno de popularidade. Muitos cumprimentos e pedidos de autógrafos de gente que o considera um dos seus.
Reeleito para um mandato de mais quatro anos, Ramon Luis Valcável não abdicou da presença de Camacho. De resto, entre 300 convidados, o treinador do Benfica era um dos poucos que não estava presente por qualquer cargo político, social ou económico. Natural de Cieza, a 40 quilómetros de Múrcia, Camacho é tratado com o carinho de um filho da terra e mesmo o mais distraído dos mortais perceberia logo da sua popularidade, num espaço onde estavam as mais altas individualidades e até o ministro da Administração Territorial, e secretário geral do Partido Popular, Javier Aruna.
Primeiros flashes
Camacho chegou à sede do Governo Regional por volta das 9.30 horas (uma a menos em Lisboa), acompanhado do seu grande amigo José Luís Morga, presidente da Federação Murciana de Futebol. Os flashes dispararam de imediato, Camacho foi respondendo com um sorriso simples e cumprimentos. No salão nobre — uma antiga igreja. O termómetro teimava em não baixar dos 39 graus, era impossível estancar o suor. O convite servia de abano, para iludir o calor.
«Olha, o senhor Camacho!»
A cerimónia demorou meia-hora. No final, Ramon Luís Valcável fez questão de cumprimentar Camacho. Um abraço apertado e cúmplice, dois minutos de conversa, encandeada por dezenas de flashes, disparando de forma ininterrupta. Mas foram muitos outros os que o queriam cumprimentar e, imagine-se, vários os convidados de honra a pedirem um autógrafo ao treinador do Benfica. Camacho foi sempre solícito. Sorri como só ele sabe. Um sorriso tímido, mas acolhedor.
Recebeu a reportagem de A BOLA com disponibilidade e simpatia. Aceitou o convite para um café, sempre acompanhado pelo inseparável amigo José Luís Morga.
Um percurso a pé de uma escassa dezena de metros foi o suficiente para muitas paragens. «Olha, o senhor Camacho!», desabafava, com o queixo a descair sem controlo, uma criança. A conversa corria de forma agradável, Camacho deu mostras de grande sentido de humor. Mas estava na hora do almoço e estas últimas horas em Espanha são passadas perto da família. Amanhã já estará em Lisboa.