Alvalade séc... XXI ?!!...

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A BOLA
"Os sócios do varão Um grupo de 11 sócios com assento na primeira fila da Bancada Superior Sul do novo Alvalade está indignado com os lugares especiais, cujo direito adquiriram para os próximos 20 anos: um varão de segurança cerceia-lhes a vista do rectângulo. Tentativas de acordo com o clube estão em curso, mas alguns dos sócios mais insatisfeitos já se dirigiram à DECO, enquanto outros ameaçam com os tribunais e um outro grupo escreveu ao presidente do Sporting, apurou A BOLA. As críticas já se alargam a... Tomás Taveira, autor do projecto. Depois da rábula dos lugares atrás dos écrãs—que acabaram por não ser ocupados pelos invisuais, como o clube propôs à Associação dos Cegos e Amblíopes de Portigal (ACAPO), sem esquecermos que a comparticipação governamental do recinto é taxada por cadeiras disponíveis e que com menos lotação oficial, menos recebem os leões do Estado — e das muitas críticas a uma nada funcional bancada de imprensa situada no meio dos sócios—não será assim durante o Euro-2004, em que será ampliada, mas depois voltará ao que é...— , as condições dos lugares em Alvalade voltam a dar que falar. Melhor se percebe, assim, o comunicado emitido pelo clube antes do jogo com o Nacional, a apelar ao sportinguismo dos sportinguistas, pedindo paciência e reiterando que tudo está a ser feito para corrigir as falhas. «Tenho que me debruçar para ver o jogo», afirmou a A BOLA um dos 11 signatários da missiva entretanto entregue a Dias da Cunha pelo grupo de sócios que, «há dois anos, e para ajudar o clube», adquiriram lugares especiais, com reserva para os próximos 20 anos, a 100 contos (500 euros) cada um, para a Bancada Superior Sul do novo recinto, primeira fila. Trocar... não muito obrigado Preferindo o anonimato para já — «daremos a cara publicamente se a situação se mantiver, inclusive pedindo uma audiência a Dias da Cunha, porque não somos apenas onze, são cerca de quatro dezenas de sócios descontentes, mas há um total de 600 pessoas que podem mudar de lugar» —, este associado historiou a A BOLA tudo o que tem sido feito para debelar o problema desde que foi constatado, na noite do jogo com o Manchester United, a 6 de Agosto. Segundo a nossa fonte, o Sporting propôs, reconhecendo a deficiente visibilidade, mudar estes sócios com lugares especiais para os lugares «da quinta à décima fila» da mesma bancada, reservados a todos os que adquiriram Game Box (bilhetes de época simples), não obrigatoriamente sócios mas também público em geral. «Quiseram passar-nos para cima, e a eles para baixo. Ora os lugares dos sócios deveriam ser muito melhores que os das Game Box, como foi reiterado no último Conselho Leonino. Não aceitámos», sublinhou, depois de algumas reuniões mantidas com dois responsáveis do clube, nomeadamente Rui Martins e Nélson Fernandes. Numa das reuniões com estes funcionários, para conciliar o problema, outra questão de fundo já foi adiantada, segundo nos revelaram: se as surpresas negativas persistirem, não será descabido o Sporting ainda vir a pedir contas e responsabilizar Tomás Taveira, autor do projecto do novo estádio, por estas falhas inesperadas. Reclamar valeu um bilhete VIP Para já, e para o encontro de anteontem, com o Nacional, o nosso interlocutor, conseguiu do clube—depois «de muito reclamar, já que queriam colocar-nos na sexta e sétima fila, como solução transitória, apenas para este jogo, enquanto não resolvem o problema dos nossos lugares»—um bilhete... para a Bancada Central VIP, logo abaixo dos camarotes, do lado contrário ao qual se deveria sentar. Mas quando o Sporting receber o Gil Vicente (sexta jornada, dia 28), confessa que ainda não sabe onde ficará colocado. Mais: os cartões dos respectivos lugares especiais «foram desactivados, sem aviso prévio» — sustentam —, o que mais aumentou a revolta destes sócios. Além dos 11 associados que subscreveram a missiva ao presidente, muitos outros já terão sido persuadidos a aceitar novos lugares, noutras zonas do estádio. No entanto, os mais insatisfeitos com os lugares que o clube contrapôs já se dirigiram à DECO a expor a questão para serem ressarcidos dos seus direitos, tendo obtido desta associação a disponibilidade para prestar todo o apoio nesse sentido. «E há mais sócios dispostos a ir aos tribunais ou a resolver a situação de uma vez por todas », asseveraram-nos." Agora digo eu, o que é isto comparado com a nossa catedral?...