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Luís Filipe Vieira sofreu uma forte pancada nas costas e passou o primeiro dia após a eleição como presidente do Benfica a repousar em casa, junto da respectiva família.
O presidente eleito não conseguiu escapar à "loucura" que invadiu o Pavilhão da Luz e, apesar da protecção do "staff" da candidatura, mal entrou no recinto foi engolido pela multidão que o aguardava, pese embora a hora tardia.
A lesão causou mais preocupação devido ao facto de o novo líder directivo dos encarnados se debater com alguns problemas na coluna. Mas tudo não passou mesmo de um susto e Luís Filipe Vieira, o 34º presidente da história do clube da águia, não deixará de marcar presença no primeiro jogo do Benfica para a SuperLiga, no novo estádio.
O dia de ontem acabou igualmente por ficar marcado por uma notícia do semanário "Expresso", segundo a qual a Polícia Judiciária vai investigar uma queixa contra o novo presidente, em que este é acusado de favorecimento na compra de terrenos da Petrogal no Parque das Nações, em 2001, por um preço inferior ao de mercado. Fonte próxima de Vieira afirmou ao nosso jornal que o recém-eleito presidente ficou incomodado, mas ao mesmo tempo tranquilo, já que "comprou com base num concurso público" e que, assim sendo, "essa queixa não tem qualquer fundamento".
Refira-se que Luís Filipe Vieira toma posse como presidente já amanhã, pelas 21.30 horas, em cerimónia a ter lugar no Pavilhão da Luz e durante a qual o presidente da Mesa da AGl, Paulo Olavo Cunha, procederá à passagem de testemunho.
A partir de terça-feira, Vieira iniciará a remodelação da estrutura do clube, após uma reunião directiva em que serão definidas prioridades e atribuídos todos os pelouros. No dia seguinte terá lugar a Assembleia Geral de accionistas da SAD.
Recordes de Damásio passam à história
Luís Filipe Vieira superou todos os recordes estabelecidos nos anos 90, numa década em que se assistiu à eleição de presidentes pela margem mais folgada de sempre. Manuel Damásio conseguira novos máximos das duas vezes em que foi a sufrágio, frente a José Manuel Capristano, em 94, e Vale e Azevedo, dois anos mais tarde.
Nas últimas eleições bateu-se um outro recorde mas no plano oposto. Madaleno foi o único candidato da história a ter menos de um por cento dos votos.