Fonte
www.abola.pt
— A equipa está a reagir bem à derrota com o Beira-Mar?
— Isso é o futebol. Umas vezes ganha-se, outras não. Quando se perde um jogo as equipas que querem ser fortes têm de evidenciar ainda mais união, demonstrar no jogo seguinte que tudo não passou de um erro e ter vontade de ganhar. E acredito que a minha equipa vai mostrar isso frente aoMolde.
— A lesão de Sokota pode mudar o sistema táctico?
— Vamos... jogar. O sistema táctico não vai mudar muito. Podemos jogar com dois avançados ou com um jogador nas costas do avançado. Isso não vai alterar nada. O importante é que façamos bons cruzamentos e criemos ocasiões de golo.
— Fehér pode ser a solução?
— Claro que sim.
— Como analisa o Molde?
— É uma equipa tipicamente escandinava, com uma disposição táctica tipicamente norueguesa, com quatro defesas, cinco médios e um avançado. E muito disciplinada. Teremos, por isso, de ser pacientes e tentar criar ocasiões de golo. Não podemos ficar nervosos e jogar ao ritmo das bancadas. Mas porque é uma competição da UEFA não podemos deixar muito espaço atrás, sob pena de sofrermos um golo.
— Considera que o Benfica é favorito e tem de resolver a eliminatória no primeiro jogo?
— Quero sempre ganhar. Mas se olharem para a posição que o Benfica ocupa actualmente no ranking da UEFA, não se conclui que somos favoritos. Mas logicamente que somos sempre favoritos, seja contra quem for. Mas outra coisa é o que acontece durante o jogo... Quanto a decidirmos a eliminatória na primeira mão, só se conseguirmos um resultado volumoso. E isso é cada vez mais raro no futebol, ainda para mais contra equipas disciplinadas tacticamente. No futebol as goleadas passaram à história.
— A equipa do Molde foi considerada uma das piores da Noruega esta época. Passa-lhe pela cabeça ser eliminado?
— Isto não é o campeonato, é a Taça UEFA. Ambos os clubes estão nas mesmas condições. Eles também podem dizer que o Benfica está no 132.º lugar do ranking. Temos a obrigação de eliminar o Molde mas temos de o demonstrar no terreno do jogo
— Qual é a receita para a vitória?
— Fazer mais golos que o adversário. Ocasiões não tenho dúvida que as vamos criar. Eles também vão tentar aproveitar cada canto e cada falta para marcarem. E temos de pensar sempre que não vai ser fácil, ignorar que o adversário é teoricamente inferior.
— Está a pensar fazer alterações na defesa?
— Pode jogar um ou outro. Há momentos em que um determinado jogador não se encontra bem e outro se encontra melhor... mas isso não são alterações. Jogamos sempre igual.
— Ricardo Rocha poderá jogar a central?
— Sim.