Custa tanto ficar a ver...

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De manhã, em declarações aos jornalistas, Petit ainda mantinha alguma esperança de que a entorse no joelho esquerdo contraída na véspera, no jogo com o Molde, na Taça UEFA, não lhe trouxesse muitos dissabores. «Estou triste, mas vou fazer um exame e espero que não seja nada de grave. As coisas apontam para uma paragem de três a quatro semanas, mas pode ser que seja menos. Espero recuperar rapidamente, sou forte e vou lutar contra isto para voltar ao meu melhor nível», disse, lamentando de seguida o período em que o azar lhe bateu à porta. Se é certo que uma lesão nunca vem em boa altura, há momentos mais inoportunos do que outros. «Estava a subir de dia para dia, já muito perto da minha melhor forma, mas é assim... Vou esperar pelo exame e ter forças para recuperar rapidamente, pode ser que não seja nada. Sou um lutador», sublinhou. Da esperança à realidade Já à tarde, pelas 18.30 horas, finalmente o momento da verdade. Petit deslocou-se à clínica de Caselas para efectuar uma ressonância magnética, acompanhado pelo médico Pedro Magro, pelo fisioterapeuta Armando Jorge e por A BOLA .Mais tarde, também o seu empresário José Veiga passou pelo local e cumprimentou o jogador. Para se inteirar do seu estado e transmitir-lhe força e solidariedade. Depois de alguma espera e ansiedade, confirmou-se o pior: paragem entre quatro e seis semanas. Levantar a cabeça com pensamento positivo «Já era de prever... Agora vou tentar descansar bem e ver como a lesão evolui de dia para dia, por forma a voltar ainda com mais força e recuperar rapidamente a forma e o nível que vinha apresentando», começou por dizer Petit ao nosso jornal, visivelmente abatido. Aquela era a hora de encarar a realidade e encontrar a melhor forma de reagir à adversidade. «Esta lesão vem, de facto, na pior altura, porque tinha sido chamado à Selecção Nacional, que era um objectivo que queria concretizar, e além disso vou falhar jogos importantes do Benfica. É sempre mau um jogador lesionar-se quando está bem, mas o futebol tem destas coisas. Tenho de levantar a cabeça e ter pensamento positivo. Posso ter mais oportunidades na Selecção...», comentou o jogador. Puxar pelos seus colegas Os próximos tempos serão passados na bancada, a puxar pelos companheiros de equipa: «Vai-me custar muito ficar a ver... Ainda por cima agora que temos um estádio magnífico. Vou torcer para que a equipa ganhe, é isso o mais importante. Que os adeptos também estejam ao lado do grupo», disse, em jeito de repto. Ligamento cruzado não foi afectado O médico Pedro Magro, do departamento clínico do Benfica, acompanhou o jogador e explicou a A BOLA os resultados da ressonância magnética efectuada a Petit. «Forneceu-nos mais alguns dados. Estes exames têm sempre um interesse correlacionado com a clínica e com a evolução do jogador e é isso que vamos fazer. Seja como for, estão excluídas lesões muito graves da articulação do joelho, que poderiam levar a uma paragem muito prolongada. Refiro-me, nomeadamente, a lesões do ligamento cruzado anterior, que está nitidamente íntegro. Isso já é muito bom», referiu. O trabalho vai começar...