Luz, Rosa e maratona

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Acabou por ser uma coincidência. No dia posterior à inauguração do Estádio do Dragão, a portuense Rosa Mota visitava a nova Luz. «Não fui convidada para a inauguração do estádio do FC Porto, tal como não fui convidada para a inauguração de outros estádios. Não tem nada a ver, hoje [ontem] tive de vir a Lisboa e aproveitei o convite que me tinha sido endereçado há uns tempos para conhecer o Estádio da Luz», esclareceu a ex-maratonista, como que em jeito de ponto prévio. Por isso, desviem-se as polémicas que o motivo principal do evento foi outro. Ver, in loco, o local onde se irá disputar a final do Euro-2004. E foi a condição de portuguesa – porque revelou não ter preferências clubísticas – que toldou as palavras de Rosinha. E porque a empatia entre o povo e a equipa das quinas já teve dias (muito) melhores, nada melhor que um apelo especial: «Espero que Portugal vença o jogo da final neste estádio. Faço um apelo à população: o Euro é uma realidade e temos todos de o abraçar, recebendo bem os estrangeiros. Foi isso que aconteceu durante a Expo e o turismo em Lisboa cresceu. Se eles foram bem tratados, voltam com certeza.» «Ainda faltam 30 quilómetros» A visita demorou cerca de uma hora. Tempo para conhecer a maior parte das entranhas do estádio. Desde os balneários até ao centro do relvado, passando pelo camarote presidencial e um dos 156 camarotes de empresa. Curiosa foi a frase de Rosa Mota quando Mário Dias – Luís Filipe Vieira acompanhou a comitiva na primeira parte da corrida e depois foi-se embora – lembrava que havia mais coisas para ver. «Ainda faltam 30 quilómetros », brincava, pouco antes de reservar alguns minutos a sós com Eusébio, já em pleno relvado, enquanto o marido e ex-treinador pessoal, José Pedrosa, ouvia atentamente algumas explicações do vice-presidente do clube para a área do património, inclusive o tempo que demorou a construção. «É um estádio espectacular, muito giro e seguro, por aquilo que vi. Está bem sinalizado. Mas quem sou eu para falar sobre uma obra tão grandiosa?», interrogou. Já sobre o facto de não haver pista de atletismo, aí já se viu uma Rosa Mota com legitimidade moral para abordar a matéria: «Não acho que seja uma pena. Porque se calhar não ia haver público suficiente e seria mau ter um estádio às moscas. Não haverá aqui alegrias de uns Jogos Olímpicos mas espero que hajam outras, como a conquista da Selecção do Euro-2004, por exemplo.»