Vilarinho nomeia novo administrador até ao fim do mês

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O Benfica dispõe até ao final do mês para nomear um substituto para Silva Gomes na administração da SAD de acordo com a lei que regula o funcionamento das sociedades comerciais. Na qualidade de accionista maioritário, recorde-se, cabe ao clube nomear três dos cinco administradores da sociedade. Conforme O JOGO noticiou em 18 de Dezembro último, Silva Gomes apresentou a sua carta de demissão quer da SAD quer da Multimedia. A saída da estrutura que gere o futebol já era, de resto, esperada mas só iria provocar a perda de quorum se Manuel Vilarinho não nomeasse um novo administrador até ao final do mês seguinte a esse pedido formal (ou seja, até final do corrente), conforme estipula a lei.

Contactado por O JOGO, o presidente da SAD (e do clube), Manuel Vilarinho confirmou estar iminente o anúncio da nomeação de um administrador substituto, escusando-se, porém, a tecer comentários adicionais a essa situação. Entretanto, e dentro do prazo atrás referido, Silva Gomes mantém-se formalmente como administrador na SAD, embora sem quaisquer funções executivas.

Recorde-se que presentemente apenas estão em plenas funções na SAD \"encarnada\" o próprio Manuel Vilarinho e Tinoco Faria - após a saídas de Mário Negrão e Silva Gomes e do recuo de Armando Vara. Toda esta situação vai ser discutida no seio dos órgãos sociais na próxima semana quando regressarem do estrangeiro o (também) \"vice\" para a área jurídica e Fonseca Santos, presidente do Conselho Fiscal.

A situação de crise gerada pela saída do treinador não mereceu até agora uma análise conjunta dos corpos sociais e, de acordo com alguns sectores do clube, isso deve-se também à perturbação gerada pela presença de José Santos, filho do investidor Vítor Santos, numa altura em que os ataques do também accionista da SAD se intensificaram publicamente. As relações com o vice para as amadoras começaram a deteriorar-se na altura em que este secundou o seu pai nas acusações a Mário Negrão e nunca mais se reestabeleceu a normalidade nas relações internas que, recorde-se, começaram a ser mais difíceis com o eclodir da questão do novo estádio.

Texto: www.ojogo.pt