Crónica: Pôr o dedo na «ferida»...

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Desilusão. Foi assim que os benfiquistas reagiram ao empate do último sábado entre a equipa de Jesualdo Ferreira e a de Luís Campos, o V. Setúbal. Os sadinos estiveram a perder desde o minuto 71, depois de um livre directo muito bem marcado por Petit, mas deixaram-se surpreender também de bola parada já perto do final. Afinal, o que tem esta partida de comum com as restantes realizadas este Campeonato?

O Benfica não empatava em casa desde o dia 30 de Março deste ano. A última igualdade consentida na Luz foi perante o Sp. Braga, por 1-1. Durante a última época, os «encarnados» empataram em cinco ocasiões no seu estádio - V. Guimarães, F.C. Porto, Sporting, Marítimo e Sp. Braga - e perderam noutra, frente ao União de Leiria (0-2), equipa já vencida este ano.

Este ano, das cinco vezes em que se viu em situação de vantagem no marcador, o Benfica permitiu por três vezes o golo do empate ao adversário - Moreirense, União de Leiria e V. Setúbal - e apenas frente a este adversário, no passado sábado, não conseguiu voltar a marcar. Depois de nos dois primeiros encontros a sua defesa se mostrar intransponível (Marítimo e Beira Mar), os «encarnados» experimentaram mesmo sérias dificuldades em Braga, frente ao Moreirense, e em casa perante o União de Leiria.

Como é que o Benfica sofre estes golos, que acabaram por obrigar a esforço suplementar ou mesmo a um resultado inglório como aconteceu frente aos sadinos? Invariavelmente, o golo de resposta surge de bola parada ou de cruzamentos, quase sempre com a defesa «encarnada» a ser batida no jogo aéreo. Demétrios empatou para o Moreirense na sequência de um pontapé de canto, Márcio Santos (U. Leiria) depois de um livre indirecto e Jorginho (V. Setúbal) após um cruzamento para a área. Em todas as situações, o conjunto de Jesualdo Ferreira demonstrou dificuldades em controlar a bola e assim amaciar a reacção adversário, além de clara desconcentração na hora de defender, quando a situação obriga a marcações bastantes apertadas.

Por curiosidade, da única vez em viu o adversário marcar primeiro, o Benfica perdeu (Nacional, 5ª jornada). O golo de Serginho não surgiu de livre, mas sim de bola corrida.



Texto: MaisFutebol.iol.pt