Ao longo da longa história de vida do nosso querido clube, muitos foram os nomes importantes que deixaram marcas ao longo dos 100 anos. Mas alguns desses nomes foram mais significativos e quando o clube da Luz comemora o 100º aniversário, o SL-Benfica.com recorda agora algumas dessas pessoas que ajudaram a fazer a história do clube.
Eusébio da Silva Ferreira
Nasceu há 60 anos (25/01/1943) numa modesta casa de Mafalala, Moçambique, e continua a ser o mais conhecido jogador português de sempre e a grande bandeira do Benfica. Era o maestro do clube da águia na década de 60. Do seu currículo, entre outros, constam dez títulos nacionais e uma Taça dos Campeões Europeus. Recentemente apoiou a candidatura de Manuel Vilarinho e prolongou o seu contrato com o Benfica.
Mário Coluna
{mostrarimagem ("coluna[2].jpg","right","Mário Coluna")}Foi, com Eusébio, a grande referência do futebol dos anos 60, do Benfica e da selecção portuguesa, de que foi «capitão», que alcançou o 3º lugar no Mundial de Inglaterra. Depois da independência do seu país, regressou a Moçambique, onde desempenha funções de presidente da Federação Moçambicana de Futebol. Coluna, 66 anos, empresta assim o seu carisma internacional à tentativa de dar a volta – por cima – a um futebol que sempre deu excelentes jogadores aos grandes clubes europeus mas que, internacionalmente, continua a marcar passo.
Fernando Martins
Nasceu em 1927 em Alenquer e é hoje um dos sócios mais antigos do Benfica. Foi sob a sua direcção que se concluiu o célebre Terceiro Anel do Estádio da Luz, que após ter dado tantas alegrias aos benfiquistas, está prestes a ir abaixo. Foi também sob a sua gestão que se procedeu ao acabamento do Pavilhão polidesportivo Dr. Borges Coutinho. Assinou vários acordos com a Câmara Municipal de Lisboa, no sentido de equipar o clube com melhores estruturas e maiores espaços. Foi eleito presidente da direcção, sucessivamente, desde 29 de Maio de 1981 até ao Biénio de 85-86. Antes de terminar este último mandato, a assembleia geral de 16 de Março de 1984 elegeu-o “Águia de Ouro”. É ainda hoje considerado um dos grandes presidentes do Benfica, não só pela obra realizada e resultados desportivos alcançados, mas sobretudo pelo equilíbrio financeiro que sempre conseguiu impor na gestão do clube da Luz.
Borges Coutinho
{mostrarimagem ("UNTITL12.jpg","right","Eusébio e Borges Coutinho")}Sócio do Benfica desde 1959, seria, posteriormente, nomeado sócio vitalício devido aos serviços prestados. Era um homem extremamente educado, de excelente trato social e que representou como ninguém o clube junto das mais altas instâncias sociais, políticas e desportivas, tanto em Portugal como no estrangeiro. A 12 de Abril de 1969 os sócios elegeram-no presidente da direcção, cargo para o qual foi reeleito a 3 de Julho de 1971, 31 de Março de 1973 e 24 de Julho de 1975. Em 1973 foi-lhe atribuída a “Águia de Ouro”, através da proposta aprovada em assembleia geral, pelos relevantes serviços prestados ao nosso Benfica.
Manuel Damásio
Nasceu a 9 de Julho de 1940 e é sócio há 40 anos. Fez parte da lista de Fernando Martins quando este competiu com João Santos. A 7 de Janeiro de 1994 foi eleito 30.º presidente do Benfica, ano em que o clube também conquistou o 30.º Campeonato Nacional da I Divisão. Foi eleito com 87% dos votos, tendo como opositor o seu amigo José Capristano. Iniciou desde logo uma campanha de angariação de sócios, que chegou aos 150 mil. Com um passivo enorme nas mãos, Manuel Damásio acabou por não conseguir resolver qualquer problema financeiro do clube. E agravou outros: aceitou a revolução da equipa de futebol, dirigida por Artur Jorge, e liderou uma incómoda aliança com Pinto da Costa e o F.C. Porto.
Jorge de Brito
Chegou ao Benfica pela mão do seu pai. Nasceu em Queluz e entrou para sócio do Benfica a 1 de Abril de 1935. Durante a gerência de Borges Coutinho ofereceu ao clube a pista de tartan para a prática de atletismo. A assembleia geral de sócios de 14 de Dezembro de 1973 consagrou-o como “Águia de Ouro”. Foi eleito vice-presidente da direcção para a área do Desporto na época 89/91. Em 1992, foi eleito presidente da direcção por 63 % de votos, cargo que deixou em Dezembro de 1993, após uma gerência considerada economicamente desastrosa pelos sócios.
João Santos
Nasceu em Lisboa, a 3 de Dezembro de 1914. Desde muito jovem dedicou-se à prática desportiva. Aos 19 anos, era atleta da associação Naval de Lisboa, onde praticava remo. Foi eleito para presidente do Benfica a 3 de Abril de 1987, As suas gerências ficaram ligadas à final da Taça dos Clubes Campeões Europeus, disputada em 1988, em Estugarda, e ao projecto das novas urbanizações junto à cidade desportiva, da autoria do arquitecto Tomás Taveira, projecto este que acabaria mais tarde por não ir por diante. Acusado de falta de liderança por alguns sectores do clube, a partir do segundo mandato a sua gestão entrou numa fase negativa, reflectindo-se mais tarde no período em que Jorge de Brito esteve á frente do clube. João Santos viu-lhe também ser negado em assembleia geral de sócios a distinção de “Águia de Ouro”, algo único e inédito na história deste glorioso clube.
Humberto Coelho
{mostrarimagem ("humberto.jpg","right","Humberto Coelho")}Nasceu no Porto, a 20 de Abril de 1950. Continua a ser recordado como um dos mais carismáticos «capitães» de equipa do Sport Lisboa e Benfica, clube onde alinhou durante 16 anos, com um intervalo de dois, no decorrer dos quais esteve ao serviço do Paris Saint-Germain.
Conquistou por oito vezes o título de campeão nacional com a camisola encarnada e foi 64 vezes internacional A, 39 das quais ostentando a braçadeira de «capitão». Como treinador teve a sua coroa de glória no Euro 2000, onde levou Portugal às meias-finais. É ainda hoje, um dos símbolos do Benfica e o seu nome foi diversas vezes apresentado como eventual candidato á presidência do Benfica.
José Águas
{mostrarimagem ("UNTITL9.jpg","right","José Águas ergeu 2 vezes esta Taça")}Goleador do Benfica e da selecção Nacional, foi bicampeão europeu. Faleceu em 2000, após ter sido reintegrado, pela actual direcção, simbolicamente, na equipa técnica do Benfica, que fora destituído pela direcção de Vale e Azevedo. Contava 70 anos, nasceu a 9 de Setembro de 1930 no Lobito, Angola e veio para o Benfica com pouco mais de 20 anos. Para além do seu amor á camisola e da sua entrega e dedicação, na memória dos benfiquistas está ainda a imagem de José Águas a erguer a Taça dos Clubes Campeões Europeus.
Otto Glória
Entre 1952 e 1959 o clube da Luz ficou marcado pela revolução de Otto Glória que assumiu um papel da maior importância, no Benfica e no futebol português. De facto, Otto Glória revolucionou os processos técnicos até então levados à prática no clube e alterou profundamente a mentalidade dos seus profissionais. O seu nome aparece ainda, ligado às evoluções tácticas mais sentidas na época, de entre as quais se salienta o chamado sistema de “diagonal”. Teve em Mário Coluna a principal chave do seu sistema táctico. Sem dúvida que também fez história neste glorioso clube.
Bella Guttmann
{mostrarimagem ("gutmann.jpg","right","Agressividade e empenho, eram palavras de ordem de Bella Guttmann")}Vindo do F.C. Porto, Guttmann era, indiscutivelmente, um treinador de largo curriculum. Seriedade e profissionalismo eram também algumas das muitas características que todos lhe reconheciam. Por vezes, em excesso, o que, não raras vezes, conduziu a situações evitáveis no seu relacionamento com dirigentes e jogadores. No trabalho do dia-a-dia, dificilmente facilitava em matéria de disciplina e organização. “Sem sacrifícios não se conseguem vitórias”, esta era uma das frases que dizia com alguma frequência. Apesar de perder o Campeonato Nacional de 1961/62 para o Sporting, o Benfica seria apurado para a Taça dos Clubes Campeões Europeus, dada a sua qualidade de vencedor da prova na época anterior. Ainda hoje Guttmann está presente na memória dos benfiquistas até porque muitos associam-no ao actual técnico José António Camacho.
Vítor Baptista
Foram muitos os casos protagonizados por Vítor Baptista, até dada altura suportados com benevolência pelos dirigentes do clube, sempre esperançados na recuperação do jogador. Vítor Baptista, tinha excelentes características de homem de área e poderia ter sido um caso muito sério no futebol português. Um acto inédito que o marcou, foi a cena do brinco perdido, em pleno Estádio da Luz, no decurso do Benfica-Sporting, no ano de 1978. O jogo chegou mesmo a parar, na tentativa de se encontrar o brinco, facto que se verificou impossível. Sem dúvida, inédito...
Sven-Goran Eriksson
Chegou ao Benfica pela mão de Fernando Martins, decorria o ano de 1982. Na altura, o jovem Eriksson já tinha conquistado a Taça UEFA ao serviço do IFK de Gottemburgo. À chegada á Luz, começaria por dar um aviso à navegação: “Os jogadores do Benfica terão de trabalhar duramente”. A verdade é que, na época de 1982/83, o clube da Luz sagrou-se Campeão Nacional, venceu a Taça de Portugal e chegou à final da Taça UEFA. A turma de Eriksson deixaria, no campeonato, o F.C. Porto a quatro pontos e o Sporting a nove, perdendo apenas um jogo em 30 realizados. Eriksson treinou o Benfica ainda em 1983/84, assegurando mais um título, mas de imediato rumou para Itália, onde o calcio falou mais alto ao coração do jovem treinador nórdico. Eriksson regressaria seis anos mais tarde ao Benfica, desta feita pela mão de João Santos. Na altura, Eriksson teve então como adjunto o seu grande amigo, Toni. A equipa da Luz voltaria então a ser campeã nacional, em 1990/91. Mas muitos outros factores marcaram a carreira de Eriksson no Benfica, que recentemente voltou a ser apontando como um possível sucessor de Jesualdo Ferreira. Os adeptos benfiquistas sentem por ele um grande carinho. No ano em que o Benfica comemora o 99.º aniversário, o SL-Benfica.com dedica também uma homenagem ao sueco Eriksson que foi sem dúvida, um verdadeiro «revolucionário» num Benfica perdido.
João Pinto
É ainda hoje considerado, para muitos, o melhor jogador português, a actuar no nosso futebol. Foi durante alguns anos o «capitão» do Benfica e era considerado o “menino bonito” da Luz. Era visto como um mito e era nele que os benfiquistas depositavam a maior confiança. “Acartou” muitas vezes com a equipa às costas e ficou célebre na vitória por 6-3 em Alvalade, diante o Sporting, naquela que apelidaram por “a tarde de João Pinto”. Passou pelo Atlético de Madird, mas foi no Benfica que adquiriu todo o seu estatuto que ainda hoje é reconhecido. Actualmente actua no rival, Sporting, por consequência da demissão originada pelo ex-presidente do Benfica, João Vale e Azevedo. A saída do jogador provocou muita contestação entre a massa associativa, até porque o jogador saiu a custo zero, tendo recebido ainda, uma indemnização. João Vieira Pinto é um dos exemplos da gestão danosa de Vale e Azevedo que se encontra detido.
Vale e Azevedo
{mostrarimagem ("vale.jpg","right","Vale e Azevedo")}Ficou na história, mas pela negativa. Nunca o nome do Benfica foi tão difamado como aconteceu durante a sua gestão. Chegou ao Benfica e criou desde então uma revolução no clube, acabando por agravar a crise que já começara nas gestões anteriores. “Rasgou” contratos, despediu João Pinto, prometeu Rui Costa e não o contratou, teve durante a sua direcção vários treinadores, contratou Poborsky e Dean que originou um aviso sério por parte da FIFA, por incumprimento da dívida. A Liga dos Campeões, chegou a estar em risco. Vale e Azevedo originou a divisão da massa associativa e levou o nome do clube da Luz constantemente às capas dos jornais, mas por casos negativos para a história do clube. Actualmente, encontra-se detido por apropriação de capitais e peculato. Não se sabe ainda quanto tempo permanecerá preso, dado que ainda tem casos pendentes para serem julgados.
Rui Costa
{mostrarimagem ("wallpaperruicosta.jpg","right","Rui Costa, o maestro")} Sem dúvida um autêntico maestro do meio-campo benfiquista. Esteve presente na consagração do último título conquistado pelo Benfica e desde então, experimentou uma carreira no estrangeiro. Rumou para Itália onde durante largos anos jogou na Fiorentina. Rui Costa movimenta paixões e muitos eram os fãs incondicionais em Itália, que assistiram aos grandes êxitos do n.º 10 em Florença. Titular indiscutível na selecção – apesar de ter estado ausente recentemente – Rui Costa, acabaria por se transferir para o Milan onde joga actualmente. A sua transferência deveu-se à crise anunciada em Florença, que levou ao encerramento do clube que representava. Ainda na partida de Lisboa para Itália, Rui Costa sempre disse que queria um dia regressar ao Benfica, onde pretende terminar a sua carreira. Recentemente falou-se num possível regresso do jogador, facto que se poderá confirmar no final da presente temporada. O jogador, mostrou-se desde então agradado com a possibilidade de regressar. Rui Costa gosta do Benfica e dos seus adeptos. Os adeptos gostam de Rui Costa.
Manuel Vilarinho
{mostrarimagem ("aniversarioJornal007.jpg","right","Vilarinho")} Concorreu contra João Vale e Azevedo, nas eleições do Benfica e prometeu em campanha eleitoral, a contratação de Jardel. Acabou por não contratar o brasileiro após a sua eleição, mas trouxe estabilidade e devolveu a dignidade ao bom nome do Benfica. Foi aparentemente a solução para resolver os casos deixados por Vale e Azevedo. No clube da Luz encontrou um enorme passivo, que no entanto, tem vindo a ser reduzido. Apesar de ainda não ter conquistado nenhum título, devolveu alguns bons momentos aos benfiquistas e a sua direcção apresentou um projecto de construção de um novo estádio que foi aprovado por maioria absoluta em assembleia geral de sócios. Com a entrada de Luís Filipe Vieira no clube, ganhou mais força para tentar recuperar o clube que encontrou “banhado” de dívidas. Quanto ao futuro, quer um Benfica ganhador e cumpridor!
Muitos outros nomes poderiam ser aqui referenciados, mas estes são apenas alguns dos mais significativos, que o SL-Benfica.com decidiu recordar quando o clube da Luz, comemora o 100º aniversário. Parabéns Benfica!!!
Textos: Rafael P. Santos / "Visão" (2001) / "Livro de Ouro" S.L.Benfica (D.N.) / Arquivo SL-Benfica.com
Fotos: Arquivo SL-Benfica.com / "Livro de Ouro" S.L.Benfica (D.N.) /
Eusébio da Silva Ferreira
Nasceu há 60 anos (25/01/1943) numa modesta casa de Mafalala, Moçambique, e continua a ser o mais conhecido jogador português de sempre e a grande bandeira do Benfica. Era o maestro do clube da águia na década de 60. Do seu currículo, entre outros, constam dez títulos nacionais e uma Taça dos Campeões Europeus. Recentemente apoiou a candidatura de Manuel Vilarinho e prolongou o seu contrato com o Benfica.
Mário Coluna
{mostrarimagem ("coluna[2].jpg","right","Mário Coluna")}Foi, com Eusébio, a grande referência do futebol dos anos 60, do Benfica e da selecção portuguesa, de que foi «capitão», que alcançou o 3º lugar no Mundial de Inglaterra. Depois da independência do seu país, regressou a Moçambique, onde desempenha funções de presidente da Federação Moçambicana de Futebol. Coluna, 66 anos, empresta assim o seu carisma internacional à tentativa de dar a volta – por cima – a um futebol que sempre deu excelentes jogadores aos grandes clubes europeus mas que, internacionalmente, continua a marcar passo.
Fernando Martins
Nasceu em 1927 em Alenquer e é hoje um dos sócios mais antigos do Benfica. Foi sob a sua direcção que se concluiu o célebre Terceiro Anel do Estádio da Luz, que após ter dado tantas alegrias aos benfiquistas, está prestes a ir abaixo. Foi também sob a sua gestão que se procedeu ao acabamento do Pavilhão polidesportivo Dr. Borges Coutinho. Assinou vários acordos com a Câmara Municipal de Lisboa, no sentido de equipar o clube com melhores estruturas e maiores espaços. Foi eleito presidente da direcção, sucessivamente, desde 29 de Maio de 1981 até ao Biénio de 85-86. Antes de terminar este último mandato, a assembleia geral de 16 de Março de 1984 elegeu-o “Águia de Ouro”. É ainda hoje considerado um dos grandes presidentes do Benfica, não só pela obra realizada e resultados desportivos alcançados, mas sobretudo pelo equilíbrio financeiro que sempre conseguiu impor na gestão do clube da Luz.
Borges Coutinho
{mostrarimagem ("UNTITL12.jpg","right","Eusébio e Borges Coutinho")}Sócio do Benfica desde 1959, seria, posteriormente, nomeado sócio vitalício devido aos serviços prestados. Era um homem extremamente educado, de excelente trato social e que representou como ninguém o clube junto das mais altas instâncias sociais, políticas e desportivas, tanto em Portugal como no estrangeiro. A 12 de Abril de 1969 os sócios elegeram-no presidente da direcção, cargo para o qual foi reeleito a 3 de Julho de 1971, 31 de Março de 1973 e 24 de Julho de 1975. Em 1973 foi-lhe atribuída a “Águia de Ouro”, através da proposta aprovada em assembleia geral, pelos relevantes serviços prestados ao nosso Benfica.
Manuel Damásio
Nasceu a 9 de Julho de 1940 e é sócio há 40 anos. Fez parte da lista de Fernando Martins quando este competiu com João Santos. A 7 de Janeiro de 1994 foi eleito 30.º presidente do Benfica, ano em que o clube também conquistou o 30.º Campeonato Nacional da I Divisão. Foi eleito com 87% dos votos, tendo como opositor o seu amigo José Capristano. Iniciou desde logo uma campanha de angariação de sócios, que chegou aos 150 mil. Com um passivo enorme nas mãos, Manuel Damásio acabou por não conseguir resolver qualquer problema financeiro do clube. E agravou outros: aceitou a revolução da equipa de futebol, dirigida por Artur Jorge, e liderou uma incómoda aliança com Pinto da Costa e o F.C. Porto.
Jorge de Brito
Chegou ao Benfica pela mão do seu pai. Nasceu em Queluz e entrou para sócio do Benfica a 1 de Abril de 1935. Durante a gerência de Borges Coutinho ofereceu ao clube a pista de tartan para a prática de atletismo. A assembleia geral de sócios de 14 de Dezembro de 1973 consagrou-o como “Águia de Ouro”. Foi eleito vice-presidente da direcção para a área do Desporto na época 89/91. Em 1992, foi eleito presidente da direcção por 63 % de votos, cargo que deixou em Dezembro de 1993, após uma gerência considerada economicamente desastrosa pelos sócios.
João Santos
Nasceu em Lisboa, a 3 de Dezembro de 1914. Desde muito jovem dedicou-se à prática desportiva. Aos 19 anos, era atleta da associação Naval de Lisboa, onde praticava remo. Foi eleito para presidente do Benfica a 3 de Abril de 1987, As suas gerências ficaram ligadas à final da Taça dos Clubes Campeões Europeus, disputada em 1988, em Estugarda, e ao projecto das novas urbanizações junto à cidade desportiva, da autoria do arquitecto Tomás Taveira, projecto este que acabaria mais tarde por não ir por diante. Acusado de falta de liderança por alguns sectores do clube, a partir do segundo mandato a sua gestão entrou numa fase negativa, reflectindo-se mais tarde no período em que Jorge de Brito esteve á frente do clube. João Santos viu-lhe também ser negado em assembleia geral de sócios a distinção de “Águia de Ouro”, algo único e inédito na história deste glorioso clube.
Humberto Coelho
{mostrarimagem ("humberto.jpg","right","Humberto Coelho")}Nasceu no Porto, a 20 de Abril de 1950. Continua a ser recordado como um dos mais carismáticos «capitães» de equipa do Sport Lisboa e Benfica, clube onde alinhou durante 16 anos, com um intervalo de dois, no decorrer dos quais esteve ao serviço do Paris Saint-Germain.
Conquistou por oito vezes o título de campeão nacional com a camisola encarnada e foi 64 vezes internacional A, 39 das quais ostentando a braçadeira de «capitão». Como treinador teve a sua coroa de glória no Euro 2000, onde levou Portugal às meias-finais. É ainda hoje, um dos símbolos do Benfica e o seu nome foi diversas vezes apresentado como eventual candidato á presidência do Benfica.
José Águas
{mostrarimagem ("UNTITL9.jpg","right","José Águas ergeu 2 vezes esta Taça")}Goleador do Benfica e da selecção Nacional, foi bicampeão europeu. Faleceu em 2000, após ter sido reintegrado, pela actual direcção, simbolicamente, na equipa técnica do Benfica, que fora destituído pela direcção de Vale e Azevedo. Contava 70 anos, nasceu a 9 de Setembro de 1930 no Lobito, Angola e veio para o Benfica com pouco mais de 20 anos. Para além do seu amor á camisola e da sua entrega e dedicação, na memória dos benfiquistas está ainda a imagem de José Águas a erguer a Taça dos Clubes Campeões Europeus.
Otto Glória
Entre 1952 e 1959 o clube da Luz ficou marcado pela revolução de Otto Glória que assumiu um papel da maior importância, no Benfica e no futebol português. De facto, Otto Glória revolucionou os processos técnicos até então levados à prática no clube e alterou profundamente a mentalidade dos seus profissionais. O seu nome aparece ainda, ligado às evoluções tácticas mais sentidas na época, de entre as quais se salienta o chamado sistema de “diagonal”. Teve em Mário Coluna a principal chave do seu sistema táctico. Sem dúvida que também fez história neste glorioso clube.
Bella Guttmann
{mostrarimagem ("gutmann.jpg","right","Agressividade e empenho, eram palavras de ordem de Bella Guttmann")}Vindo do F.C. Porto, Guttmann era, indiscutivelmente, um treinador de largo curriculum. Seriedade e profissionalismo eram também algumas das muitas características que todos lhe reconheciam. Por vezes, em excesso, o que, não raras vezes, conduziu a situações evitáveis no seu relacionamento com dirigentes e jogadores. No trabalho do dia-a-dia, dificilmente facilitava em matéria de disciplina e organização. “Sem sacrifícios não se conseguem vitórias”, esta era uma das frases que dizia com alguma frequência. Apesar de perder o Campeonato Nacional de 1961/62 para o Sporting, o Benfica seria apurado para a Taça dos Clubes Campeões Europeus, dada a sua qualidade de vencedor da prova na época anterior. Ainda hoje Guttmann está presente na memória dos benfiquistas até porque muitos associam-no ao actual técnico José António Camacho.
Vítor Baptista
Foram muitos os casos protagonizados por Vítor Baptista, até dada altura suportados com benevolência pelos dirigentes do clube, sempre esperançados na recuperação do jogador. Vítor Baptista, tinha excelentes características de homem de área e poderia ter sido um caso muito sério no futebol português. Um acto inédito que o marcou, foi a cena do brinco perdido, em pleno Estádio da Luz, no decurso do Benfica-Sporting, no ano de 1978. O jogo chegou mesmo a parar, na tentativa de se encontrar o brinco, facto que se verificou impossível. Sem dúvida, inédito...
Sven-Goran Eriksson
Chegou ao Benfica pela mão de Fernando Martins, decorria o ano de 1982. Na altura, o jovem Eriksson já tinha conquistado a Taça UEFA ao serviço do IFK de Gottemburgo. À chegada á Luz, começaria por dar um aviso à navegação: “Os jogadores do Benfica terão de trabalhar duramente”. A verdade é que, na época de 1982/83, o clube da Luz sagrou-se Campeão Nacional, venceu a Taça de Portugal e chegou à final da Taça UEFA. A turma de Eriksson deixaria, no campeonato, o F.C. Porto a quatro pontos e o Sporting a nove, perdendo apenas um jogo em 30 realizados. Eriksson treinou o Benfica ainda em 1983/84, assegurando mais um título, mas de imediato rumou para Itália, onde o calcio falou mais alto ao coração do jovem treinador nórdico. Eriksson regressaria seis anos mais tarde ao Benfica, desta feita pela mão de João Santos. Na altura, Eriksson teve então como adjunto o seu grande amigo, Toni. A equipa da Luz voltaria então a ser campeã nacional, em 1990/91. Mas muitos outros factores marcaram a carreira de Eriksson no Benfica, que recentemente voltou a ser apontando como um possível sucessor de Jesualdo Ferreira. Os adeptos benfiquistas sentem por ele um grande carinho. No ano em que o Benfica comemora o 99.º aniversário, o SL-Benfica.com dedica também uma homenagem ao sueco Eriksson que foi sem dúvida, um verdadeiro «revolucionário» num Benfica perdido.
João Pinto
É ainda hoje considerado, para muitos, o melhor jogador português, a actuar no nosso futebol. Foi durante alguns anos o «capitão» do Benfica e era considerado o “menino bonito” da Luz. Era visto como um mito e era nele que os benfiquistas depositavam a maior confiança. “Acartou” muitas vezes com a equipa às costas e ficou célebre na vitória por 6-3 em Alvalade, diante o Sporting, naquela que apelidaram por “a tarde de João Pinto”. Passou pelo Atlético de Madird, mas foi no Benfica que adquiriu todo o seu estatuto que ainda hoje é reconhecido. Actualmente actua no rival, Sporting, por consequência da demissão originada pelo ex-presidente do Benfica, João Vale e Azevedo. A saída do jogador provocou muita contestação entre a massa associativa, até porque o jogador saiu a custo zero, tendo recebido ainda, uma indemnização. João Vieira Pinto é um dos exemplos da gestão danosa de Vale e Azevedo que se encontra detido.
Vale e Azevedo
{mostrarimagem ("vale.jpg","right","Vale e Azevedo")}Ficou na história, mas pela negativa. Nunca o nome do Benfica foi tão difamado como aconteceu durante a sua gestão. Chegou ao Benfica e criou desde então uma revolução no clube, acabando por agravar a crise que já começara nas gestões anteriores. “Rasgou” contratos, despediu João Pinto, prometeu Rui Costa e não o contratou, teve durante a sua direcção vários treinadores, contratou Poborsky e Dean que originou um aviso sério por parte da FIFA, por incumprimento da dívida. A Liga dos Campeões, chegou a estar em risco. Vale e Azevedo originou a divisão da massa associativa e levou o nome do clube da Luz constantemente às capas dos jornais, mas por casos negativos para a história do clube. Actualmente, encontra-se detido por apropriação de capitais e peculato. Não se sabe ainda quanto tempo permanecerá preso, dado que ainda tem casos pendentes para serem julgados.
Rui Costa
{mostrarimagem ("wallpaperruicosta.jpg","right","Rui Costa, o maestro")} Sem dúvida um autêntico maestro do meio-campo benfiquista. Esteve presente na consagração do último título conquistado pelo Benfica e desde então, experimentou uma carreira no estrangeiro. Rumou para Itália onde durante largos anos jogou na Fiorentina. Rui Costa movimenta paixões e muitos eram os fãs incondicionais em Itália, que assistiram aos grandes êxitos do n.º 10 em Florença. Titular indiscutível na selecção – apesar de ter estado ausente recentemente – Rui Costa, acabaria por se transferir para o Milan onde joga actualmente. A sua transferência deveu-se à crise anunciada em Florença, que levou ao encerramento do clube que representava. Ainda na partida de Lisboa para Itália, Rui Costa sempre disse que queria um dia regressar ao Benfica, onde pretende terminar a sua carreira. Recentemente falou-se num possível regresso do jogador, facto que se poderá confirmar no final da presente temporada. O jogador, mostrou-se desde então agradado com a possibilidade de regressar. Rui Costa gosta do Benfica e dos seus adeptos. Os adeptos gostam de Rui Costa.
Manuel Vilarinho
{mostrarimagem ("aniversarioJornal007.jpg","right","Vilarinho")} Concorreu contra João Vale e Azevedo, nas eleições do Benfica e prometeu em campanha eleitoral, a contratação de Jardel. Acabou por não contratar o brasileiro após a sua eleição, mas trouxe estabilidade e devolveu a dignidade ao bom nome do Benfica. Foi aparentemente a solução para resolver os casos deixados por Vale e Azevedo. No clube da Luz encontrou um enorme passivo, que no entanto, tem vindo a ser reduzido. Apesar de ainda não ter conquistado nenhum título, devolveu alguns bons momentos aos benfiquistas e a sua direcção apresentou um projecto de construção de um novo estádio que foi aprovado por maioria absoluta em assembleia geral de sócios. Com a entrada de Luís Filipe Vieira no clube, ganhou mais força para tentar recuperar o clube que encontrou “banhado” de dívidas. Quanto ao futuro, quer um Benfica ganhador e cumpridor!
Muitos outros nomes poderiam ser aqui referenciados, mas estes são apenas alguns dos mais significativos, que o SL-Benfica.com decidiu recordar quando o clube da Luz, comemora o 100º aniversário. Parabéns Benfica!!!
Textos: Rafael P. Santos / "Visão" (2001) / "Livro de Ouro" S.L.Benfica (D.N.) / Arquivo SL-Benfica.com
Fotos: Arquivo SL-Benfica.com / "Livro de Ouro" S.L.Benfica (D.N.) /