S.L. Benfica vs F.C. Porto: «Dragões» impuseram-se «Inferno» da Luz...

Submetida por K_POBORSKY em
Era considerado por muitos o jogo do ano, contudo, o F.C.Porto vinha ao Estádio da Luz com 10 pontos de diferença para o Benfica que entrou para esta partida de forma algo apática. Camacho apostou no mesmo «onze» que tinha defrontado o V. Setúbal, mas desta feita, os jogadores não alcançaram os três pontos, mesmo com o Estádio a rebentar pelas costuras de adeptos. Em dia de Carnaval quem parece ter-se divertido mais foram mesmo os adeptos do Porto que sairam com três pontos no bolso.

Camacho apostou então em Moreira na baliza; Miguel, Argel, Hélder e Ricardo Rocha na defesa; Geovanni, Petit, Tiago e Simão Sabrosa no meio-campo; Zahovic e Nuno Gomes na frente.

1ª parte: Tanto Porto para tão pouco Benfica...

O jogo teve um início bastante colorido, para ambas as partes e que prometia muito para um grande jogo de futebol entre duas grandes equipas. Nas bancadas estavam 50 mil adeptos empolgados. Os minutos iniciais talvez tenham sido os melhores do primeiro tempo, para a equipa da Luz, onde se jogava um jogo corrido e com a vontade de marcar cedo e com bola cá bola lá, nos primeiros 15 minutos de jogo.

Mas a equipa visitante, de imediato quis mostrar que não estava na Luz para brincadeiras, apesar de ser dia de Carnaval. A posse de bola aumentava para a turma de Mourinho e começavam a imperar as jogadas de ataque do F.C. Porto. Moreira foi mesmo chamado várias vezes a intervir, mas depois, o jogo perdeu animo, mas com o porto a ter ligeira vantagem no dominio da bola.

Aos 34 minutos, Nuno Gomes tem uma iniciativa individual e acerta no poste. Vítor Baia estava fora do lance que poderia ter originado o primeiro golo da noite, não fosse a falta de sorte imperar naquele momento.

Dois minutos depois chegaria o primeiro golo da noite, mas para o Porto. Deco recebe a bola à entrada da área, após passe de Maniche. Deco aproveita da melhor forma a falha de marcação de Hélder, Moreira, isento de culpas, não parou o remate cruzado do luso-brasileiro.

A equipa da casa tentava então reduzir a vantagem, mas parecia faltar qualquer coisa ao Benfica que tinha esta noite, um Petit muito diferente, isto é, mais fraco e um Simão Sabrosa completamente «tapado», como se diz na gíria desportiva. Chegaria então o intervalo ao Estádio da Luz e com o Porto em vantagem no marcador.

2ª Parte: Mais oportunidades mas faltaram os golos...

A segunda parte tornou-se mais um jogo de nervos para os da casa e o Porto aproveitava da melhor forma e dominava a partida. Capucho deveria ter visto cartão vermelho por passar a bola com as mãos deliberadamente, mas o árbitro nada assinalou.

O Benfica tentou combater a superiodade portista, mas não conseguiu. O Porto fez um jogo psicologico que surgiu efeito. Já com Sokota em campo que substituiu um Zahovic muito apagado, o Benfica criou mais oportunidades de golo, mas pecava na finalização. Vítor Baía teve uma noite calma.

No Benfica, a saida de argel foi muito prematura, mas Camacho quis prevenir uma eventual expulsão, dado que Argel tinha já um cartão amarelo. Camacho colocou então em campo Armando que comprometeu o resto do jogo para o Benfica. O jogador mostrou-se desinspirado, fora de forma e sem ritmo. Destaque apenas para um corte no interior da área do Benfica, para canto, após jogada de Deco.{mostrarimagem("BenficaPacos015.jpg","right","")}

A expulsão de Ricardo Rocha foi justa, com António Costa a aplicar as regras do jogo. O central benfiuqista perdeu a bola para Derlei no seu meio-campo e fez uma autêntica "placagem" a Derlei. Viu cartão vermelho directo e não joga diante a Académica. Pena que os criterios não tenham sido os mesmos para ambas as equipas.

Ficaram por mostrar muitos amarelos, e mesmo um ou outro vermelho a certos jogadores do Porto como Maniche ou Pedro Emanuel. O final do jogo ia-se aproximando na Luz e o Benfica começava então, a jogar com o coração nas mãos, sem o discernimento para conseguir construir jogadas com principio, meio e fim.
Geovanni esteve muito muito longe do que nos habituou, assim como Simão Sabrosa por impedimento da defesa azul-e-branca.

Nuno Gomes foi o mais combativo, demonstrou ganas de marcar, mas faltou-lhe sorte. Zahovic esteve completamente ausente do jogo e no Benfica só mesmo Moreira evitou que o mal fosse maior. Correspodeu sempre que foi solicitado e está isento de culpas no golo de Deco, aliás, essas vão para Hélder e para a lentidão demonstrada nesse e noutros lances...

Do lado do Porto, a assinalar a falta de fair-play e mesmo de civismo e companheirismo em certas jogadas. Os jogadores apresentaram-se muito duros, arrogantes mesmo. Deco foi o melhor elemento dos azuis-e-brancos e da partida. Do lado do Benfica destacamos Moreira.

Reportagem na Luz de: Rafael Santos, com António Ferrão.