Benfica vence mas não convence (Benfica-2 V. Guimarães-0)

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O Benfica garantiu esta noite a primeira vitória nesta edição 2003/04 da SuperLiga, ao derrotar o Vitória de Guimarães por 2-0. Uma vitória cirúrgica, selada com um golo em cada meio tempo, respectivamente apontados por Zahovic e Fehér.
De regresso ao Estádio Nacional como «casa» emprestada, o Benfica passou, no entanto, por momentos complicados, isto porque o Vitória de Guimarães entrou em muito bom plano.

Com o trio Hugo Cunha-Guga-Nuno Assis em evidência, os vimaranenses faziam jus ao (bom) futebol que costumam praticar, cedo ganhando a batalha do meio-campo e sempre com a baliza de Moreira no pensamento, o que provocou muitos sustos ao último reduto da equipa «encarnada».

À passagem da vintena de minutos, o Benfica começou, porém, a assentar o seu jogo e, também, a acercar-se da baliza de Miguel. Por esta altura, os «encarnados» perdiam Simão Sabrosa, que lesionado foi obrigado a ceder o seu lugar a Alex. Pensou-se que os problemas poderiam aumentar para a equipa da «casa», mas foi altura do melhor período do jogo, que decorria então em toada de parada e resposta.

Porém, só praticamente à beira do intervalo é que os (poucos) presentes nas bancadas do Jamor viram as redes balancearem...e, claro está, a favor do Benfica. O brasileiro Guga, que curiosamente até estava escalonado por Augusto Inácio como segundo guarda-redes da equipa para este jogo, desvia com a mão uma bola rematada por Fehér que se encaminhava para a baliza e o árbitro Pedro Henriques não tem dúvidas a assinalar grande penalidade e mostrar ao brasileiro o consequente cartão vermelho. Chamado a converter, o «capitão» Zahovic não perdoou e deixava o Benfica regressar aos balneários em vantagem no marcador.

O intervalo, contudo, foi neste caso mau conselheiro para o jogo, que com o seu reinício passou então a decorrer de forma bem mais «morna» do que na etapa inicial. Em desvantagem no marcador, os vimaranenses estavam agora reduzidos a 10 elementos e apresentavam-se bem mais retraídos no ataque, isto apesar de as substituições efectuadas por Augusto Inácio terem sempre visado reforçar o sector ofensivo da equipa.

Desta forma, não é difícil de perceber que o Benfica jogava como queria, ou seja tentava reter a bola o mais tempo possível, como que à espera de uma «brecha» na defensiva vimaranense para «matar» o jogo. E assim aconteceu, após um longo lançamento de João Pereira que deixou Miguel totalmente isolado pelo lado direito e com margem suficiente para assistir Fehér, com este a limitar-se encostar para o segundo golo dos «encarnados».

Estavam decorridos 80 minutos e, se durante a segunda metade o futebol pouco existiu, diga-se que até ao final foi ainda o Vitória de Guimarães a fazer pelo tento de honra, que apesar de ter merecido não logrou alcançar.

Não só pela importância dos três pontos conquistados, o Benfica alcança ainda excelente factor de moralização para a partida de quarta-feira frente à Lazio (a realizar no Estádio do Bessa), na qual terá a difícil tarefa de anular a desvantagem de 3-1 para alcançar a desejada Liga dos Campeões.

Sob a arbitragem de Pedro Henriques, as equipas alinharam:

BENFICA – Moreira; Miguel, Argel, Ricardo Rocha e Cristiano; Petit e Tiago; Geovanni (Andersson, 86 m), Zahovic (João Pereira, 56 m) e Simão (Alex, 25 m); Fehér.

V. GUIMARÃES – Miguel; Bruno Alves, Marco e Rogério Matias (Fangueiro, 58 m); Bessa, Rui Ferreira, Flávio Meireles (Rafael, 70 m), Hugo Cunha e Rubens Júnior (Djurdjevic, 38 m); Nuno Assis e Guga.

Disciplina: cartão vermelho a Guga (43 m); cartão amarelo a Bruno Alves (72 m), Ricardo Rocha (88 m)

Marcadores: 1-0, por Zahovic (44 m); 2-0, por Fehér (80 m).