Benfica vence Gil Vicente (2-1) mas não convence

Submetida por K_POBORSKY em
O jogo marcava a despedida do Jamor e coube ao Gil Vicente ser o clube visitante dos «encarnados». Ao contrário do que se esperava - ou talvez não - as bancadas do Estádio Nacional estiveram despidas, muito graças, também, ao estado do tempo que prometia chuva para todo o dia, facto este que não se veio a verificar. Jogou-se então a 8.ª Jornada da SuperLiga e com algumas novidades no «onze» orientado por Camacho.

Fehér ficou de fora dos convocados por lesão e Alex regressou á titularidade, remetendo Geovanni para o banco de suplentes. Na turma de Camacho registou-se ainda a inclusão de Armando na esquerda, fazendo com que Argel e Hélder fizessem dupla ao centro, ficando Ricardo Rocha, também, de fora do «onze» inicial.

1.ª Parte: Gil Vicente atrevido intimidou um Benfica sem garra...

Com Moreira na baliza; Miguel, Argel, Hélder, Armando na defesa; Alex, Petit, Tiago, Simão Sabrosa no meio-campo e com Nuno Gomes e Sokota na frente de ataque, a equipa da Luz entrou algo nervosa em campo, mas ainda assim coube aos da casa o primeiro lançe de ataque, por intermédio de Simão, mas não estava nenhum companheiro na área. No entanto aos 8 minutos de jogo já se gritava golo no Jamor, mas o remate forte de Petit foi interceptado por um gilista que cortou para canto.

O Gil Vicente apostava então no contra-ataque para responder aos lançes ofensivos das águias, mas nem sempre com êxito. Começava então o recurso ás faltas e aos 11 minutos, após a marcação de um livre directo, Simão Sabrosa obrigou Paulo Jorge a efectuar a primeira defesa da noite, para canto. A turma de Mário Reis estava toda no interior da sua área.

Só 8 minutos mais tarde, o Gil Vicente criou perigo, mas Moreira estava atento. O guarda-redes «encarnado» recuperou a bola e colocou de imediato para o contra-ataque de Alex que colocou na área, para Nuno Gomes, mas o avançado benfiquista, não chegou a tempo de colocaro pé na bola. As faltas sucediam-se até que á passagem do minuto 25, é reclamado um penalti a favor dos «encarnados», que não foi assinalado - e mal - por Paulo Pereira, árbitro da partida.

O jogo prosseguiu e no minuto seguinte, Alex tinha tudo para fazer o golo, em zona frontal á baliza de Paulo Jorge, mas rematou para fora. O jovem jogador, não entrou da melhor forma na partida e os adeptos começavam a desesperar. Contudo, o golo do Benfica viria a surgir pouco depois, por intermédio de Sokota. O centro foi de Alex, sobre a direita, para o coração da área, onde Nuno Gomes é agarrado, mas ainda assim, estava lá Sokota para a cobrança e apontar assim o primeiro golo da noite. Estava feito o 1-0 no Jamor, para descanso dos adeptos da turma da Luz.

Mas o descanso, esse, foi por pouco tempo, já que aos 31 minutos, o Gil Vicente voltaria a restabelecer a igualdade. Até ao intervalo destaque para alguns lançes do Gil Vicente que subia a sua moral e tentava surpreender os «encarnados». Moreira foi mesmo chamado a intervir e foi mesmo obrigado a fazer, a defesa da noite.Para os egundo tempo, esperava-se um Benfica com mais garra e mais objectivo. Petit realizou um bom periodo de jogo, mostrando estar a subir de forma, mas Alex não terá entrado muito bem na partida e Caamcho certamente iria falar com os seus jogadores nos balneários, a fim de resolver alguns erros cometidos.

2.ª Parte: Simão tentou explicar como era fácil

Para o segundo tempo, Camacho não efectuou alterações e ao contrário do primeiro tempo, Alex entrou bem na partida e foi um dos jogadores em evidência no segundo tempo. O Benfica entrou com outra atitude no segundo tempo e logo no reatar da partida Nuno Gomes, numa jogada ofensiva, coloca a bola em Tiago, que remata forte, mas para a defesa do imparável Paulo Jorge.

O Benfica tomava então conta do jogo e aos 5 minutos de novo uma excelente jogada dos «encarnados», desta feita, por intermédio de Simão Sabrosa, Nuno Gomes e Alex que entra na área gilista, mas sem sorte, não consegue executar o remate. Se Camacho não efectuou alterações ao intervalo, será porque entendeu que não era necessário, mas aos 8 minutos já Roger e Geovanni faziam exercícios de aquecimento.

Foram precisos então 19 minutos para que o Benfica estivesse de novo em vantagem, e desta feita, por intermédio de Simão Sabrosa que aproveitou da melhor forma a confusão na área gilista. O centro foi executado, uma vez mais por Alex, Nuno Gomes cabeceia para defesa incompleta de Paulo Jorge, e dentro da área, Sokota coloca a bola a jeito do camisola 20, que não perduou e facturou o 2-1 para a equipa da águia.

Estando em vantagem no marcador, a equipa da casa baixou um pouco o seu rendimento e Camacho tentava dar outro ânimo á equipa, colocando em campo de uma assentada, Roger e Geovanni, fazendo saír Alex e Sokota. O público aplaudia os jogadores. Mas era o Gil Vicente que ganhava vivacidade na partida, desta feita, aproveitando uma falta cometida por Petit á entrada da área. No contra-ataque o Benfica criou perigo por Simão, mas desta feita, a pontaria de Sabrosa não foi a melhor.

Roger pouco trazia de novo a um Benfica desejoso de jogar no novo estádio. Até ao final da partida, pouco mais a acrescentar, pois o jogo tornou-se monótono e só mesmo nos 5 minutos extras, voltou a ter ritmo, quando o Gil Vicente tentava repetir a façanha criada em Alvalade. Ainda assim, os últimos lançes de perigo, foram por parte do benfica que através de um canto apontado por Geovanni, Nuno Gomes não marca por centímetros. O árbitro Paulo Pereira iria dar de seguida, por terminada a partida. O Benfica venceu na despedida do Jamor, mas não convenceu os poucos adeptos que se deslocaram ao complexo desportivo do vale do Jamor.

Simão acabou por ser o jogador em evidência. O próximo jogo será já no novo estádio e frente ao Nacional de Montevideo, numa partida que marcará a inauguração oficial da nova «casa» benfiquista.

Reportagem no Jamor de: Rafael Santos