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O Jogo Online
A perder por 9 pontos ao intervalo, o Benfica regressou das cabinas com uma alma nova e acabou por derrotar, muito justamente, o Barreirense, com Brown a marcar 38 pontos e a recuperar a confiança. Até deu para Mário Gomes conceder tempo de jogo a todos os jovens e o único que não marcou pontos foi Miguel Lisboa.
O Benfica venceu, ontem, o Barreirense, por números próprios da NBA (107-95), num pavilhão da Luz bem composto de adeptos que nunca deixaram de apoiar a equipa, mesmo nos momentos de "maré baixa".
E foram muitos os momentos de "maré baixa", nomeadamente ao longo da primeira parte, período que o Barreirense dominou, sob a batuta de Diogo Carreira (15 pontos nos primeiros 20 minutos) e Alexey Carvalho (12 pontos). A turma da Luz esteve a perder por 12 pontos (28-40), após um início em que chegou a liderar até aos 17-14.
A equipa de Francisco Cabrita estava folgada de faltas e parecia que os ventos lhe poderiam ser favoráveis, pese embora os "balões de oxigénio" insuflados nas "águias" por alguns triplos bem medidos ou espectaculares afundanços de Howard Brown (cinco nos 40 minutos, o primeiro de costas, aos 11-7).
No segundo tempo, tudo mudou. O Benfica subiu de rendimento e começou a evidenciar francos sinais de recuperação a meio do terceiro período (53-58, após cesto de Mark Dean). O Barreirense tremeu e deixou-se ultrapassar pela primeira vez aos 63-62. A experiência de Laverne Evans (muito sereno) não deu para tudo, principalmente porque Alexey Carvalho baixara drasticamente de produção e os "encarnados" tinham em Brown e Juan Barros duas unidades determinadas. Aos 86-77 os nervos tomaram conta de Nixon, que se viu desqualificado, e a partir daí a balança pendeu nitidamente para o Benfica, apesar do Barreirense se ter batido com muita dignidade, jogando até ao último segundo.
A principal diferença entre as duas equipas esteve na "alma" com que o Benfica encarou a partida. E agora Mário Gomes "só" pede um substituto para o lesionado Vullin.