Fonte
www.record.pt
Anderson Lima nunca foi prioridade, nem sequer hipótese, para reforçar o Benfica em Janeiro. Mas dadas as características interessantes do atleta brasileiro, o seu nome até pode estar em cima da mesa na altura em que José Antonio Camacho, Luís Filipe Vieira e António Simões decidirem as contratações e dispensas da equipa durante a reabertura do mercado de Janeiro.
Ao jogador ou aos seus representantes ainda não chegaram propostas da Luz, como podem até não vir a chegar. O próprio Anderson Lima e Raul Nassar, seu empresário, negaram ontem a Record a existência de contactos entre as partes mas reafirmaram o enorme interesse em viajar para Lisboa. "Não há nada de novo, continuo a aguardar. Mas seria muito importante para mim ser campeão pelo Benfica já este ano", disse o lateral. "A partir do momento em que o clube português apresente uma proposta formal passa de imediato a ser prioritário para nós. Seria fantástico para o Anderson actuar na Europa e logo em Portugal", acrescentou o agente.
Camacho e o próprio Benfica definiram como política de contratações nomes que estivessem muito bem referenciados para não haver dúvidas quanto ao seu valor. Ora, Anderson Lima é praticamente um desconhecido para o espanhol e para os dirigentes encarnados.
Só que o perfil do jogador e o interesse desmedido que revela em assinar pelo Benfica podem despertar a atenção da SAD e da equipa técnica. Afinal de contas, Anderson Lima tem tudo para agradar: é experiente (tem 29 anos, já jogou em três grandes clubes brasileiros e em todas as selecções jovens do País pentacampeão mundial); é polivalente (lateral-direito de origem, pode actuar também como médio-ala ou até extremo, dependendo do sistema de jogo preferido pelo técnico); é goleador (marcou 12 tentos ao longo de todo o ano, muitos deles através de "penalties" e livres directos); é barato (termina contrato a 3 de Fevereiro de 2003 e não terá, certamente, um salário incomportável para a tesouraria benfiquista).
Razões suficientes para fazer do jogador do Grêmio, pelo menos, uma opção a ter em conta no momento em que os responsáveis benfiquistas analisarem as possibilidades de reforços para a segunda metade da temporada.
"Não há nada de oficial mas só o facto de se falar no assunto é bom. Seria óptimo para mim entrar no futebol europeu nesta altura e logo pela porta de um País como Portugal, cuja adaptação é tão fácil, e de um clube com o prestígio do Benfica", rematou o jogador.