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O Benfica poderá rendibilizar, em Dezembro, o investimento feito, há dois anos, em André. Em finais de 2000, os encarnados desembolsaram dois milhões de euros por metade do passe do jogador, que de esperança não confirmada em Portugal já se transformou num caso sério do futebol brasileiro.
André é o melhor marcador do Brasileirão, com sete golos em oito jogos, e já desperta a cobiça dos principais clubes do país irmão. Depois de se ter afirmado como o principal artilheiro do campeonato baiano, o ponta-de-lança confirmou as credenciais na prova mais importante da terra natal. "Está tudo a correr-me de feição e, claro, sinto-me muito satisfeito com a minha produção até ao momento. Marquei sete golos em oito jogos, o que dá uma média de quase um tento por cada partida disputada. Julgo ter condições para ser o melhor marcador da prova, apesar da concorrência de jogadores como Romário, Kléber e Dodô, e do facto de alinhar numa equipa que não está muito bem posicionada na tabela classificativa", diz o jogador.
O empréstimo ao Vitória termina em Dezembro, mas os baianos não têm qualquer cláusula de opção para exercer sobre o jogador. O Benfica, caso não pretenda o regresso de André, tem boas possibilidades para negociar o respectivo passe por uma soma substancialmente mais elevada do que aquela que pagou ao Atlético Mineiro.
O clube de Belo Horizonte, na qualidade de detentor de 50 por cento do passe do jogador, continua a ter direito a metade da verba apurada numa futura transferência. Contudo, serão sempre os encarnados a decidir o futuro profissional do jogador. "Se o Benfica não pretender o meu regresso, terá de negociar com os interessados. Mas será sempre o clube português a conduzir o processo", referiu-nos ontem André, quando se encontrava no estágio de preparação para o encontro de hoje, em Salvador, com o Internacional de Porto Alegre.