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O Jogo
O Benfica entregou ontem a sua candidatura na Liga de Clubes de Basquetebol, tendo em vista a participação da equipa profissional no Campeonato do próximo ano. João Salgado, vice-presidente encarnado, confirmou a O JOGO esta candidatura, afirmando, no entanto, que "o futuro da modalidade estará nas mãos dos sócios, que irão decidir o futuro em Assembleia Geral", adiantando que "não podíamos deixar de apresentar a candidatura, já que o prazo expira já no dia 31 (hoje)". E, de facto, o dia 31 seria o prazo limite estipulado pela LCB para a apresentação das candidaturas, mas uma vez que o dia coincide com um sábado, segunda-feira, dia 2 de Junho acaba por ser o dia final. No entanto, a LCB pode "alargar" este prazo, denominado como processo extraordinário, e que a acontecer permitirá que algum clube interessado apresente a candidatura após este prazo, caso não estejam preenchidas as 16 vagas disponíveis. Ou seja, os encarnados enviaram a candidatura, mas, como afirmou o responsável encarnado, "vamos ver", questionado sobre as condições de suporte da equipa profissional em termos financeiros, já que depois da demissão da Comissão Instaladora e da não viabilização da SAD para o basquetebol, deixou de haver uma organização que assegurasse o futuro da modalidade. "É uma fuga para a frente" Fernando Tavares, antigo elemento da Comissão Instaladora, considera esta candidatura "uma fuga para a frente e de total irresponsabilidade da Direcção do Benfica", questionando-se sobre "com que estrutura, treinadores e jogadores é que vão conseguir formar a equipa". Tavares vai mais longe e afirma que "tudo isto é só para adiar uma situação quase inevitável e que é fruto de irresponsabilidade ou falta de seriedade", reafirmando que "apresentámos um projecto sólido, de grande dimensão e que daria receitas na ordem dos 400/450 mil euros por ano, num período de cinco, bastando para isso que transferissem os 260 mil euros relativos à quotização a que tínhamos direito". Sobre uma possibilidade de a CI voltar a assumir funções, Fernando Tavares afirma que "dependia de quem fizesse e quais as garantias que nos dessem, porque já nos pediram duas vezes, mas não estou disponível para trabalhar com esta direcção". Tavares alonga este ponto, afirmando que "fomos enganados".