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Resumo:
A vitória do FC Porto frente ao Benfica lá chegou, mas foi tarde de mais. Depois de perder duas eliminatórias nas Taças frente aos “encarnados”, o 2-1 em casa, no último jogo do campeonato, foi apenas um pequeno consolo numa época condenada a ser esquecida.
O 160.º clássico entre FC Porto e Benfica não teve o impacto que se pensava que teria no início da época. O Benfica já entrou no estádio do Dragão como campeão e sem grande parte do seu elenco principal, em virtude da final da Liga Europa (14 de Maio), enquanto do lado do FC Porto, em terceiro lugar e a fazer uma “época de pesadelo”, a motivação era um bem escasso.
FC Porto
Fabiano, Diego Reyes, Maicon, Alex Sandro, Danilo, Mikel Agu, Héctor Herrera (Juan Quintero, 62), Defour (Josué, 71), Ricardo Pereira, Ricardo Quaresma (Kelvin, 79), Jackson Martinez
Benfica
Paulo Lopes, Steven Vitória, João Cancelo (Victor Nilsson-Lindelöf, 66), Jardel, André Almeida, Ivan Cavaleiro (Lazar Markovic, 60), André Gomes, Salvio, Enzo Pérez, Filip Djuricic (Bernardo Silva, 82), Rogelio Funes Mori
Árbitro
Rui Manuel Gomes Costa
10.05.2014 18:00 SPORT TV 1 | SPORT TV 1 HD
Ainda assim, foram mesmo os “dragões” que começaram melhor. E muito melhor. Logo aos 2’, um arranque sensacional de Danilo anunciou a entrada de uma equipa cheia de gás, à procura de um pouco de redenção. Ricardo aproveitou-se das sobras do remate de Quaresma, fez a bola passar bastante perto da baliza e foi protagonista do primeiro remate com perigo da partida.
A aproveitar o bom momento da equipa, o FC Porto foi para a frente. Danilo deu a bola para Ricardo, que conseguiu girar à entrada da área e rematar ao canto esquerdo da baliza “encarnada”. Sem hipóteses de chegar à bola, Paulo Lopes assistiu à explosão dos adeptos da casa.
Positivo/Negativo
Ricardo
Para além de ter protagonizado dribles excepcionais no flanco direito, o jovem de 20 anos foi importantíssimo para a equipa portista, fosse na abertura do marcador ou a gerar outras jogadas de perigo. Substituiu Varela e foi o grande destaque do jogo no Dragão.
Djuricic
Um dos poucos jogadores do Benfica que fizeram a diferença no jogo. A criar a oportunidade de maior perigo — para além do golo — e a fazer belos passes, foi uma das referências da equipa, especialmente na segunda parte, quando ganhou mais protagonismo.
Quaresma
Por muito que se pensasse que este seria o Ricardo do jogo, tal não aconteceu. Quaresma tentou driblar e falhou várias vezes, e mostrou-se incrivelmente apático. Algo que deve ter contribuído para a sua substituição, ao minuto 79.
Quanto mais a equipa crescia no jogo, mais as claques “azuis e brancas” entoavam o nome do clube. O clímax chegou no minuto 9 quando, após um cruzamento de trivela de Danilo, Jackson Martínez rematou de calcanhar e protagonizou um dos momentos de maior frisson da partida.
A pressão do FC Porto, e a festa dos adeptos, só esfriou aos 23’, quando Diego Reyes fez uma falta sobre Salvio dentro da grande área, foi punido com um amarelo e ofereceu de bandeja a primeira oportunidade de golo ao Benfica, que dispunha de uma grande penalidade sem nada de relevante ter feito no ataque até então. Com toda a sua experiência, Enzo Pérez não perdeu a oportunidade, bateu colocado ao canto esquerdo e igualou o marcador em pleno Dragão.
Com o empate, veio o equilíbrio. Ricardo, que substituiu Varela no “onze” inicial, mostrou habilidade ao desmontar a lateral esquerda da formação de Jorge Jesus (30’), a cargo de André Almeida. Já no minuto seguinte, foi a vez de Salvio tirar a bola a Alex Sandro e servir Funes Mori, que fechou a jogada com um remate desastrado por cima da baliza.
No momento em que o Benfica parecia estar a inverter a tendência do jogo, um novo penálti voltava a mudar o rumo dos acontecimentos. Rui Costa assinalou uma falta de André Almeida sobre Jackson no interior da área e o colombiano assumiu a responsabilidade de bater o penálti. Acertou no ângulo esquerdo de Paulo Lopes e elevou para 20 o total de golos no campeonato, confirmando um estatuto que o dia de hoje só deverá confirmar: o de melhor marcador da Liga 2013-14.
No início da segunda parte, o Benfica entrou mais atrevido e a circular melhor a bola. E o relógio marcava apenas 47’ quando surgiu o lance de maior perigo do segundo tempo: numa evidente falha de comunicação entre Maicon e Fabiano, Djuricic intrometeu-se e rematou à trave. Funes Mori ainda tentou a recarga, mas não acertou bem na bola.
De então em diante, pouco mais se viu do que alguns bons apontamentos de Djuricic, muito equilíbrio a meio-campo e uma boa oportunidade para Quintero ampliar a vantagem, já perto do final. Nessa altura, já tinha entrado no Benfica o sueco Lindelof para, juntamente com João Cancelo, Steven Vitória e Bernardo Silva, também ele se sagrar campeão nacional.
O FC Porto parecia satisfeito com o 2-1, a vitória possível sobre o Benfica possível para fechar o campeonato no terceiro lugar, a 13 pontos de distância do rival.
texto sapo.pt