Benfica vai reactivar ciclismo em 2005

O Benfica vai mesmo reactivar a secção de ciclismo, ainda que, por razões estratégicas, só em Janeiro de 2005 disponha de uma equipa profissional a competir nos calendários nacional e internacional. A garantia foi hoje assumida pelo vice-presidente para as modalidades, Fernando Tavares, e pelo parceiro na organização do sector e director-geral da Veloprof, Natalino Lopes, no decurso de uma conferência de imprensa agendada para o efeito e que decorreu num restaurante da Costa de Caparica. Um milhão e meio de euros (300 mil contos) é, segundo o dirigente «encarnado», a verba tida como a ideal para o relançamento do ciclismo profissional do Benfica: «Algum realismo faz-nos apontar para um orçamento entre um milhão (200 mil contos) e 1,25 milhões de euros (250 mil contos)», acrescentou. O «vice» do Benfica garantiu, também, que «as dívidas reconhecidas pelo clube relativamente a ex-atletas e ex-técnicos serão liquidadas atempadamente», garantindo mesmo que «o ciclismo no clube não irá para a estrada sem que esse problema esteja devidamente arrumado, até porque se trata de uma questão de honra assumida pelos actuais dirigentes». «A marca Benfica vai ser desenvolvida de modo a dela retirarmos as garantias financeiras que assegurarão o futuro da modalidade no clube», acrescentou Fernando Tavares, que recusou qualquer hipótese de «o ciclismo vir a contar com qualquer verba da quotização dos associados». Nuno Sabido, o técnico contratado para orientar a futura equipa da Luz, deu conta de que «vão realizar-se em Março, Maio e Setembro próximos diversas provas de BTT, bem como outras iniciativas dirigidas a amadores (Março e Julho) e profissionais (Março), tendo todas elas como ponto comum o facto de se concluírem junto ao novo estádio do clube». O treinador «encarnado» encerrou o encontro com a comunicação social com a garantia de que «o Benfica vai ter uma equipa muito competitiva, com um máximo de 16 e um mínimo de 12 ciclistas, tendo havido já diversos contactos com atletas nacionais e estrangeiros, mas apenas simples abordagens, já que nesta altura nem poderia ser de outra maneira», sublinhando ainda que a participação no Tour «será ponto de honra neste processo».