Bossio regressa ao plantel

Bossio, o argentino que chegou ao clube pelas mãos do treinador Jupp Heynckes e – ficou provado mais tarde – com passaporte comunitário irregular, volta a fazer parte do plantel benfiquista. O guarda-redes começa a treinar-se hoje e passa a ser o terceiro guardião do grupo, do qual fazem parte José Moreira e Nuno Santos. Ocasionalmente um quarto elemento aparecerá a trabalhar com o plantel principal, que deverá ser Francisco Ramos, o jovem que participou no estágio de pré-época realizado em Nyon, na Suíça. Como não poderia deixar de ser, depois de ter ficado provado que o seu estatuto de comunitário era ilegal, Bossio foi inscrito na Liga e na Federação Portuguesa de Futebol como atleta extra-comunitário. Contactado por A BOLA, o jogador não quis falar, esclarecendo apenas que ainda não sabe qual será o número da sua camisola. As únicas indicações que recebeu foram no sentido de se apresentar hoje, de manhã, no Estádio da Luz. Rescisão deu em promoção Bossio termina contrato com o Benfica no final desta temporada e tem, agora, uma oportunidade de terminar a sua passagem por Portugal de uma forma mais digna do que se supunha que pudesse acontecer. A ilegalidade do passaporte do guarda-redes levou os responsáveis benfiquistas a considerarem a rescisão de contrato, mas o custo do passe do atleta (perto de 2,5 milhões de euros) e a falta de entendimento entre as partes dificultaram as negociações. Bossio esteve na Argentina a procurar clube mas o seu ordenado, cerca de 40 mil euros por mês, tornou impossível a colocação. Na medida em que o Benfica tem apenas dois guarda-redes com experiência de I Liga, Bossio, apesar de ser considerado estrangeiro, acaba por ser uma solução que traz benefícios para o clube e também para o jogador.