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O DEFESA Marco Caneira e o director de Comunicação do Benfica, João Malheiro, foram punidos pela Comissão Disciplinar da Liga de Clubes. O castigo do jogador, de uma partida de suspensão, refere-se à expulsão no encontro com o Santa Clara e não merecerá qualquer contestação por parte dos responsáveis do clube. O do dirigente será alvo de análise do departamento jurídico dos encarnados.
O Benfica decidiu, assim, não solicitar a despenalização do defesa, que averbou dois cartões amarelos frente aos açorianos. Os dirigentes do clube da Luz entenderam existir poucas possibilidades de esse protesto ser bem sucedido, pelo que Caneira estará ausente do encontro de sábado, frente ao Paços de Ferreira.
Entretanto, os encarnados já receberam a notificação da Comissão Disciplinar da Liga relativo ao castigo a JoãoMalheiro, cujo processo estava em apreciação há vários meses. O director de Comunicação do Benfica foi punido com 30 dias de suspensão e uma multa de 200 mil escudos.
Aquele órgão decidiu-se pela aplicação da pena mínima ao dirigente do Benfica, em virtude das declarações por este produzidas após o jogo com o Varzim, da jornada inaugural do Campeonato da I Liga. Os resultados práticos deste castigo são, contudo, quase nulos. Em princípio, o nome de João Malheiro apenas deixará de constar da ficha oficial dos próximos jogos do clube da Luz.
Refira-se, por último, que João Manuel Pinto foi multado em 15 mil escudos, devido ao cartão amarelo averbado na partida com os açorianos.
"Roubo" foi a acusação mais forte
As palavras que motivaram a suspensão de João Malheiro foram ditas nos dias seguintes ao jogo Benfica-Varzim, que abriu o campeonato da I Liga. O director de comunicação utilizou expressões como “roubo” ou “farsa” para definir o trabalho do árbitro Isidoro Rodrigues e pediu aos associados encarnados para “fiscalizarem” a actuação do juiz do jogo da segunda jornada.
“Todo o futebol profissional do Benfica vive uma situação muito próxima de um autêntico estado de choque com o que se passou na primeira ronda, na Póvoa. Foi uma autêntica farsa, foi um roubo”, disse, na altura, João Malheiro.
E prosseguiu, acentuando a tese da fiscalização, no mesmo tom: “Apelo para que 70 a 80 mil pessoas estejam na Luz, no encontro com o Salgueiros não só para assistirmos ao que esperamos seja uma vitória do Benfica, mas também para fiscalizar – repito, fiscalizar – o trabalho da equipa de arbitragem, qualquer que ele seja”.
Os benfiquistas queixavam-se sobretudo de um alegado “penalty” sobre Mantorras e da permissividade do árbitro na análise a lances com o angolano.