Carlos Morais é reforço do Basquetebol

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Internacional angolano Carlos Morais é reforço do Basquetebol para as próximas duas épocas.

 

Carlos Morais, base/extremo angolano, capitão da sua seleção e com várias distinções individuais na sua carreira, é reforço para a equipa de Basquetebol do SL Benfica para as próximas duas épocas.

 

Eleito o jogador mais valioso do Campeonato Africano em 2013, foi igualmente distinguido como desportista do ano no mesmo ano.

Com 30 anos (16/10/1985), o atleta chega à Luz oriundo do Libolo, onde foi o melhor marcador dos play-off do Campeonato Angolano da última época. A sua equipa foi à final, mas perdeu a mesma com o 1.º de Agosto.

 

Carlos Morais foi apresentado este sábado, em Conferência de Imprensa, e a ambição, bem como o orgulho em representar o seu Clube de coração, foram o mote.

 

“É uma honra poder fazer parte do Benfica! É um Clube que dispensa qualquer apresentação, uma equipa com um historial enorme e que todo o Mundo conhece. Para além de eu gostar muito do projeto que o Benfica me apresentou para esta época e a época seguinte, sou benfiquista desde que me conheço como pessoa e vir para cá é como se fosse a cereja no topo do bolo. Estou muito feliz por estar aqui e em poder fazer parte deste grande projecto. Estou em crer que juntos podemos fazer coisas muito boas”, começou por dizer à Comunicação Social presente.

 

Olhando para a sua carreira até então, o atleta é taxativo: “A minha carreira tem sido boa, com alguns altos e baixos, o que é normal na vida de um atleta. Tenho coisas de que me orgulho muito, tenho coisas que, apesar de não ter conseguido alcançar o objectivo desejado, também me orgulho porque olho para elas como grandes ensinamentos que vou levar para a minha vida”.

 

Quais os motivos que o levaram a assinar pelo Benfica?

 

“Sou uma pessoa muito ambiciosa nos diferentes campos da vida, quer como desportista, quer como pessoa. Tento sempre melhorar todos os dias e vir para o Benfica, vir para um Campeonato diferente, para uma experiência nova na minha vida, onde acredito que as dificuldades vão aparecer, é uma oportunidade que tenho para crescer ainda mais como um desportista e como homem. Falando em aspectos técnicos, felizmente tenho uma reputação a defender, pois consegui escrever o meu nome em Angola e em África e, estando agora em Portugal, na Europa, vou querer continuar, trabalhando sempre mais para superar-me todos os dias e tornar-me um jogador melhor”, explicou.

 

“O campeonato angolano é muito competitivo, o jogo é muito mais físico que o campeonato português, a pressão também é muito grande, quer por parte dos adeptos, quer por parte das pessoas envolvidas na modalidade. Por aquilo que pude ver até hoje do Basquetebol português é diferente, por isso será uma experiência nova, diferente, mas eu gosto de experiências novas, gosto de desafios e será um desafio interessante, principalmente porque o Benfica tem um projeto muito bom, com condições suficientes para permitir sonhar com novos voos”, analisou, comparando os dois campeonatos.

 

O SL Benfica joga este ano a eliminatória da Liga dos Campeões, e isso também teve um peso na decisão do atleta.

 

“Sem dúvida! O Benfica joga numa montra muito interessante para mim. Já joguei contra muitas equipas ao nível do Mundo, a seleção angolana permitiu-me isso, com o meu clube anterior também passámos por vários países para estagiar e trocar experiências dentro de campo. O Benfica, jogando competições europeias, para mim é muito interessante porque vou poder continuar a manter este contato com o basquetebol europeu o que é muito importante na minha carreira e certamente também pesou nas contas finais para que eu viesse no Benfica”, disse.

 

Que características tem como jogador?

 

“Faço tudo um bocadinho daquilo que me compete. Sou um jogador da posição 2, sou um jogador de equipa, algumas pessoas caracterizam-me como um jogador mais forte ofensivamente mais tento sempre contrariar isso, tento sempre mostrar que posso fazer um bocado mais, ajudar os meus colegas no balneário, ajudar os meus colegas quando estou no banco, dar tudo em prol da equipa”, atirou.

 

Carlos Morais revelou humildade e ambição nesta nova etapa e afirmou que gostaria de deixar marca no Benfica, ”honrar e dignificar”, tal como os compatriotas Jean Jacques e José Carlos Guimarães, antigos basquetebolistas que marcaram a década de 90 – Jean Jacques chegou no final dos anos 80 - do Basquetebol “encarnado”.

 

“Não sou nenhum herói, mas vou dar tudo para ajudar a equipa e o Benfica a ganhar títulos”, concluiu.

 

“Reforçar a equipa com atletas competentes”

 

 

Domingos Almeida Lima marcou presença na Conferência de Imprensa e explicou os motivos que levaram à contratação do jogador.

 

 

“Começo por dizer que a nossa preocupação para esta época tem por base a recuperação de um grande objectivo do Sport Lisboa e Benfica que é o Campeonato Nacional. Com base nessa preocupação, obviamente que tentámos e tentaremos sempre organizar e construir um grupo que nos garanta que estamos próximos de atingir esse objetivo. Dentro dessa busca, procurámos os atletas que nos ofereciam garantias e o Carlos Morais é um desses atletas”, começou por dizer o vice-presidente, acrescentando que “não foi fácil trazer” o atleta do Basquetebol angolano para a Europa, “tendo em consideração também que não cometemos loucuras”, portanto, “foi um trabalho muito bem feito e agradeço ao atleta e aos seus representantes o facto de terem permitido chegar a um ponto que, à partida, poderia parecer impossível de chegar”, explicou.

 

 

“O objetivo é, de facto, reforçar a equipa e o grupo com atletas competentes e o Carlos é um deles e ao mais alto nível”, concluiu Domingos Almeida Lima.