FCP e SCP com suspeitas de enorme gravidade
Ministério Público abre inquérito a pressões e ameaças sobre os árbitros.
Tendo hoje tomado conhecimento através da notícia do Jornal “SOL” da abertura de um inquérito por parte do Ministério Público sobre as eventuais ameaças, contactos diretos e pressões do FCP e SCP a árbitros e outros agentes desportivos, que se revestem de enorme gravidade, o Sport Lisboa e Benfica está seguro de que haverá uma rigorosa e exigente investigação e apuramento dos factos por parte das entidades competentes tanto no âmbito criminal como desportivo.
Na realidade, desde a invasão do centro de treinos da Maia, de forma mais ou menos explícita, as ameaças e coações têm sido do conhecimento publico, com destaque para a forma sistemática como dirigentes do FCP têm colocado em causa a honorabilidade das equipas de arbitragem, como também pelas ameaças públicas de diversos membros dos grupos organizados de adeptos do FCP que através do uso das suas redes sociais visam árbitros e suas famílias.
Não deixa de ser também preocupante verificarmos que, pelos indícios descritos, também o SCP, através de vários dos seus responsáveis, tenha estendido a sua pretensa aliança à prática das mesmas formas de coação e pressão que culminou na contratação de um ex-árbitro e observador para a sua estrutura com funções difíceis de enquadrar e entender.
Recorde-se que oportunamente, o Presidente da FPF ouvido em audição na Assembleia da República denunciou e deixou provas de algumas dessas ameaças, intimidações e pressões sobre as equipas de arbitragem e seus familiares, factos também publicamente assumidos pelo Presidente da APAF. E uma simples questão impõe-se, mas afinal quem as faz?
Quem tem procurado condicionar dessa forma a atuação das equipas de arbitragem e deturpar a verdade desportiva?
FCP e SCP, depois da prática de diversos crimes de divulgação e promoção de correspondência privada, têm agora acrescidas suspeitas de outro tipo de condutas que personificam um regresso a um passado de triste memória, numa reincidência intolerável que exige das entidades competentes uma minuciosa e eficaz investigação.
Lisboa, 23 de dezembro de 2017