Defesa sólida como betão

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O Benfica tem demonstrado uma grande solidez defensiva nesta pré-temporada pois não sofreu qualquer golo nos quatro encontros já disputados. Ao todo, os encarnados levam já 360 minutos sem consentir tentos aos adversários. Até agora apenas Luís Filipe e Rui Jorge bateram Moreira e só no desempate por "penalties". Depois das experiências feitas nos dois primeiros jogos (Etoile Carouge e Auxerre) em que trocou de equipa ao intervalo, Jesualdo Ferreira deixou claro nos dois encontros seguintes (Inter de Milão e Sporting) a constituição da defesa titular para atacar o campeonato da I Liga. Assim, Moreira terá à sua frente um quarteto formado, da direita para a esquerda, por Armando, Argel, João Manuel Pinto e Cristiano. Estes cinco jogadores foram os principais responsáveis pela boa prestação defensiva dos encarnados uma vez que são os que contabilizam mais minutos de utilização. Nesse particular, o sub-capitão João Manuel Pinto lidera com 270 minutos, seguido por Moreira (261) e Argel (246). Quanto aos laterais, Armando e Cristiano têm uma curta vantagem sobre Éder e Cabral que prometem lutar por um lugar. Além dos nomes já referidos, outros há que também ajudaram a defesa. Geraldo e Nuno Santos, por exemplo, actuaram tempo suficiente para mostrar qualidades. Já Ricardo Rocha, foi infeliz frente ao Auxerre porque lesionou-se 14 minutos depois de entrar e, desde então, não voltou a jogar. Uma palavra final para Ednilson que nesse jogo recuou para líbero limpando algumas jogadas dos franceses. Nem Cissé nem Kallon É certo que os jogos em que a defesa do Benfica se manteve impermeável são de preparação. Mas a equipa tem resistido a avançados fortes: o francês Cissé (Auxerre), o serra-leonês Kallon (Inter) ou o romeno Niculae (Sporting). Agora, falta superar Rodrigo Mendes ou Rodrigo Fabri (Grêmio), Mostovoi, Karpin ou McCarthy (Celta) antes da armada de Madrid – Raúl, Figo, Zidane, Morientes... Opções e polivalência O sector defensivo do Benfica ainda não está definido. Falta formalizar a transferência de Hélder e resolver a questão do terceiro guarda-redes, mas uma coisa está para já garantida: Jesualdo Ferreira terá dois jogadores para cada posição, contando ainda com polivalência entre os elementos ao seu dispor. Na baliza, Moreira prepara-se para ser o nº 1. Nuno Santos é, neste momento, o suplente natural, esperando-se a vinda de um terceiro guardião, que poderá ser Yannick. À frente, Armando e Éder são as opções que o técnico tem para a direita. O ex-bracarense foi contratado a meio da época passada, enquanto o brasileiro tem o seu ponto forte na subida pelo terreno. No centro e com a contratação de Hélder, Jesualdo ficará com cinco elementos para duas posições. A saber: João Pinto, Argel, Hélder, Ricardo Rocha e Geraldo. Os dois primeiros têm sido os preferidos, enquanto Geraldo pode voltar a ser cedido num sector em que a concorrência é grande. Finalmente, no lado esquerdo, Cristiano tem merecido a preferência. O ex-aveirense fez a maior parte dos jogos a titular, mas Cabral não é homem para facilitar. Curioso é o facto de ambos serem polivalentes. O brasileiro faz a posição de central. Cabral, por seu lado, adapta-se com perfeição a lateral-direito. Foi nesse lugar, aliás, que começou por conquistar a titularidade no Benfica.