E depois de Geovanni?

Fonte
www.abola.pt
Com a sua estratégia negocial, o Benfica obrigou ontem o Barcelona a ceder. Camacho consegue ter Geovanni até final da época e o Benfica logrou um negócio em condições altamente vantajosas. Vencem Luís Filipe Vieira e António Simões, que durante alguns dias souberam pressionar o jogador e o clube espanhol. Barcelona cedeu Geovanni vem por empréstimo, chega hoje à tarde a Lisboa e apresenta-se como extremo-direito de grande potencial. O Benfica apenas tem de pagar ao Barcelona 500 mil euros em seis meses (e não em cinco, como inicialmente pediam os espanhóis). E mais: anulou os dois jogos com o Barça previstos no contrato de transferência de Simão. Estava estabelecido que se não realizassem esses dois jogos (com todos os custos suportados pelos encarnados) o Benfica teria de pagar ao Barcelona 400 mil euros (200 mil por cada encontro). Significa que o empréstimo de Geovanni sai ao Benfica por 100 mil euros. É só fazer contas. É o Barcelona, de resto, que recebendo o dinheiro do Benfica paga, depois, o salário integral de Geovanni. Os encarnados garantiram ainda o direito de opção na eventual aquisição definitiva do jogador brasileiro por metade do valor que o Barça pagou por ele. Ou seja: 10 milhões de euros (dois milhões de contos). Juanfran, Sorín ou Helveg Enquanto acertava com o Barcelona os pormenores do contrato de empréstimo de Geovanni (cujos últimos faxes foram trocados apenas ao final da noite), o Benfica não perdia tempo e continuava o seu trabalho, agora com o objectivo de reforçar o lado esquerdo da equipa. A BOLA sabe que o espanhol Juanfran, do Celta de Vigo, o argentino Juan Pablo Sorín, da Lazio, e o dinamarquês Helveg, do Milan, são três fortes candidatos. Juanfran, lateral-esquerdo do Celta e da selecção espanhola (tendo trabalhado muito com Camacho), será talvez o mais desejado. Foi o próprio treinador do Benfica quem contactou directamente os responsáveis do Celta de Vigo e o seu peso pode ser decisivo para o próprio Juanfran, jogador de qualidade inegável que Camacho, repete-se, bem conhece. Camacho quer um esquerdino. Sorín, outro dos alvos, também o é; internacional argentino, de valor acima de qualquer suspeita, Sorín está numa Lazio em grave crise. Quanto a Thomas Helveg, o mais velho dos três, está igualmente encostado no Milan de Rui Costa. Não é um esquerdino mas joga em qualquer das laterais. Nos próximos dias, Filipe Vieira e António Simões podem apresentar mais um reforço de peso, seguindo, no entanto, a mesma linha estratégica de negociação: conseguir jogadores da qualidade exigida por Camacho em condições financeiras de acordo com a realidade do clube.