O ex-santista Lima foi o artilheiro do Benfica no último Campeonato Português (segundo da competição) com 20 gols em 29 partidas, prova da boa fase que vive em terras lusitanas. Sem espaço para ser chamado na seleção brasileira, ele sinalizou positivamente em fevereiro deste ano que aceitaria um chamado na seleção portuguesa, o que gerou muita polêmica no país. Agora, prefere não falar sobre o assunto.
"Esse é um tema que, para evitar qualquer especulação, não vou comentar. O mais importante neste momento é pensar no Benfica e nos objetivos do clube, desejando toda a felicidade ao professor Scolari neste seu regresso à seleção brasileira. Ser convocado ou convidado será consequência do meu trabalho, mas não é algo que me incomoda", explicou ao UOL Esporte.
A fase titubeante da atual geração de Portugal nas eliminatórias europeias (ainda não está classificado para a Copa do Mundo de 2014), aliado ao bom momento de Lima, fez seu nome ser cogitado para se naturalizar português, repetindo uma fórmula que deu certo com o meia Deco, hoje no Fluminense.
A ideia dividiu opiniões no país, inclusive entre as grandes personalidades do futebol. Um dos maiores jogadores da história de Portugal, o ex-meia Figo se mostrou favorável. Mas o técnico da seleção local, Paulo Bento, foi taxativo ao afirmar que não pede a naturalização de ninguém. Lima, que já se mostrou favorável a virar português, optou por não estender mais o assunto.
Lima teve passagens discretas por clubes brasileiros, dentre eles o Santos, até tentar sua sorte em terras portuguesas, onde conseguiu ser artilheiro nos dois clubes que passou: Belenenses e Benfica, clube em que se tornou uma das principais referências ofensivas do técnico Jorge Jesus.
"Não há uma explicação lógica. Simplesmente as coisas não foram tão bem para mim no Brasil, apesar de alguns bons momentos. Mas felizmente tive a oportunidade de mostrar o meu valor em Portugal. Neste momento só penso em representar o Benfica e ajudar o time a ganhar muitos jogos e títulos", explicou Lima, que ressaltou também a importância do país na sua carreira.
"Faz cinco anos que estou aqui e, felizmente, consegui sempre ir bem, tendo atingido o topo ao representar o Benfica. Toda a minha carreira foi baseada na superação, mesmo quando as coisas não correram bem. Fui sempre teimoso e acreditei em mim e, claro, estou muito agradecido à diretoria do Benfica, que apostou em mim".