Eusébio também é o "rei" do clássico

Submetida por Andris em
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Autor de 25 golos, em 33 jogos, o "rei" Eusébio da Silva Ferreira, falecido no domingo, é o melhor marcador da história dos embates de futebol entre Benfica e FC Porto, em vésperas do 226.º clássico. "É uma grande satisfação ser o melhor marcador, mas não por ser frente ao FC Porto, mas porque marcar golos é a essência do jogo e a alegria do público", disse Eusébio à Lusa, numa entrevista realizada em fevereiro de 2009. Entre 1961/62 e 1973/74, o Pantera Negra só ficou em "branco" em uma de 13 temporadas (1970/71), sendo que também não faturou na época de despedida dos encarnados (1974/75), em que só defrontou uma vez os "azuis e brancos". Eusébio, que venceu 15 jogos e apenas perdeu oito, marcou ao FC Porto em 19 encontros, com a curiosidade de nunca ter conseguido um hat-trick: teve como melhor seis "bis", um deles num triunfo por 3-1 nas Antas, na primeira jornada do campeonato nacional de 1971/72. "Tinha levado seis ou sete pontos e estava com a cabeça ligada. Da linha do fundo, atirei em jeito e a bola entrou, sem que o Rui, o guarda-redes do FC Porto, ou alguém esperasse. Os adeptos do FC Porto bateram palmas", contou à Lusa o "Pantera Negra", na antevisão do FC Porto-Benfica de 8 de fevereiro de 2009 (1-1). Eusébio não marcou qualquer golo nos primeiros três embates com o FC Porto, estreando-se apenas no quarto de 1961/62: a 22 de abril de 1962, para a segunda mão dos "oitavos" da Taça de Portugal, apontou o 2-1, aos 38 minutos. O Benfica ganhou 3-1. Nas oito épocas seguintes, marcou sempre, com destaque para os cinco tentos de 1964/65, três nas duas mãos dos 16 avos de final da Taça de Portugal e dois no campeonato, numa goleada caseira por 4-0, à nona jornada. Curiosamente, foi no embate da segunda mão da Taça que Eusébio foi expulso (ainda não havia cartões vermelhos) pela única vez na carreira, aos 38 minutos, já depois de ter marcado, e, rezam as crónicas da altura, numa decisão injusta do árbitro, no caso o aveirense Porfírio da Silva. Depois de nove épocas consecutivas a marcar ao FC Porto, Eusébio falhou em 1970/71, num duplo confronto em que todo o protagonismo foi de Lemos, que marcou dois golos na Luz (2-2) e logrou um "póquer" em casa, selando em exclusivo a goleada (4-0). O 10 dos encarnados vingou-se na época seguinte, com um "bis" a abrir o campeonato, nas Antas (3-1), e a participação, embora sem golos, na goleada por 6-0, na Luz. Em 1972/73 (um jogo) e 73/74 (três) marcou nos jogos que disputou, sendo que o tento na meia-final da Taça de Portugal de 1973/74, a 2 de junho de 1974, nas Antas, foi o seu derradeiro em clássicos, pois não faturou no único jogo de 1974/75.
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