Fehér jamais será esquecido

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No dia 25 de janeiro de 2004, há precisamente 14 anos, o Benfica viajou até Guimarães para disputar a 19.ª jornada do Campeonato Nacional. O jogo estava a ser transmitido em direto na televisão para todo o país e a equipa encarnada ganhava por 0-1.

Pouco depois do golo, Miklós Fehér, de 24 anos, recebeu um cartão amarelo por ter impedido a reposição da bola em jogo por parte de um jogador do Vitória, respondeu com um sorriso à advertência do árbitro Olegário Benquerença e, quase de imediato, caiu inanimado no relvado. O avançado húngaro sofreu uma paragem cardíaca dentro de campo, acabando por morrer no hospital. A notícia correu o mundo. O mundo do futebol ficava mais pobre.

O corpo de Fehér esteve em câmara ardente no átrio do Estádio da Luz, onde uma multidão de adeptos do Benfica e de outros clubes prestaram a sua homenagem. O funeral foi realizado na sua terra natal, em Gyor, na Hungria.

Em sua memória, o número 29 foi retirado do plantel encarnado - nenhum outro futebolista o poderá vestir - e nesse mesmo ano o Benfica dedicou a Fehér o triunfo na Taça de Portugal (2-1 com o FC Porto de José Mourinho) e colocou um busto do jogador no átrio da porta 18 do Estádio da Luz.

A par disto, o Benfica instituiu o prémio Miklós Fehér, que todos os anos distingue professores e alunos que se notabilizem em diversas áreas na antiga escola do jogador, em Gyor, na Hungria, e que os leva anualmente a Lisboa.

"Sempre recordado e jamais esquecido", escreveu Ricardo Rocha, antigo companheiro de Fehér, na sua conta de Twitter. "Saudades", replicou o ex-colega Nuno Gomes.