Forte arranque de Simão só batido por Mats Magnusson

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Simão Sabrosa está imparável neste início de SuperLiga. Decorridas quatro jornadas, o avançado benfiquista já marcou cinco golos o que lhe vale, para já, a liderança na lista dos melhores marcadores da competição. Um pecúlio interessante para um jogador que não é ponta-de-lança e que tem sido construído graças a uma tremenda eficácia em lances de bola parada. Até agora, Simão marcou em todos os jogos ao concretizar quatro grandes penalidades e ao apontar outro golo de livre directo. Portanto, o jovem é um dos principais responsáveis pelo excelente arranque de campeonato que o Benfica está a realizar e que está a fazer sonhar os adeptos encarnados. Pese já ter dito que não está preocupado em ser o melhor marcador da SuperLiga, nem sequer da equipa, a verdade é que Simão está bem lançado para superar o recorde pessoal de 11 golos estabelecido na época passada. Após a grave lesão sofrida no Portugal-Finlândia na temporada passada, Simão parece claramente apostado em enterrar a tristeza de não ter ido ao Mundial através de um arranque fulgurante e sem paralelo nas últimas épocas da formação da Luz. De facto, nas derradeiras treze épocas ninguém fez melhor que o camisola 20 nas quatro primeiras jornadas do campeonato. É então preciso recuar a 1989/90 para encontrar o sueco Mats Magnusson que entrou a todo o gás ao apontar 11 golos nas quatro primeiras rondas [ver peça ao lado]. Um registo a todos os títulos notávell e difícil de igualar. De tal forma que nunca mais nenhum jogador benfiquista logrou ultrapassar a dezena de golos em tão poucos jogos e logo na fase inicial da temporada. Aquele que se havia aproximado mais antes de Simão fora Pedro Mantorras. Na época transacta, o angolano fechou a quarta ronda com quatro tentos ("hat-trick" ao V. Setúbal e um ao Beira Mar) e acabou mesmo por ser o melhor marcador da equipa, com treze golos. Antes disso vários jogadores haviam chegado à quarta jornada com três remates certeiros. Entre Pierre van Hooijdonk (2000/01) e Rui Águas (90/91 e 93/94), o brasileiro Donizete (96/97) também o conseguiu. Tal como Nuno Gomes (99/00). Dois golos em igual período conseguiram Pacheco, Yuran, João Vieira Pinto – por duas vezes–, Vítor Paneira, Paulo Nunes e Nuno Gomes. A temporada menos produtiva em termos de goleadores foi a de 1995/96 quando o Benfica era treinado por Artur Jorge. Então, na quarta jornada os encarnados somavam já dois empates na Luz (frente ao Salgueiros e V. Guimarães) com escassos três tentos apontados, os quais foram repartidos por João Vieira Pinto, Hassan e Panduru. Agora, tudo é diferente e Simão encabeça o ataque dos encarnados ao título. Mesmo com a contrariedade de não poder dedicar os golos à Mariana. Sueco marca 33 golos mas FC Porto é campeão Mats Magnusson teve um início verdadeiramente demolidor em 1989/90. Devido ao adiamento do jogo da primeira jornada, com o V. Setúbal, os encarnados estrearam-se no campeonato em Guimarães com um empate (1-1). O sueco fez o golo benfiquista, mas foi na Luz que “fez miséria”: quatro golos ao Beira Mar e outros tantos ao Penafiel! Pelo meio, o ponta-de-lança ainda marcou mais dois golos na Madeira, ao Nacional. Contas feitas, 11 golos nos quatro primeiros encontros. No final, o Benfica teve o melhor ataque (76 golos), Magnusson foi o rei dos goleadores (33) e Rui Águas o vice-rei (17). Contudo, o título fugiu para o FC Porto. Uma desilusão que aumentou com a derrota (0-1) na final da Taça dos Campeões Europeus, com o Milan.