história veio no Record de 10 de setembro: Guilherme Pinheiro, administrador da SAD do Sporting, foi afastado por Bruno de Carvalho por estar “impreparado”. Trocado por miúdos, isto foi o que aconteceu: Pinheiro falhou ao tentar trazer Franco Cervi para o Sporting e Bruno de Carvalho não gostou.
Não gostou porque a renovação de contrato com Carrillo não está fácil e é preciso acautelar o futuro. E não gostou porque Franco Cervi acabou contratado pelo Benfica por €4,1 milhões. E o enredo desta negociação ficaria por aqui e seria tudo linear: dois clubes rivais foram à luta e ganhou aquele que melhores condições apresentou ao contratado. Simples.
Não foi o que aconteceu.
O Benfica enviou Paulo Gonçalves, o assessor jurídico, à Argentina para fechar a contratação com o Rosario Central e Franco Cervi. E, enquanto as partes chegavam a acordo, o Sporting tentou refazer-se do falhanço e apresentou uma proposta acima da encarnada: €6 milhões, que podiam ser mais, com comissões não especificadas no documento que aqui reproduzimos, e assinado por Rui Caeiro, diretor financeiro de Alvalade.
Segundo o Expresso apurou, o Sporting ainda despachou uma delegação encabeçada por Sancho Freitas (agora assessor do conselho de Administração da SAD) a Rosario, na segunda-feira, para convencer o clube e o jogador argentinos.
Cervi receberia 1,4 milhões brutos por ano (Benfica paga 900 brutos) e 15% desse valor seria pago a uma empresa da Argentina, por direitos de imagem; e receberia €652 mil como prémio de assinatura em duas tranches, a primeira metade quando pusesse o preto no branco, a segunda, em janeiro.
O problema do Sporting foi ter falhado a primeira abordagem. O Benfica acelerou, chegou a um acordo verbal e teve um empurrãozinho de onde menos se esperava: Jose Luiz Fernàndez (lembram-se dele? era o 'novo' Di María da Luz) convenceu o colega de equipa Cervi de que o Benfica era lugar certo para ele crescer.
Contactado pelo Expresso, o Sporting não quis tecer comentários. “Este é um assunto que morreu e está encerrado”.