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slbenfica.pt
Benfica de regresso à ribalta europeia
O seu a seu dono
por: Luís Lapão
Com o Benfica de regresso à Liga dos Campeões numa altura em que se procura incutir no Portugal desportivo a ideia de serem outros os credores do prestígio do futebol nacional além-fronteiras, só falta atribuir ao acaso o facto de a história destacar, ainda e sempre, o nosso nome entre os demais consagrados na cena futebolística europeia. As estatísticas não mentem. Aproveite para reviver os títulos conquistados em 1960/61 e 1961/62.
Apesar de ter estado ausente das provas europeias nos últimos dois anos, e por muito que custe a certos "letrados" do futebol luso, o Benfica continua a ser, sem margem para dúvidas, o clube português mais credenciado na história das provas uefeiras. Sem demérito para as prestações recentes dos dois "colossos" do Norte, sempre mais nortistas que nortenhos e sempre menos portugueses, vale a pena lembrar que foi de águia ao peito, em Berna, há 42 anos, que o futebol nacional nasceu verdadeiramente para o mundo.
E desde então foi de águia ao peito que cresceu, de Amesterdão a Viena, com Milão, Londres, Bruxelas, Lisboa e Estugarda pelo meio, para ser, ainda hoje, reconhecido internacionalmente pela cor vermelha e pelo nome mais vezes pronunciado fora da pátria de Camões: Benfica!
É, por isso, doentia e pateta a ideia corrente de uma certa "casta" do Douro levar a reboque para a cena futebolística europeia os seus pares da nação. Como seria pateta e doentio considerar Jardel o melhor artilheiro da história futebol português ou Deco o artista mor só porque o Eusébio já não joga...
Não saberá, por exemplo, essa estirpe "dourada" que mesmo durante o período "pentatónico" das Antas foi para os lados da Luz que penderam as melhores pontuações da UEFA. O mesmo é dizer que, nas últimas 20 épocas em que participou nas competições europeias (entre 1981/82 e 2000/01), o Benfica foi o clube com maior número de pontos amealhados, constituindo-se, por isso, como principal tributário do coeficiente português atribuído anualmente pela UEFA.
E se esta feliz realidade decorre dum período menos produtivo para o Benfica a nível interno, onde terão andado os "outros" na altura em que o agora recém regressado à Europa era praticamente um vencedor crónico do campeonato nacional e assíduo triunfador na Taça? À excepção da "gracinha" verde de 1960 e do "salpico" azul de 1987, pouco resta dizer do impulso dado por outros emblemas à afirmação europeia do futebol português.
Saúde-se, por isso, o retorno do Sport Lisboa e Benfica à mais reputada prova de clubes do planeta, em cujo historial tem o seu nome gravado a ouro, aí passando a registar a 25ª presença, número apenas superado pelo gigante Real Madrid, em 50 anos de edição. Viva o Benfica!