Após o adiamento da meia-final e da própria final, tudo indica que a partida decisiva da Supertaça de voleibol – neste ano disputada num formato com seis equipas – acontecerá nesta quarta-feira (4 de novembro), no Pavilhão Multiusos de Gondomar. O detentor do troféu, SL Benfica, mede forças com o SC Espinho a partir das 19h45.
Em declarações à Imprensa, o treinador benfiquista traçou o perfil da formação espinhense e mostrou-se cauteloso, atendendo ao carácter decisivo da partida.
"É uma final, jogo único, jogo perigoso. O Espinho é uma das equipas montadas para chegar à fase das decisões do Campeonato. A expectativa é de um jogo muito difícil, e estamos a trabalhar bem nesse sentido", referiu Marcel Matz, prosseguindo a explicação: "Têm jogadores experientes, que conhecem o voleibol português há muito tempo, que também conhecem os adversários. Será um jogo disputado, espero que consigamos sair com a vitória. Estamos num bom momento, toda a equipa está à disposição, isso é importante."
Os sucessivos adiamentos provocados por casos positivos de COVID-19 nas equipas em prova dificultam a conclusão da mesma. Naturalmente, a preparação e o planeamento da época são afetados, mas nada que possa servir de desculpa, segundo as palavras de Marcel Matz.
"Atrapalha, mas não gosto de falar dessas coisas porque pode parecer algum tipo de escape. Temos de estar preparados para isso, sabíamos que ia ser uma temporada um pouco mais complicada em função do problema que vivemos. Se atrapalha, não vai poder atrapalhar. Vamos ter de jogar, estamos a trabalhar bem para isso. Tentamos focar-nos na parte que podemos controlar, que é treinar, trabalhar a parte física, descansar, alimentar e ter cuidado para não apanhar COVID-19. Temos vindo a fazer isso bem, estamos cada vez mais fortes para disputar os jogos decisivos", frisou.
A recente suspensão de todas as competições com exceção do futebol profissional, decretada para o fim de semana passado, mereceu ainda comentário por parte do técnico.
"Demonstrámos que conseguimos cumprir os protocolos. Não sou especialista na área e falo pelo desporto. Os atletas, quem é profissional de desporto, têm de trabalhar. Da mesma maneira que outras pessoas de outros setores trabalham, nós também precisamos e, cumprindo as normas, não acredito que sejamos um fator de extremo risco para aumentar o número de casos. Esta é a minha opinião enquanto treinador de voleibol, não sou especialista. Precisamos de continuar a jogar. O desporto é uma ferramenta da saúde, não pode ser tratado de maneira diferente", finalizou.
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