Fonte
www.maisfutebol.iol.pt
Dirigente diz que tem plano de emergência do novo estádio há dois meses
Benfica: Mário Dias lamenta desencontros entre bombeiros
Mário Dias, vice-presidente do Benfica para o património, garante que o clube tem um plano de emergência para o novo Estádio da Luz há dois meses e lamenta o desencontro entre o Serviço Nacional de Bombeiros, que aprovou o plano, e Regimento de Sapadores de Bombeiros de Lisboa (RSBL), que diz que nunca o viu.
«Tenho o plano de emergência há mais de dois anos. Não o conhecem porque não o solicitaram ou não o levantaram. O plano tem a aprovação do Serviço Nacional de Bombeiros. Portanto, eles que se entendam. Este estádio, tal como os outros, passou por muitas vistorias e todas são importantes. Não seria sobre a dos bombeiros que iríamos fazer letra morta», explicou Mário Dias.
No entanto, Fernando Curto, presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP), diz que desconhece o plano e que, a dois dias da inauguração, os bombeiros não vão ter tempo para testá-lo. «Os bombeiros têm de testar e treinar no local, para poderem prestar o melhor socorro. Partimos sempre do pressuposto de que pode acontecer o pior. Hoje (quinta-feira), já não estamos em tempo útil para avaliar o plano», referiu o responsável pelos sapadores.
O dirigente do RSBL lamenta que não tenha havido complementaridade entre o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, o organismo responsável pelas vistorias, e os Sapadores, que são quem actua em caso de necessidade. «A ANBP lamenta que os sapadores de Lisboa não tenham efectuado visitas de estudo às instalações e realizado simulacros de evacuação e de transporte de feridos no novo recinto, a fim de testar acessibilidades, os meios de evacuação dos espectadores e as condições de parqueamento das viaturas de bombeiros em caso de catástrofe», refere o comunicado da associação.
Fernando Curto dirige as suas críticas ao Serviço Nacional de Bombeiros, mas também atribui responsabilidades à Câmara Municipal de Lisboa. «Não compreendo como é que a Câmara passa um alvará sem que o Regimento de Sapadores conheça o recinto», referiu Curto, recordando que esta situação já se passou no Alvalade XXI.