Miguel Á. Morán, jornalista do diário desportivo “Marca”, analisou o embate desta quinta-feira entre as águias e o Bétis de Sevilha a contar para a Algarve Cup.
No arranque da conversa nada melhor do que contextualizar a importância dos verde e brancos no país vizinho e elogiar o estádio português que receberá o duelo.
“Na manhã de quinta-feira, 20 de julho, o Real Bétis Balompié viaja para Faro para enfrentar o Benfica, atual Campeão Nacional, no belíssimo Estádio do Algarve, construído especialmente para o Europeu de 2004, em Portugal. Um clube querido, admirado e muito respeitado em Espanha, cuja centenária e gloriosa história ultrapassa fronteiras”, analisou ao Site Oficial do SL Benfica.
Miguel Ángel Morán recordou, ainda, uma história rica em conquista por parte da equipa Benfiquista, mormente no futebol. “Campeão do torneio da regularidade no seu país, por 36 ocasiões, mais do que nenhuma outra equipa lusa, e com 26 Taças de Portugal a brilhar nas vitrinas da sua impressionante sala de troféus, o Benfica construiu, ao longo dos anos, uma imagem de Clube poderoso e ganhador, que impõe respeito e admiração, tanto em Espanha como em toda a Europa”, sublinhou o jornalista da “Marca”.
Apesar de ser um jogo de pré-temporada, o mesmo reveste-se de capital importância para o Bétis. O jornalista espanhol explicou porquê: “Para o Bétis, uma equipa que luta por regressar ao lugar que, por história, tradição e popularidade lhe pertence na LaLiga, o jogo será um importante teste para medir a evolução do novo sistema de jogo, de toque e posse de bola, que o seu técnico, Quique Setién, tenta implementar nestas primeiras semanas de pré-temporada.”
Algarve e a Andaluzia estão separadas por poucas centenas de quilómetros, logo são esperados muitos adeptos do Bétis nas bancadas do Estádio do Algarve. “Os adeptos “béticos”, ansiosos por encontrar motivos para sonhar, demonstrarão a sua fidelidade ao acompanhar a equipa ao Algarve, sabendo que, do outro lado, terão um dos adversários mais difíceis do calendário de verão: o clube com o maior palmarés de Portugal, que na próxima temporada participará na Liga dos Campeões e que, apesar de longe do intransponível Estádio da Luz, não quererá perder a oportunidade de mostrar todo o seu enorme potencial”, frisou Miguel Ángel Morán, que aproveitou para recordar a história gloriosa das águias: “Falar do Benfica em Sevilha é falar de um Clube lendário, por onde passaram personagens inesquecíveis da história do futebol. Por exemplo: o mítico Eusébio da Silva Ferreira, o Pantera Negra, um dos melhores jogadores de todos os tempos. Béla Guttmanm, treinador Húngaro cuja maldição continental foi muito comentada recentemente, aquando da final de Liga Europa em 2014 frente ao eterno rival dos verde e brancos.”
Porém, observou o jornalista espanhol, “no Bétis, recordam, sobretudo, o Tamagnini Nené, o jogador que em mais ocasiões vestiu a camisola vermelha do Benfica (575) e o terceiro com mais golos em jogos oficiais (360)”. Miguel Ángel Morán lembrou mesmo que Nené “marcou dois dos quatro com que o conjunto lisboeta, dirigido então por Sven-Göran Eriksson, eliminou o Bétis de Esnaola, Gordillo, Cardeñosa, Rincón ou Diarte, nos 32-avos de final da Taça UEFA de 1982/83”.
Benfica e Bétis medem forças às 20h30 de quinta-feira, no Estádio do Algarve.
Texto: Miguel Ángel Morán/Jornalista “Marca” Sevilha